A lógica da Reencarnação
      
              e da continuidade da vida após a morte
                                                                   


 

Debate 3: Desafio aos críticos da Reencarnação
      

Debatedores:  Fulvio (espírita) e Vinícius (ateu)
 


 Índice das postagens:

1. Fúlvio 8/01/2006
2. Vinícius 11/01/2006

3. Fúlvio 12/01/2006
4. Vinícius 12/01/2006
5. Fúlvio 12/01/2006
6. Vinícius 12/01/2006

7. Fúlvio 14/01/2006
8. Vinícius 14/01/2006
 


1. FÚLVIO - 08/01/2006        volta ao índice

7. Se a Reencarnação não existe: Como explicar o fenômeno das crianças que demonstram, desde pequenas extraordinárias habilidades em idiomas, instrumentos musicais ou matemática? A genética nem sempre explica pois nem sempre se encontra, na linhagem genética de um gênio musical, antepassados que tenham sido músicos. Por outro lado, Deus seria justo se desse extraordinárias habilidades a uns e nenhuma a outros Através da Reencarnação, vemos que as habilidades adquiridas em uma vida não se perdem e, em outras vidas, podemos manifestá-las

8. Se a Reencarnação não existe:
Como explicar o trabalho do psicólogo Júlio Peres, que, em parceria com a Universidade da Pensilvânia, USA, realizou sessões de regressão a vidas passadas em vários pacientes, monitorados por tomografia com mapeamento cerebral, e comprovou que as áreas do cérebro ativadas durante a regressão são as áreas da memória e não as áreas da imaginação, o que prova que as pessoas não estavam "fantasiando", mas sim recordando experiências de outras vidas?
http://geocities.yahoo.com.br/logica_reencarnacao/mapeamento_cerebral.htm

9. Se a Reencarnação não existe: Como explicar o trabalho do renomado Dr.Ian Stevenson, Universidade de Virginia, USA, que durante 38 anos pesquisou a reencarnação, viajando pelo mundo, e tem 2.600 casos documentados de pessoas que alegavam recordar-se de outras vidas, constatando a veracidade de cada um desses casos, mostrando, inclusive fotos de marcas de nascença existente no corpo de tais pessoas que coincidem com marcas que realmente existiam no corpo da pessoa que recordavam terem sido na vida anterior?
http://geocities.yahoo.com.br/logica_reencarnacao/casos_reais.htm

10. Se a reencarnação não existe: Como explicar o trabalho do renomado perito em Grafoscopia, Dr. Carlos Augusto Perandrea, que prova científicamente a autenticidade de mensagens psicografadas, comparando a letra das mensagens psicografados pelo Chico Xavier com a letra e a assinatura da pessoa antes de sua morte física, chegando a um índice de confiabilidade de 99,5%? Alegar “poderes paranormais” do médium é uma tese muito fraca, pois como o médium poderia recuperar informações de pessoas que já morreram, senão através das próprias pessoas?
http://geocities.yahoo.com.br/logica_reencarnacao/grafoscopia.htm

 


2.  VINÍCIUS - 11/01/2006      volta ao índice

7- Tais crianças tem aptidão genética, desenvolvimento de algumas habilidaes enquanto muito jovens e uma certa influência do meio onde cresceram.

Aqui está a resposta das questões 8, 9 e 10.

O cientista Rupert Sheldrake criou uma teoria capaz de explicar todos os fatos que os cientistas constataram. De acordo com ele, o Universo possui uma memória inerente capaz de absorver todos acontecimentos e, de alguma forma, fazer com que as pessoas tenham acesso a eles. Dessa maneira, as tais crianças marcadas poderiam ter tido acesso a essas memórias e, aliado com o fato de apresentarem marcas ou problemas congênitos, concluíram que já tiveram outras vidas. O mesmo vale para as pessoas com memórias de vidas passadas, que podem apenas ter tido acesso a tal memória da natureza, e a Chico Xavier, que também poderia ter tido acesso a essa memória.
Essa tese é lógica, como a comunidade exige que seja, e oferece uma alternativa e explicação as questões dadas . "Se a reencarnação não existisse"...existiria Rupert Sheldrake para explicar.

