AKJ: Almeida-1753 compatibilizada com a KJB-1611, com grafia e
gramática inspiradas na ACF-1995
LIVRO DOS
NÚMEROS
Capítulos 13-24
Capítulo 13
1 E falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Envia homens
que espiem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel;
de cada tribo de seus pais enviareis um homem, sendo cada homem príncipe
entre eles.
3 E enviou-os
Moisés do deserto de Parã, segundo a ordem do SENHOR; todos
aqueles homens eram cabeças dos filhos de Israel.
4 E estes
são os seus nomes: Da tribo de Rúben, Samua, filho de Zacur;
5 Da tribo
de Simeão, Safate, filho de Hori;
6 Da tribo
de Judá, Calebe, filho de Jefoné;
7 Da tribo
de Issacar, Jigeal, filho de José;
8 Da tribo
de Efraim, Oséias, filho de Num;
9 Da tribo
de Benjamim, Palti, filho de Rafu;
10 Da tribo
de Zebulom, Gadiel, filho de Sodi;
11 Da tribo
de José, pela tribo de Manassés, Gadi filho de Susi;
12 Da tribo
de Dã, Amiel, filho de Gemali;
13 Da tribo
de Aser, Setur, filho de Micael;
14 Da tribo
de Naftali, Nabi, filho de Vofsi;
15 Da tribo
de Gade, Geuel, filho de Maqui.
16 Estes são
os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a
Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué.
17 Enviou-os,
pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi
por aqui para o lado do sul, e subi à montanha:
18 E vede
que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco;
se pouco ou muito.
19 E como
é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as
cidades em que eles habitam; se em tendas, ou em fortalezas.
20 Também
como é a terra, se gorda (em alimentos) ou
magra; se nela há
árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da
terra. E eram aqueles dias os dias das primícias das uvas.
21 Assim subiram
e espiaram a terra desde o deserto de Zim, até Reobe, à entrada
de Hamate.
22 E subiram
para o lado do sul, e vieram até Hebrom; e estavam ali Aimã,
Sesai e Talmai, filhos de Enaque (Hebrom foi edificada sete anos antes
de Zoã no Egito).
23 Depois
foram até ao vale de Escol, e dali cortaram - abaixo um
ramo de vide com
um cacho de uvas, o qual trouxeram entre dois homens, sobre uma vara; como também
trouxeram das romãs e dos figos.
24 Chamaram
àquele lugar o vale de Escol, por causa do cacho de uvas o
qual dali cortaram - abaixo
os filhos de Israel.
25 E eles
voltaram de espiar a terra, ao fim de quarenta dias.
26 E caminharam,
e vieram a Moisés e a Aarão, e a toda a congregação
dos filhos de Israel no deserto de Parã, em Cades; e deram-lhes
contas em palavras,
a eles, e a toda a congregação, e mostraram-lhes o fruto da
terra.
27 E contaram-lhe,
e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e verdadeiramente
mana leite e mel, e este é o seu fruto.
28 O povo,
porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades
são fortificadas
e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Enaque.
29 Os amalequitas
habitam na terra do sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam
nas montanhas; e os cananeus habitam junto do mar, e pela margem do Jordão.
30 Então
Calebe fez calar o povo perante Moisés, e disse: Certamente subiremos
e a possuiremos em herança; porque seguramente prevaleceremos contra
ela.
31 Porém,
os homens que com ele subiram disseram: Não poderemos subir contra
aquele povo, porque é mais forte do que nós.
32 E
trouxeram
difamação sobre
a terra que tinham espiado, dizendo aos filhos de Israel: A terra, pela
qual passamos a espiá-la, é terra que consome os seus habitantes;
e todo o povo que vimos nela são homens de grande estatura.
33 Também
vimos ali gigantes, filhos de Enaque, descendentes dos gigantes; e éramos
aos nossos olhos como gafanhotos, e assim também éramos aos
seus olhos.
Capítulo 14
1 Então
toda a congregação levantou a sua voz; e o povo chorou naquela
noite.
