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Contentamento

 

 

...e esse contentamento

que acaricia a pele,
entra pelos poros,
dilata-se e invade a alma...
...esse contentamento

que esconde suas causas,
inquietado pelas lembranças

de segredos inconfessáveis...
...esse contentamento

do dia que começa

sem as horas marcadas do relógio

e permanece nas sensações

que vão indefinindo o tempo...
...esse contentamento

que faz o corpo livre

e a alma eterna e leve...


esse contentamento é assim


inexplicável, arrebatador,
chega sem aviso

e põe um brilho feliz nos olhos,
deixando na boca

o sabor de coisas apenas imaginadas.
Inatingíveis,

mas incrivelmente doces...

 

 

 

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Helena C. de Araujo

 

 

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