O Michel responde à pergunta com a famosa passagem do cego de nascença, em que Jesus foi perguntado sobre a culpabilidade do mesmo, e respondeu que "Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus.", Quanto a esta passagem, podemos ter duas interpretações:

A) Jesus estaria se referindo a todos os cegos de nascença, genericamente
B) Jesus estaria se referindo apenas à aquele cego, em especial

Ora, se Jesus estivesse se referindo a todos os cegos de nascença (Hipótese A), então teríamos que afirmar que Deus cria algumas pessoas já cegas, de nascença, somente para "manifestar as obras Dele?"  Então, Deus, para mostrar suas obras, ou seja, como ele é bom, praticaria uma injustiça? (ILÓGICO!)

Agora, a explicação do espiritismo é muito mais coerente, pois, segundo ela, aquele foi um caso especial. Aquele homem que ali estava, na condição de cego, era um espírito em missão, para que "nele se manifestassem as obras de Deus". Nem seus pais nem ele mesmo eram culpados pela sua cegueira, mas ele estava ali com um propósito maior, ou seja, para que Jesus pudesse curá-lo!
 

Agora uma afirmação no mínimo estranha do Michel:

"...a partir do momento que Cristo muda o ponto de vista, ainda que esse não fique curado, sua doença ou deformidade passa a ser para honra e glória de Deus! "
Nossa, quer dizer que, quando olharmos para uma pessoa deformada, aleijada e cega, devemos exclamar: Como Deus é maravilhoso! Quantas obras belas ele realiza! Aquela pessoa nada fez para merecer tal sofrimento, como Deus é belo... e cruel! (Ilógico!)

Agora falando de lógica:

         A lógica diz que, se tivermos duas premissas consideradas VERDADEIRAS, e as mesmas tiverem uma inferência lógica entre si, levando a uma conclusão, tal conclusão será VERDADEIRA, e o argumento será considerado VÁLIDO e CONSISTENTE. (Qualquer um poderá consultar um site especializado em lógica para constatar isto)

Então analisemos pela lógica:

Argumento lógico:

PREMISSA 1: Deus é justo
PREMISSA 2: Não é justo alguém pagar pelo que outra pessoa fez
CONCLUSÃO: Se Deus é justo, ele não pode cometer injustiças. Se Ele não comete injustiças, jamais poderia fazer alguém pagar pelo que outra pessoa fez, pois isso é considerado uma injustiça!.

Então, de acordo com a lógica, a conclusão é verdadeira, pois é sustentada por premissas verdadeiras

CONCLUSÃO:

Como o Michel não invalidou nenhuma das premissas acima, de acordo com as regras da lógica, o argumento é VÁLIDO e CONSISTENTE.

Então a Reencarnação é realmente a melhor explicação, porque, através da Reencarnação, realmente colhemos somente aquilo que plantamos, e pagamos apenas pelos nossos próprios erros, não pelos erros de outras pessoas. É a única doutrina capaz de responder, de forma absolutamente lógica, à pergunta do tópico!

Deus é perfeito, quem se desvia da perfeição dele somos nós, Deus a ninguém lança no inferno, porque o inferno foi preparado para o diabo e seus anjos...agora, as artimanhas do diabo estão descritas na Bíblia que são "mentiras, espiritismo, sexo depravado, idolatria, religiões falsas que negam a divindade de Cristo...etc...e quem segue ao diabo não segue a Deus, somos responsáveis pelos nossos atos...e você espírita, nunca vai poder reclamar com Deus por estar no inferno porque com certeza todos vocês já receberam a palavra do evangelho de algum crente ou pastor...e negaram!! então a responsabilidade é sua de seguir ao capeta...pois quem segue o capeta, vai para onde ele vai!

Mateus, 5 (38,39)
"Ouvistes que foi dito: Olho por olho e dente por dente.   Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal; mas, se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra;"

Oferecer àquele que nos bateu em uma face, a outra face, significa PERDOAR!
Ora, se para alguém que praticou uma ofensa ser perdoado é necessário primeiramente que ele se arrependa, então, antes de darmos a outra face, teríamos que nos certificar de que a pessoa que nos bateu, REALMENTE SE ARREPENDEU! Caso contrário, não precisaríamos perdoá-la! (ILÓGICO!)

