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Sobre as
ondas
Mergulhar
no silêncio
e aplacar o ímpeto
das marés emocionais
de vagas atemorizantes.
Flutuar
em calma ou coma,
negar os ecos dos recifes
e o rugir das correntes.
Perscrutar
os sons do nada,
sondar as imagens do vazio.
Resignar-se
ao açoite dos ventos
para alcançar o cais necessário.
Atracar
a gastada esperança.
Ancorar
as efêmeras ilusões.
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Helena C. de Araujo
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