2 E todos
os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Aarão;
e toda a congregação lhes disse: Quem dera tivéssemos
morrido na terra do Egito! Ou
quem dera tivéssemos
morrido neste deserto!
3 E por que
o SENHOR nos traz a esta terra, para cairmos à espada e para que
nossas mulheres e nossas crianças sejam por presa? Não nos
seria melhor voltarmos ao Egito?
4 E diziam
uns aos outros: Constituamos um líder, e voltemos ao Egito.
5 Então
Moisés e Aarão caíram sobre os seus rostos perante toda
a congregação dos filhos de Israel.
6 E Josué,
filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra,
rasgaram as suas vestes.
7 E falaram
a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra
pela qual passamos a espiar é terra muito boa.
8 Se o SENHOR
Se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la
dará; terra que mana leite e mel.
9 Tão-somente
não sejais rebeldes contra o SENHOR, e não temais o povo dessa
terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo,
e o SENHOR é conosco; não os temais.
10 Mas toda
a congregação disse que os apedrejassem
com pedras; porém a glória
do SENHOR apareceu na tenda da congregação a todos os filhos
de Israel.
11 E disse
o SENHOR a Moisés: Até quando Me provocará este povo? E até quando não crerá em
Mim, apesar de todos os sinais
que Eu fiz no meio dele?
12 Com pestilência
o ferirei, e o deserdarei; e farei a ti povo maior e mais forte do que
este.
13 E disse
Moisés ao SENHOR: Assim os egípcios ouvirão isto; porquanto
com a tua força fizeste subir este povo do meio deles.
14 E dirão
isto aos habitantes desta terra, os quais ouviram que
Tu, ó SENHOR, estás
no meio deste povo, que olho a olho, ó SENHOR, lhes apareces, que
Tua nuvem está sobre ele e que vais adiante dele numa coluna de
nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite.
15 E se matares
todo este povo como a um só homem, então as nações,
que antes ouviram a Tua fama, falarão, dizendo:
16 Porquanto
o SENHOR não podia pôr este povo na terra que lhe tinha jurado;
por isso os matou no deserto.
17 Agora,
pois, rogo-Te que a força do meu Senhor se engrandeça; como
tens falado, dizendo:
18 O SENHOR
é longânimo, e grande em misericórdia, que perdoa
a iniqüidade e a transgressão, que de modo nenhum tem o
culpado por inocente, e que visita
(para trazer punição) a iniqüidade dos pais sobre os filhos até
à terceira e quarta geração.
19 Perdoa,
pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da Tua misericórdia;
e como também perdoaste a este povo desde a terra do Egito até
aqui.
20 E disse
o SENHOR: Conforme à tua palavra lhe perdoei.
21 Porém,
tão certamente como Eu vivo, e como toda a
terra será enchida da glória do SENHOR
22 E que todos
os homens que viram a Minha glória e os Meus sinais, que fiz no
Egito e no deserto, e Me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram
à Minha voz,
23 Não
verão a terra de que a seus pais jurei, e nenhum daqueles que Me provocaram
a verá.
24 Porém
o Meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito, e
cumpriu até o fim o seguir após Mim, Eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente
a possuirá em herança.
25 Ora, os
amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos amanhã e caminhai
para o deserto pelo caminho do Mar Vermelho.
26 Depois
falou o SENHOR a Moisés e a Aarão dizendo:
27 Até
quando sofrerei esta má congregação, que murmura contra
Mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com
que murmuram contra Mim.
28 Dize-lhes:
Tão seguramente quanto vivo Eu, diz o SENHOR, que, como falastes aos
Meus ouvidos, assim farei
a vós outros.
29 Neste deserto
cairão os vossos cadáveres, como também todos os que
de vós foram contados segundo toda a vossa conta, de vinte anos
para cima, os que dentre vós contra Mim murmurastes;
30 Não
entrareis na terra, concernente à qual levantei a
Minha mão que vos faria habitar
nela, salvo Calebe, filho de Jefoné, e Josué, filho de Num.
31 Mas os
vossos pequeninos, de que dizeis: Por presa serão, porei
nela; e eles
conhecerão a terra que vós desprezastes.