Esta tese também poderia ser chamada de TESE DO PERDÃO CONDICIONAL. Ou seja, imagine que alguém te faça um mal. Para que você possa perdoá-lo, teria que ficar, a todo momento, se certificando de que tal pessoa se arrependeu. Caso contrário, o perdão não se realizaria!

Isso é totalmente ilógico. O perdão é INCONDICIONAL !!! Se alguém te fizer um mal, você deve perdoá-lo incondicionalmente, independente de que tenha se arrependido! Então Jesus ensinou que o perdão deveria ser incondicional...e se o nosso perdão deve ser incondicional, imagine então o perdão de Deus, que é perfeito!

Agora um verdadeiro absurdo em uma das afirmações do Michel:

Ele afirmou: "você espírita, nunca vai poder reclamar com Deus por estar no inferno porque com certeza todos vocês já receberam a palavra do evangelho de algum crente ou pastor...e negaram!!" Aqui, de uma tacada só, nosso amigo contradisse dois ensinos de Cristo: Aquele que diz para não julgarmos as pessoas (O Michel já me colocou no inferno!) e outro que diz que, para nos salvarmos, devemos "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo...". O Michel está querendo dizer que, mesmo que eu siga aquele que é considerado como o "Maior dos mandamentos", amando a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo, irei para o inferno, porque não interpreto a Bíblia da maneira como os crentes e os pastores interpretam?!  Amigo, aqui você está sendo um radical fundamentalista. Bem ao estilo dos fundamentalistas islâmicos!

Agora vamos à lógica:

Argumento lógico:

   Premissa 1: Deus é perfeito, portanto não tem falhas 
   Premissa 2: Deixar de perdoar é uma falha

Conclusão: Se Deus não tem falhas, e deixar de perdoar é uma falha, então Deus jamais pode deixar de perdoar, sequer por um segundo, sequer uma pessoa. Se o fizer, não será mais perfeito. Portanto, a idéia de um "Dia do Juízo" torna-se ILÓGICA e IRRACIONAL

CONCLUSÃO:

O Michel, novamente, não ofereceu uma resposta lógica para a pergunta, também não invalidou o argumento lógico apresentado. Também não explicou como Deus pode ser perfeito (sem falhas) mas ao mesmo tempo cometer uma falha (deixando de perdoar)

Novamente, vemos que a reencarnação não se contradiz com a perfeição de Deus, pois, segundo a visão reencarnacionista, Deus jamais condenará ninguém a nenhuma punição eterna. Pelo contrário, ele nos dá infinitas chances de nos redimirmos de nossos erros. Então, através da Reencarnação, podemos dizer que o perdão de Deus é realmente infinito!

Ele afirmou, referindo-se ao perdão infinito: "Claro que Deus tem essa virtude...",
E em seguida afirmou: "Quer coisa pior do que a cegueira? Só o inferno mesmo para onde vão os amantes do pecado!"

Ora, Michel, se Deus enviar alguém ao inferno, seu perdão deixa de ser infinito. Infinito é aquilo que não tem fim! Ao condenar, e deixar de perdoar, não é mais infinito!!!

Isso, caro amigo, em lógica, é chamado de CONTRADIÇÃO!!!

Agora vamos à lógica:

Premissa 1: Jesus nos orientou a perdoar infinitamente, sem limites
Premissa 2: Não é possível possuirmos uma virtude que Deus não possui

Conclusão:  Se Jesus nos ensinou a perdoar infinitamente, e não é possível termos uma virtude que Deus não tem, então o perdão de Deus também tem que ser infinito, do contrário abre-se a possibilidade de alguém vir a ser mais perfeito do que Ele! Então, se o perdão de Deus é infinito, o dogma da "Condenação eterna" é insustentável!
 

Conclusão do tópico:

O Michel  não ofereceu uma resposta lógica para a pergunta. Também não explicou como é que nós devemos perdoar 70x7 (inifinitamente) e Deus não!

Já a reencarnação, como já vimos na resposta anterior, não apresenta este tipo de contradição, pois o Perdão de Deus é realmente infinito, uma vez que Ele nos concede infinitas chances para nos redimirmos de nossos erros, através de outras vidas.

