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Sem
sombra de dúvida
...Não quero versos falsos hoje.
Quero
palavras brancas,
luminosas, sólidas e transparentes.
Os versos
que eu porventura eu ler,
quero rimá-los com verdades.
vou apará-los atentamente nas palavras
para que não me traiam o pensamento.
Quero
olhar cuidadosamente,
por entre parênteses e reticências
para que nenhuma dúvida me confunda.
Tomarei
cuidado com nomes, pronomes,
verbos e predicados,
para que não me iludam a vontade.
Prestarei
atenção aos acentos e crases
para não permitir palavras agudas
muito menos colocações graves.
...E nos
versos que porventura eu escrever,
não usarei interrogações,
porque não são necessárias.
Iniciarei
com reticências,
para não esquecer meus princípios.
Não
usarei aspas nos meios
para não dissimular intenções.
E
concluirei, não com um ponto final,
que determinaria o fim do meu verso,
porque muitos outros virão,
mas com um ponto de exclamação,
para demonstrar, com ele,
os limites da minha tolerância!
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Helena C. de Araujo
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