32 Porém,
quanto a vós, os vossos cadáveres cairão neste deserto.
33 E vossos
filhos perambularão neste deserto quarenta anos, e levarão
sobre
si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se
consumam neste deserto.
34 Segundo
o número dos dias em que espiastes esta terra, quarenta dias, cada
dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades
quarenta anos, e conhecereis o Meu desagrado.
35 Eu, o SENHOR,
falei; assim farei a toda esta má congregação, que se
levantou contra Mim; neste deserto se consumirão, e aí falecerão.
36 E os homens
que Moisés enviara a espiar a terra, e que, voltando, fizeram murmurar
toda a congregação contra ele,
trazendo
difamação contra a terra,
37 Aqueles
mesmos homens que
trouxeram má
difamação contra a terra, morreram de praga perante o SENHOR.
38 Mas Josué,
filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos homens que
foram espiar a terra, ficaram com vida.
39 E falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel; então o povo
muito chorou- lamentando.
40 E levantaram-se
cedo ao alvorecer daquela madrugada, e subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui, e subiremos ao lugar que o SENHOR tem
prometido; porquanto havemos pecado.
41 Mas Moisés
disse: Por que transgredis o mandado do SENHOR? Pois isso não prosperará.
42 Não
subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós, para
que não sejais feridos diante dos vossos inimigos.
43 Porque
os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis
à espada; pois, porquanto vos desviastes do
seguimento após o SENHOR, o SENHOR não
estará convosco.
44 Contudo,
temerariamente, tentaram subir ao cume do monte; mas a arca da aliança
do SENHOR e Moisés não se apartaram do meio do arraial.
45 Então
desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam naquela montanha, e os
feriram, destruindo-os até Horma.
Capítulo 15
1 Depois falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Fala aos
filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra das vossas habitações,
que Eu vos estou dando,
3 E ao SENHOR
fizerdes oferta queimada, holocausto, ou sacrifício, para cumprir
um voto, ou em oferta voluntária, ou nas vossas solenes
festas anuais, para
fazerdes ao SENHOR um cheiro suave de gado ou
ovelhas,
4 Então
aquele que apresentar a sua oferta ao SENHOR, por oferta de alimentos trará
uma décima parte de flor de farinha misturada com a quarta parte de um
him de azeite.
5 E de vinho
{*} para libação prepararás a quarta parte de um him, para
holocausto ou para sacrifício, por cada cordeiro;
{* <03196 yayin> pode ser qualquer líquido direta
ou indiretamente derivado de uvas. O contexto de toda a Bíblia, e contexto
local, e a santidade do verdadeiro autor das Escrituras, o Espírito Santo de
Deus, aqui exige que o sentido seja o de suco puro recém espremido (como em Gn
40:11}, ou o de
suco não fermentado e conservado por qualquer um de vários processos conhecidos
("pasteurização", fumos de enxofre, fervura e evaporação até se tornar grosso xarope,
etc., com envasilhamento estéril e hermético), mas não o sentido de vinagre,
nem o de vinho alcoólico. De
qualquer modo, quer alcoólico ou não, o líquido proveniente da uva somente
devia ser usado misturado em 3 a 20 partes de água. Ler o livro "Bible Wines: or, The Laws of Fermentation and Wine of the Ancients" - William Patton}
6 E para
cada
carneiro prepararás uma oferta de alimentos de duas décimas
partes de flor de farinha, misturada com a terça parte de um him de azeite.
7 E de vinho
{*} para a libação oferecerás a terça parte de um him ao SENHOR, em cheiro suave.
{* Ver nota 15:5}
8 E, quando
preparares novilho (um jovem
filho da manada),
para holocausto ou sacrifício, para cumprir um voto, ou um sacrifício pacífico
ao SENHOR,
9 Com o
jovem filho da manada será apresentada uma oferta de alimentos de três décimas
partes de flor de farinha misturada com a metade de um him de azeite.
10 E de vinho
{*} para a libação oferecerás a metade de um him, oferta
queimada em cheiro suave ao SENHOR. {* Ver nota 15:5}
11 Assim se
fará com cada boi, ou com cada carneiro, ou com cada um dos cordeiros
ou cabritos.