Argumento lógico:

  Premissa 1: Não é justo um criminoso deixar de pagar pelos seus crimes
  Premissa 2: Deus é justo  

Conclusão: Se não é justo que um criminoso deixe de pagar pelos seus crimes e Deus é justo, Ele jamais poderia eximir alguém de pagar pelos seus erros, simplesmente porque o criminoso se arrependeu.  O fato de Deus "perdoar" não significa que a pessoa não tenha que expiar e reparar seus erros, ou senão não estaremos falando em "justiça".

Conclusão do tópico:

O Michel não ofereceu uma resposta lógica para a pergunta. Também não invalidou o argumento apresentado, não explicou como é que Deus, sendo justo, poderia cometer a injustiça de deixar um criminoso "escapar" da punição pelos crimes cometidos.

A Reencarnação oferece uma resposta melhor: Mesmo arrependendo-se de seus erros, as pessoas terão que redimir-se dos mesmos, pagando pelo mal que fizeram. Desta forma, a pessoa sempre será perdoada, mas sempre terá que responder pelos seus atos. Deus é infinitamente misericordioso, mas também infinitamente justo!

> Os que NÃO FORAM PROPRIAMENTE MAUS, mas tiveram vícios e defeitos de caráter;
> Os que foram MAUS, egoístas, e prejudicaram muitas pessoas;
> Os que foram MUITO MAUS, como assassinos e estupradores, etc;
> Os verdadeiros TIRANOS, DITADORES, tais como Hitler, por exemplo, responsáveis pela morte de milhares ou milhões de pessoas em guerras, etc.; 

Então vem a pergunta: Seria justo todos terem uma punição idêntica, que seria a pena eterna? Onde está a PROPORCIONALIDADE DA JUSTIÇA? Então o sistema de Justiça divina seria inferior ao Sistema terreno, que prevê tal proporcionalidade? 

Desta forma, , um pecador comum, que venha a ser "condenado ao inferno", mas que, contudo, nunca matou ninguém, poderia ter, lá mesmo no suposto "inferno", como "companheiro", o próprio Hitler, que foi o responsável direto pela morte de milhões de pessoas, cumprindo A MESMA PENA QUE ELE??? ABSURDO!

Além disso, o período de tempo de uma vida, por mais longa que ela seja, é o equivalente a um grão de areia no oceano quando comparado com a eternidade. Como alguém poderia pagar, pelos erros cometidos num espaço de tempo tão pequeno, por toda a eternidade? Para aqueles que não  conseguem enxergar o que a eternidade representa, é mais do que mil anos, 100 mil anos, um bilhão, um trilhão de anos! Critério ILÓGICO E DESPROPORCIONAL!

Justiça desproporcional não é justiça, é VINGANÇA!

Análise lógica:

Premissa 1: Para que a Justiça seja perfeita, a pena aplicada ao faltoso deve ser proporcional à falta por ele cometida.
Premissa 2: A justiça de Deus é perfeita

Conclusão: Se a Justiça de Deus é perfeita e não existe justiça perfeita sem proporcionalidade da pena, então a Justiça Divina também possui este critério, senão não poderá ser considerada perfeita. Sendo assim, o dogma da “condenação eterna” torna-se ilógico,

Conclusão:

Outra vez, o Michel  não ofereceu uma resposta lógica para a pergunta.

Então vemos que a Reencarnação oferece realmente a melhor resposta, pois cada um pagará, de forma exatamente proporcional, por todo o mal que tiver feito em vidas passadas. A extensão e intensidade do sofrimento será equivalente à gravidade da falta. Um assassino, por exemplo, com certeza sofrerá por muito mais tempo do que uma pessoa que cometeu erros menos graves. Sendo assim, a Justiça de Deus torna-se justa e, acima de tudo, PROPORCIONAL!

Análise lógica:

Premissa 1: Seria injusto um sistema que privilegiasse uma minoria, concedendo-lhes um privilégio que a maioria têm que sofrer a vida toda para conseguir.
Premissa 2: Deus jamais cometeria injustiças
   
Conclusão: Se afirmarmos que Deus jamais cometeria uma injustiça, e também afirmarmos que seria injusto um Sistema que privilegiasse uma minoria, concedendo-lhes um privilégio imerecido, então chegamos à conclusão lógica de que seria injusto uma criança receber o grande Privilégio de ir para o "céu". Desta forma, sustentar tal tese é totalmente ilógico, pois tornaria Deus Injusto e imperfeito.
 

Conclusão:

O Michel, mais uma vez, não ofereceu uma resposta lógica para a pergunta.