Quero deixar bem claro que respeito todas os credos e opiniões, mas tentei ser o mais lógico possível.

3. FULVIO - 12/01/2006  volta ao índice

Olá Vinícius.

Primeiramente gostaria de agradecer a forma polida como apresentou seus argumentos.

Com relação a pergunta 7, que trata das “crianças-gênio”, você afirma que “Tais crianças tem aptidão genética e uma certa influência do meio onde cresceram.”
Olha posso dizer-lhe que isso nem sempre acontece. Já li sobre uma criança que, com poucos anos de idade, já tocava com extraordinária habilidade instrumentos musicais, sem que tivesse, em nenhum de seus antepassados, sequer um músico, nem tinha tido recebido nenhuma influência do meio em que nasceu, uma vez que nasceu em um meio muito pobre, que em nada incentivava a música. Então, existem diversos casos que a genética não explica. Nesses casos, qual seria outra explicação? Até agora, a mais lógica ainda é a da Reencarnação.

Com relação à tese de Rupert Sheldrake, se você a analisar friamente, verá que ela é tem algumas falhas, no que diz respeito à vida após a morte. Analisemos:

1. Admitir que as memórias de uma pessoa possam sobreviver à morte, é o mesmo que admitir então que algo “imaterial” existe. Pois o corpo, sendo material, se decompõe. Então, tais memórias não poderiam ser materiais e ficariam guardadas em algum lugar, um tipo de “reservatório” de memórias.
2. O médium teria que ter uma capacidade quase “divina” para, dentre milhões de pessoas, conseguir acessar exatamente a memória da pessoa que ele quer, e reproduzir, com precisão incrível, tais memórias, inclusive sua letra...
Bem, entre esta possibilidade e a possibilidade do médium estar simplesmente recebendo telepaticamente uma mensagem de alguma individualidade que sobreviveu à morte (um espírito), creio que a segunda possibilidade é mais lógica.

2. Sempre ficou muito claro, em toda a atividade mediúnica, não somente do Chico, mas dos médiuns em geral, que a iniciativa das mensagens eram sempre das próprias entidades comunicantes. Os médiuns (os sérios, não os charlatões) geralmente não têm a capacidade de obter mensagens de pessoas desencarnadas a hora que querem, ou de acordo com sua vontade. Eles são apenas “receptores”. Então, se apenas as memórias das pessoas é que sobrevivessem à morte, e não sua individualidade, como tais memórias viriam “por si mesmas” até o médium? Como a tese de Rupert Sheldrake explicaria isso?

3. Não apenas o Chico, mas também vários médiuns (eu conheço vários), não apenas recebem mensagens, mas também vêem as entidades que lhes transmitem tais mensagens e conversam com eles. Como a tese de Rupert Sheldrake explicaria isso?

4. Por fim, existem situações em que os espíritos respondem as perguntas feitas pelos médiuns. Isso seria impossível se houvesse somente as memórias, pois tais memórias não teriam inteligência para responder perguntas...
Aqui a tese de Rupert Sheldrake já torna-se, então, inviável

Concluindo:
Então, através da psicografia vemos a manifestação de uma “inteligência”, não apenas de memórias fragmentadas perdidas no tempo e no espaço. Ora, se há uma inteligência, isto significa que não somente as memórias da pessoa sobrevivem após a morte, mas também sua individualidade.

De qualquer forma, gostaria de dizer que também respeito seu ponto de vista e estou aberto ao debate sadio.
Um grande abraço!


 


4.  VINÍCIUS - 12/01/2006     volta ao índice

Fulvio
Eu, pessoalmente, não acredito em nenhuma tese, seja a da reencarnação ou a da memória universal. Mas pretendi, ao usá-la como resposta as suas questões, mostrar caminhos igualmente lógicos, e que forneçam tantas respostas e dúvidas quanto a reencarnação e qualquer outra crença.
Rupert Sheldrake tem respostas para os problemas que você encontrou, mas eu não conheço sua teoria a ponto de responder a essas perguntas. Mas gostaria de dizer que crenças que partem da premissa de uma existência incomprovável, seja ela Deus ou a memória do Universo, podem explicar as questões misateriosas e cientificamente incompreensíveis. Por isso, gostaria de discutir a existência de Deus mais tarde, quem sabe você crie um tópico para isso?
Abraço!
 