12 Segundo
o número que oferecerdes, assim o fareis com cada um, segundo o
número deles.
13 Todo o
natural assim fará estas coisas, oferecendo oferta queimada em cheiro
suave ao SENHOR.
14 Quando
também peregrinar convosco algum estrangeiro, ou quem quer
que estiver no
meio de vós nas vossas gerações, e ele apresentar uma
oferta queimada de cheiro suave ao SENHOR, como vós fizerdes, assim
fará ele.
15 Um mesmo
estatuto haja para vós, ó congregação, e para
o estrangeiro que entre vós peregrina, por estatuto perpétuo
nas vossas gerações; como vós sois, assim será o peregrino
perante o SENHOR.
16 Uma mesma
lei e uma mesma maneira haverá para vós e para o estrangeiro
que peregrina convosco.
17 Falou mais
o SENHOR a Moisés, dizendo:
18 Fala aos
filhos de Israel, e dize-lhes: Quando entrardes na terra em que vos
estou introduzindo,
19 Acontecerá
que, quando comerdes do pão da terra, então oferecereis ao SENHOR
oferta alçada.
20 Das primícias
da vossa massa oferecereis um bolo em oferta alçada; como a oferta
da eira, assim o oferecereis.
21 Das primícias
das vossas massas dareis ao SENHOR oferta alçada nas vossas gerações.
22 E, quando
vierdes a errar, e não cumprirdes todos estes mandamentos, que o SENHOR
falou a Moisés,
23 Sim, tudo quanto
o SENHOR vos tem mandado por mão de Moisés, desde
o dia que o SENHOR ordenou, e dali em diante, nas vossas gerações,
24 Será
que, quando se fizer alguma coisa por ignorância, e for encoberto
aos olhos da congregação, toda a congregação oferecerá
um
novilho (um jovem
filho da manada) para holocausto em cheiro suave ao SENHOR, com a sua oferta
de alimentos e libação conforme ao estatuto, e um cabrito
tirado
das cabras para
sacrifício pelo pecado.
25 E o sacerdote
fará expiação por toda a congregação dos
filhos de Israel, e lhes será perdoado, porquanto foi por ignorância; e
trouxeram a sua oferta, oferta queimada ao SENHOR, e o seu
sacrifício pelo pecado perante o SENHOR, por causa da ignorância
deles.
26 Será,
pois, perdoado a toda a congregação dos filhos de Israel, e
mais ao estrangeiro que peregrina no meio deles, porquanto por ignorância sobreveio a todo o povo.
27 E, se alguma
alma pecar por ignorância, para sacrifício pelo pecado oferecerá
uma cabra de um ano.
28 E o sacerdote
fará expiação pela alma que pecou, quando pecar por ignorância, perante o SENHOR, fazendo expiação por ela,
e lhe será perdoado.
29 Para o
natural dos filhos de Israel, e para o estrangeiro que no meio deles peregrina,
uma mesma lei vos será, para aquele que pecar por ignorância.
30 Mas a alma
que fizer alguma coisa com punho insolentemente
erguido, quer seja dos naturais quer dos
estrangeiros, injuria ao SENHOR; tal alma será extirpada do meio
do seu povo.
31 Pois desprezou
a palavra do SENHOR, e quebrou o Seu mandamento; totalmente será
extirpada aquela alma, a sua iniqüidade será sobre ela.
32 Estando,
pois, os filhos de Israel no deserto, acharam um homem apanhando lenha
no dia de sábado.
33 E os que
o acharam apanhando lenha o trouxeram a Moisés e a Aarão, e
a toda a congregação.
34 E o puseram
em guarda; porquanto ainda não estava declarado o que se lhe devia
fazer.
35 Disse,
pois, o SENHOR a Moisés: certamente será morto aquele homem;
toda a congregação
com pedras o apedrejará fora do arraial.
36 Então
toda a congregação o tirou para fora do arraial, e
com pedras
o apedrejaram,
e morreu, como o SENHOR ordenara a Moisés.
