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Joguemos ao tempo...
Não vamos falar de nada.
Nem de lua, nem de estrelas.
Nem de ventos,
porque nem brisas há.
Foram-se
as estações.
Todas as flores estão secas
e ceifados, os jardins.
Em seu lugar,
desertos plantados
e caminhos perdidos.
Nada há de colorido,
nem céus, nem mesmo olhares
esperançosos de azuis e mares...
Não há porque falar de cor,
muito menos falar de amor.
Recolhe-te ao teu oásis.
Eu guardo-me no silêncio,
que é onde quero ficar.
Joguemos ao tempo
as palavras divididas.
Quem
sabe,
como pó,
também se desfaçam no ar?
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Helena C. de Araujo
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