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Quem sabe, amanhã...

 

 

Quem sabe, amanhã,

desperte-me o dia

com lábios e mãos de versos.

Não há palavras agora.

Amarraram-se em mim,

emaranharam-se em pensamento,

fecharam-se em nó na garganta.

Quem sabe, amanhã,

o riso volte

e desafogue o verso

e o dia encontre

minhas certezas abertas

em mãos livres

a desatarem-me os nós...

Quem sabe, amanhã...



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Helena C. de Araujo

 

 

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