37 E falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
38 Fala aos
filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes façam
franjas, pelas suas gerações; e nas franjas das bordas ponham
um cordão de azul.
39 E as franjas
vos serão para que, vendo-as, vos lembreis de todos os mandamentos
do SENHOR, e os cumprais; e não seguireis
após
o vosso próprio coração,
nem após os vossos olhos, após os quais andais vos prostituindo.
40 Para que
vos lembreis de todos os Meus mandamentos, e os cumprais, e santos sejais
a vosso Deus.
41 Eu sou
o SENHOR vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito, para ser vosso Deus.
Eu sou o SENHOR vosso Deus.
Capítulo 16
1 E Coré,
filho de Jizar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datã
e a Abirão, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben.
2 E levantaram-se
perante Moisés com duzentos e cinqüenta homens dos filhos de
Israel, príncipes da congregação, eleitos pela e famosos
na
assembléia, varões de renome,
3 E se congregaram
contra Moisés e contra Aarão, e lhes disseram: Tomais
demais sobre vós, pois
que toda a congregação é santa, cada um deles é
(santo),
e o SENHOR está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre
a congregação do SENHOR?
4 Quando Moisés
ouviu isso, caiu sobre o seu rosto.
5 E falou a Coré e a todo o seu grupo, dizendo:
Amanhã
ao alvorecer o SENHOR declarará quem é Seu, e quem é
o santo que Ele fará chegar a Si; aquele a quem escolheu fará
chegar a Si.
6 Fazei isto:
Tomai vós incensários, Coré e todo seu grupo;
7 E, pondo
fogo neles amanhã, sobre eles deitai incenso perante o SENHOR; e será
que o homem a quem o SENHOR escolher, este será o santo;
tomais demais sobre vós,
filhos de Levi.
8 Disse mais
Moisés a Coré: Ouvi agora, filhos de Levi:
9 Porventura
pouco para vós é que o Deus de Israel vos tenha separado
da congregação de Israel, para vos fazer chegar a Si, para
trabalhardes no serviço do tabernáculo do SENHOR e estardes
perante a congregação para ministrar-lhe?
10 E fez
chegar a Ele, tu e todos os teus irmãos, os filhos de Levi, contigo?
Ainda
também procurais o ofício sacerdotal?
11 Assim tu
e todo o teu grupo estais contra o SENHOR; e Aarão, quem é ele,
que murmureis contra ele?
12 E Moisés
enviou (mensageiros)
a chamar Datã e Abirão, filhos de Eliabe; porém
eles disseram: Não subiremos;
13 Porventura
pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel,
para nos matar neste deserto, senão que
totalmente te fazes
príncipe sobre nós?
14 Nem tampouco
nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campo e vinhas
em herança; porventura arrancarás os olhos a estes homens?
Não subiremos.
15 Então
Moisés irou-se muito, e disse ao SENHOR: Não olhes com
prazer para a
oferta deles; nem um só jumento tomei deles, nem a nenhum deles fiz
mal.
16 Disse mais
Moisés a Coré: Tu e todo o teu grupo ponde-vos perante o
SENHOR, tu e eles, e Aarão, amanhã.
17 E tomai
cada homem o seu incensário, e neles ponde incenso; e trazei cada
homem
o seu incensário perante o SENHOR, duzentos e cinqüenta incensários;
também tu e Aarão, cada homem tome o seu incensário.
18 Tomaram,
pois, cada homem o seu incensário, e neles puseram fogo, e neles deitaram
incenso, e se puseram perante a porta da tenda da congregação
com Moisés e Aarão.
19 E Coré
fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação;
então a glória do SENHOR apareceu a toda a congregação.
20 E falou
o SENHOR a Moisés e a Aarão, dizendo:
21 Apartai-vos
do meio desta congregação, e os consumirei num momento.
22 Mas eles
se prostraram sobre os seus rostos, e disseram: Ó Deus, Deus dos espíritos
de toda a carne, pecará um só homem, e indignar-Te-ás
Tu contra toda esta congregação?
23 E falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
24 Fala a
toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação
de Coré, Datã e Abirão.
