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Poema inacabado

 

Penso falar de amor, de paixão,

De emoções inquietantes.

Descrever meus sentimentos

Com versos vibrantes,

Vivos, excitantes,

Que revelem harmoniosos

Minhas vontades e sonhos.

Quero falar de desejo, de posse,

De urgência,

De permanência.

Busco rimas, inspiração,

Palavras que me completem

E te traduzam.

Mas toda a contemplação

É lembrança proibida.

Censurado e em silêncio,

O pensamento

Agoniza na desistência e no cansaço.

Adormeço.

E minhas mãos pousam,

Inúteis,

Sobre um poema inacabado.

 

 

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Helena C. de Araujo

 

 

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