5. FULVIO -           volta ao índice

Oi Vinicius.
Respeito seus pontos de vista. Não podemos ser fanáticos a nenhuma teoria e devemos estar sempre abertos à lógica e à pesquisa. Estou à disposição, sempre que quiser trocar idéias.
Um grande abraço!

6. VINÍCIUS - 12/01/2006         volta ao índice
 

Fulvio, vou continuar a resposta das perguntas, após sua réplica.

7- Há duas maneiras das crianças terem manifestado a 'genialidade musical': herdando caracteristicas do pai e da mãe que, juntas, resultariam na tal genialidade, ou então, num processo tão raro quanto essa genialidade, ter sofrido uma mutação genética num estado embrionário que resultaria nessa característica.
Não estou certo se a primeira possibilidade citada é realmente possível, mas pelo que entendo de genética isso deve ser viável.

8,9 e 10- Você disse que a possibilidade do médium estar recebendo um espírito é mais lógica que estar recebendo uma memória do Universo. Creio que as duas são lógicas, embora pra você uma possa ser mais aceitável que a outra. Lógica não pode ser simplesmente medida e calculada, para descobrir qual é a mais possível.

Bom, há várias maneiras de responder a outra parte, embora Sheldrake não especifique isso. Talvez algo faça com que essas memórias se manisfestem temporariamente, como certas condições especiais, ou então a mente do médium, algumas vezes, involuntariamente, está mais apta para receber essas informações. Enfim, com uma tese dessas, muitas coisas podem ser criadas para responder, lógicamente, essas questões.

Da mesma maneira, as memórias do ambiente podem se manifestar em forma de visões ou para as pessoas. Há quem garanta que fantasmas e coisas do gênero são, nada mais, que uma manisfestação da 'memória do Universo'. Essas imagnes aparecem na cabeça dos médiuns, e daí a sensação de estarem vendo uma manifestação de pessoas mortas.

Bom, na última questão, a mais difícil, acho que ainda há uma possibilidade: o diálogo é psicológico. Da mesma forma que há pessoas com distúrbios que acabam conversando com seres inexistentes, médiuns poderiam estar, simplesmente, adquirindo informações da memória universal enquanto, de alguma maneira, conversam com entidades inexistentes, frutos de distúrbios psicológicos.

Fulvio, embora bem mirabolantes, acho que essas respostas foram lógicas e, até certo ponto, convincentes de que existem ou podem existir muito mais explicações para os mistérios que a reencarnação explica. Basta que as premissas utilizadas facilitem essa explicação. Creio que a existência de Deus e um Mundo transcendental, além da mente dualista, facilitam bastante o processo de tornar a reencarnação algo lógico. Por isso gostaria de saber se você se importaria ou não de discutir essa existência aqui. Mais uma vez, não quis ofender nenhuma crença, e respeito todas elas.
Abraço!


 7. FULVIO - 14/01/2006     volta ao índice

   Ainda falta você responder aquela parte da tese do Rupert Sheldrake que eu refutei, que você mesmo reconheceu não saber explicar, que são as situações em que os espíritos respondem as perguntas feitas pelos médiuns. Isso seria impossível se apenas as memórias das pessoas sobrevivessem à morte, pois tais memórias não teriam inteligência para responder perguntas...Isso prova a sobrevivência da individualidade do espírito e torna a tese de Rupert Sheldrake inviável, como já discutimos. Continuo aguardando suas pesquisas com relação a este ponto.
 

 VINÍCIUS - 14/01/2006 volta ao índice

Fulvio,
Vou estudar mais um pouco a tese de Sheldrake para respondê-lo...essa parte realmente é bastante complicada.
 

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