25 Então
Moisés levantou-se, e foi a Datã e a Abirão; e após
ele seguiram os anciãos de Israel.
26 E falou
à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos,
das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que
é deles para que porventura não pereçais em todos os seus
pecados.
27 Subiram,
pois, do derredor da habitação de Coré, Datã e
Abirão. E Datã e Abirão saíram, e se puseram à
porta das suas tendas, juntamente com as suas esposas, e seus filhos,
e suas crianças pequenas.
28 Então
disse Moisés: Nisto conhecereis que o SENHOR me enviou a fazer todos
estes feitos, que de meu coração não procedem.
29 Se estes
morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados
(para trazer bem) como são
visitados (para trazer bem) todos os homens, então o SENHOR não me enviou.
30 Mas, se
o SENHOR criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar
com tudo o que é deles, e vivos descerem ao
inferno
{*}, então conhecereis
que estes homens irritaram ao SENHOR. {* Ao morrerem, antes da ascensão de Cristo, os salvos iam imediatamente para a metade do inferno que ficava protegida das chamas (compare Dan 3:19-27; Luc 16:19-31). Para os perdidos, Sheol sempre tem que ser traduzido para INFERNO de sofrimento eterno e consciente, para onde eles sempre foram e vão}
31 E aconteceu
que, acabando ele de falar todas estas palavras, a terra que estava debaixo
deles se fendeu.
32 E a terra
abriu a sua boca, e os tragou com as suas casas, como também a todos
os homens que pertenciam a Coré, e a todos os seus bens.
33 E eles
e tudo o que era deles desceram vivos ao
inferno {*}, e a
terra os cobriu, e pereceram do meio da congregação.
{* Ver nota v. 30}
34 E todo
o Israel, que estava ao redor deles, fugiu ao clamor deles; porque diziam:
Não suceda que a terra também nos trague.
35 Então
saiu fogo do SENHOR, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que
ofereciam o incenso.
36 E falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
37 Dize a
Eleazar, filho de Aarão, o sacerdote, que tome os incensários
do meio do incêndio, e espalhe o fogo longe, porque santos são;
38 Quanto
aos incensários daqueles que pecaram contra as suas
próprias almas, deles
se façam folhas estendidas para cobertura do altar; porquanto os
trouxeram perante o SENHOR; pelo que santos são; e serão por
sinal aos filhos de Israel.
39 E Eleazar,
o sacerdote, tomou os incensários de bronze, que trouxeram aqueles
que foram queimados, e os estenderam em folhas para cobertura do altar,
40 Por memorial
para os filhos de Israel, que nenhum estranho, que não for da semente
de Aarão, se chegue para acender incenso perante o SENHOR; para que
não seja como Coré e o seu grupo, como o
SENHOR lhe tinha dito por mão de Moisés,
41 Mas no
dia seguinte toda a congregação dos filhos de Israel murmurou
contra Moisés e contra Aarão, dizendo: Vós matastes o
povo do SENHOR.
42 E aconteceu
que, ajuntando-se a congregação contra Moisés e Aarão,
e virando-se para a tenda da congregação, eis que a nuvem a
cobriu, e a glória do SENHOR apareceu.
43 Vieram,
pois, Moisés e Aarão perante a tenda da congregação.
44 Então
falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
45 Levantai-vos
do meio desta congregação, e a consumirei num momento; então
se prostraram sobre os seus rostos,
46 E disse
Moisés a Aarão: Toma o teu incensário, e põe nele
fogo do altar, e deita incenso sobre ele, e vai depressa à congregação,
e faze expiação por eles; porque grande indignação
saiu de diante do SENHOR; já começou a praga.
47 E tomou-o
Aarão, como Moisés tinha falado, e correu ao meio da congregação;
e eis que já a praga havia começado entre o povo; e deitou
incenso nele, e fez expiação pelo povo.
48 E estava
em pé entre os mortos e os vivos; e a praga foi cessada.
49 E os que
morreram daquela praga foram catorze mil e setecentos, fora os que morreram
por causa de Coré.
50 E voltou
Aarão a Moisés à porta da tenda da congregação;
e a praga foi cessada.