A doutrina da Reencarnação oferece uma explicação melhor para a questão da morte prematura das crianças, pois o espírito que tinha reencarnado naquela criança poderá continuar seu processo evolutivo normalmente, reencarnando novamente, e tendo outras vidas.Então, na Reencarnação, não existe nenhum tipo de privilégio. Assim como ninguém paga sem merecer, ninguém recebe nada sem merecimento. Aí sim, podemos chamar Deus, realmente de justo.

         O corpo material, este nosso corpo de carne, é necessário para que possamos nos manifestar neste plano material.  Ora, se após a morte, vamos viver em um plano espiritual, porque precisaríamos de um corpo material? Ilógico!
      Outra coisa, a história de que Jesus "subiu aos céus" com o próprio corpo de carne, é uma questão de "crença". Porém, se formos analisar cuidadosamente, veremos que não tem muito sentido: Se fosse assim, então, lá no céu, Jesus seria o único que estaria utilizando o mesmo corpo que ele utilizou aqui na Terra? Ora, se Deus vai "nos dar" um novo corpo, porque não deu um novo corpo a Jesus também? Será que ele não mereceria mais do que nós?
        Por outro lado,  para que serviria a alma? Apenas para ficar "dormindo" até a chegada do dia do "Juízo Final"? Então imaginemos a situação: Pessoas que morreram até mesmo antes de Cristo vir à Terra, ficaram dormindo todo este tempo, até o Dia do Juízo. De repente, são "acordados", com um novo corpo, e se vêem, repentinamente, diante de um tribunal rigoroso, sendo julgados e, certamente, muitos vão "estrear" este novo corpo no "inferno"!?

Explicação espírita

Jesus disse:
"E eu rogarei ao Pai, e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que permaneça eternamente convosco: o Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber porque não o vê e não o conhece...o Pai enviará em meu nome, e esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (João, XIV, 16 a 26).
     O Espiritismo é este Consolador Prometido, pois vem explicar coisas que, na época de Jesus, seria impossível para as pessoas entenderem. Quando a ciência surgiu, o mundo estava pronto para as explicações do Espiritismo.
         De acordo com a Doutrina Espírita, o corpo é apenas uma vestimenta que o espírito utiliza para manifestar-se no plano material. O nosso corpo vai se decompor e suas moléculas formarão outros corpos, mas não terão mais nada a ver conosco.
        Quando estivermos no plano espiritual, não precisaremos do corpo material. O corpo é apenas um instrumento para a evolução do espírito, que é imortal e jamais morre. Em cada Reencarnação o espírito utilizará um corpo diferente.
        Os espíritos, podem se materializar, assumindo a mesma forma que tinham quando vivos, utilizando-se de uma matéria  fluídica chamada "ectoplasma". O número de relatos de pessoas que vêem espíritos materializados é imenso, e sempre ocorreram e ocorrem, em todas as épocas, países e culturas, independente de religião
         É muito comum pessoas verem a materialização de espíritos de parentes que morreram, dentro de suas próprias casas. O mesmo aconteceu com Jesus: O corpo dele não Ressuscitou. Seu espírito materializou-se para os seus discípulos. Seu corpo material ficou aqui mesmo na Terra. E isso em nada o diminui, pois o corpo material é apenas uma vestimenta, e é o espírito que triunfa sobre a morte.
         É evidente que, sem o conhecimento da doutrina espírita, e também sem nenhum tipo de conhecimento científico da estrutura da matéria, as pessoas da época não tinham como interpretar o fenômeno de outra forma. Portanto, ao verem um espírito materializado, julgavam tratar-se de seu próprio corpo carnal, ou então de um "anjo".

Conclusão:

           A Doutrina da Reencarnação é mais "científica" e mais coerente do que o dogma da Ressurreição. Na Reencarnação nada acontece por "mágica". Tudo é lógico e coerente. Tudo tem uma explicação que se encaixa nas próprias leis da natureza. O mundo material e o mundo espiritual se encadeiam perfeitamente.
          Ninguém paga pelo que não fez, ninguém recebe nada sem ter merecimento. Deus não fica interferindo, como o "Zeus" da mitologia Grega, impondo seus "poderes mágicos" sobre as pessoas, quase sempre para punir. Deus não é um ser vingativo, mas sim um Pai misericordioso.