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Eternidade
Vem, não tardes,
Que minha
hora é pouca.
Traz-me teus
braços
Em manso
abraço,
Toma-me o
rosto entre as mãos.
Toca-me o
coração cansado
E o acalenta
com teu sorriso.
Esquece as
palavras gastas
De outras
velhas histórias.
Não são
garantia de nada.
Dá-me
somente teu olhar
E deixa-me
ler em teus olhos
A ternura
que eu mesma invento.
Dá-me a
alegria pura
De tua
simples presença,
No incerto
tempo que já me foge.
Basta-me um
gesto,
Um sorriso,
um olhar,
Sem nenhum
acordo
Ou qualquer
promessa.
Mas vem, não tardes.
E permanece
apenas
Para que eu
tenha nesses instantes,
De
sobrevida, a eternidade...
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Helena C. de Araujo
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