Capítulo 17
1 Então
falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
2 Fala aos
filhos de Israel, e toma deles varas, uma para cada casa paterna de todos
os seus príncipes, segundo as casas de seus pais, isto é,
doze varas; e
escreverás o nome de cada homem sobre a sua vara.
3 Porém
o nome de Aarão escreverás sobre a vara de Levi; porque cada
cabeça da casa de seus pais terá uma vara.
4 E as porás
na tenda da congregação, perante o testemunho, onde Eu Me
encontrarei convosco.
5 E será
que a vara do homem que eu tiver escolhido florescerá; assim farei
cessar as murmurações dos filhos de Israel contra Mim, com
que murmuram contra vós.
6 Falou, pois,
Moisés aos filhos de Israel; e todos os seus príncipes deram-lhe
cada um uma vara, para cada príncipe uma vara, segundo as casas
de seus pais, doze varas; e a vara de Aarão estava entre as deles.
7 E Moisés
pôs estas varas perante o SENHOR na tenda do testemunho.
8 Sucedeu,
pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho,
e eis que a vara de Aarão, pela casa de Levi, tinha florescido; porque produzira
flores e brotara renovos e dera amêndoas.
9 Então
Moisés tirou todas as varas de diante do SENHOR a todos os filhos
de Israel; e eles o viram, e tomaram cada homem a sua vara.
10 Então
o SENHOR disse a Moisés: Torna a pôr a vara de Aarão
perante o testemunho, para que se guarde por sinal para os filhos rebeldes;
assim farás acabar as suas murmurações contra Mim, para
que não morram.
11 E Moisés
fez assim; como lhe ordenara o SENHOR, assim fez.
12 Então
falaram os filhos de Israel a Moisés, dizendo: Eis aqui, nós
expiramos, perecemos, nós todos perecemos.
13 Todo aquele
que se aproximar do tabernáculo do SENHOR, morrerá; seremos
pois todos consumidos,
para expirar?
Capítulo 18
1 Então
disse o SENHOR a Aarão: Tu, e teus filhos, e a casa de teu pai contigo,
levareis sobre vós a iniqüidade do santuário; e tu e
teus filhos contigo levareis sobre vós a iniqüidade do vosso
sacerdócio.
2 E também
farás chegar contigo a teus irmãos, a tribo de Levi, a tribo
de teu pai, para que se ajuntem a ti, e te sirvam; mas tu e teus filhos
contigo servireis perante a tenda do testemunho.
3 E eles cumprirão
as tuas ordens e terão o encargo de toda a tenda; mas não se
chegarão aos utensílios do santuário, nem ao altar,
para que não morram, tanto eles como vós.
4 Mas se ajuntarão
a ti, e farão o serviço da tenda da congregação
em todo o exercício- do- servir da tenda; e o estranho não se chegará
a vós.
5 Vós,
pois, fareis o serviço do santuário e o serviço do
altar; para que não haja outra vez furor sobre os filhos de Israel.
6 E Eu, eis
que tenho tomado vossos irmãos, os levitas, do meio dos filhos de
Israel; são dados a vós em dádiva pelo SENHOR, para
que sirvam ao exercício- do- servir da tenda da congregação.
7 Mas tu e
teus filhos contigo cumprireis o vosso ofício sacerdotal no tocante a tudo
o que é do altar, e a tudo o que está dentro do véu,
nisso servireis; Eu vos tenho dado o vosso ofício sacerdotal em dádiva
ministerial e o estranho que se chegar será morto.
8 Disse mais
o SENHOR a Aarão: Eis que Eu te tenho dado a guarda das Minhas ofertas
alçadas, com todas as coisas santas dos filhos de Israel; por causa
da unção as tenho dado a ti e a teus filhos por estatuto perpétuo.
9 Isto terás
das coisas sumamente consagradas reservadas do fogo: todas as suas
ofertas com todas as suas ofertas de alimentos, e com todas
os seus sacrifícios pelo pecado, e com todos
os seus sacrifícios pela culpa, que
Me apresentarão; serão coisas sumamente consagradas para ti e para
teus filhos.
