__________________________________________________________________________________
Despeço-me...
Alma triste,
já não canto.
Lábios mudos,
mãos caladas,
não sei gesto, nem poesia.
Nem sei da alegria que havia.
Como um sopro, vou-me embora...
Quero apenas, à partida,
deixar pousados agora
os versos que dei um dia...
Quem sabe um ou outro os chore,
ou talvez alguém os ria...
Tão frio, tão noite lá fora...
Silêncio,
cobre-me, enfim....
Vou e deixo,
em letras mortas,
meu triste aceno...
por fim...
_________________________________________________________________________________________
Helena C. de Araujo
Respeite os Direitos Autorais
* home * alguma poesia * outras palavras * rascunhos *