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                     Instante



Deitei-me tarde,
adormecer, não quis...
Nem dei-me à hora do sono,
porque de tudo,
o que eu queria
era a alegria do instante vivo
de uma certeza que guardei em mim…
E revivi cada palavra e gesto,
sorri à lembrança de um momento
que se repetia no ritmo do meu pulso,
ecoando as sensações
de antes… durante... e de agora…
Já não era ontem, mais,
e o amanhã nem importava…
Porque o instante, eterno
penetrou-me o coração, a alma,
e alojou-se em mim,
presente, vivo e certo
a libertar-me de histórias mutiladas
e de passados inúteis…
Abraçou-me a decisão de um sonho,
o encanto doce de um momento...
Adormeci, feliz... sorrindo...
E tudo o mais, deixei lá fora...
Na noite, o nada nem vazio é...
É mero e fácil esquecimento...

 

 

 

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Helena C. de Araujo

 

 

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