10 No lugar santíssimo as comerás; todo
macho a comerá; santas serão para ti.
11 Também
isto será teu: a oferta alçada das suas dádivas com todas as
ofertas movidas (de um lado para
outro) dos filhos de Israel; a ti, a teus filhos, e a tuas filhas
contigo, as tenho dado por estatuto perpétuo; todo o que estiver
limpo na tua casa, delas comerá.
12 Todo o
melhor do azeite, e todo o melhor do mosto e do grão, as suas primícias
que derem ao SENHOR, as tenho dado a ti.
13 Os primeiros
frutos de tudo que houver na terra, que trouxerem ao SENHOR, serão
teus; todo o que estiver limpo na tua casa os comerá.
14 Toda a
coisa consagrada em Israel será tua.
15 Tudo que
abrir a madre, e toda a carne que trouxerem ao SENHOR, tanto de homens
como de animais, será teu; porém os primogênitos dos
homens resgatarás; também os primogênitos dos animais
imundos resgatarás.
16 Os que
deles se houverem de resgatar resgatarás, da idade de um mês,
segundo a tua avaliação, por cinco siclos de dinheiro, segundo
o siclo do santuário, que é de vinte geras.
17 Mas o primogênito
de vaca, ou primogênito de ovelha, ou primogênito de cabra,
não resgatarás, santos são; o seu sangue espargirás
sobre o altar, e a sua gordura queimarás em oferta queimada de cheiro
suave ao SENHOR.
18 E a carne
deles será tua; assim como o peito da oferta de movimento, e o ombro
direito, teus serão.
19 Todas as
ofertas alçadas das coisas santas, que os filhos de Israel oferecerem
ao SENHOR, tenho dado a ti, e a teus filhos e a tuas filhas contigo, por
estatuto perpétuo; aliança perpétua de sal perante
o SENHOR é, para ti e para a tua semente contigo.
20 Disse também
o SENHOR a Aarão: Na sua terra herança nenhuma terás,
e no meio deles, nenhuma parte terás; Eu sou a tua parte e a tua
herança no meio dos filhos de Israel.
21 E eis que
aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança,
pelo serviço com que servem, o serviço da tenda da congregação.
22 E nunca
mais os filhos de Israel se chegarão à tenda da congregação,
para que não levem sobre si o pecado e morram.
23 Mas os
levitas farão o serviço da tenda da congregação,
e eles levarão sobre si a sua iniqüidade; pelas vossas gerações
estatuto perpétuo será; e no meio dos filhos de Israel nenhuma
herança herdarão,
24 Porque
os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta
alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto Eu
lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança
herdarão.
25 E falou
o SENHOR a Moisés, dizendo:
26 Também
falarás aos levitas, e dir-lhes-ás: Quando receberdes os
dízimos dos filhos de Israel, que Eu deles vos tenho dado por vossa
herança, deles levantareis- para- entregar uma oferta alçada ao SENHOR, os
dízimos dos dízimos.
27 E contar-se-vos-á
a vossa oferta alçada, como se fosse grão da eira, e como plenitude
do lagar.
28 Assim também
oferecereis ao SENHOR uma oferta alçada de todos os vossos dízimos,
que receberdes dos filhos de Israel, e deles dareis a oferta alçada
do SENHOR a Aarão, o sacerdote.
29 De todas
as vossas dádivas oferecereis toda a oferta alçada do SENHOR;
de tudo o melhor deles, a sua santa parte.
30 Dir-lhes-ás
pois: Quando erguerdes em oferta o melhor deles, como
lucro da eira e como
lucro do lagar, isto será contabilizado aos levitas.
31 E o comereis
em todo o lugar, vós e as vossas famílias, porque vosso galardão
é pelo vosso serviço na tenda da congregação.
32 Assim,
não levareis sobre vós o pecado, quando erguerdes
em oferta o melhor deles; e não profanareis as coisas santas dos filhos de Israel, para
que não morrais.
Capítulo 19
1 Falou mais
o SENHOR a Moisés e a Aarão dizendo:
2 Este é
o estatuto da lei, que o SENHOR ordenou, dizendo: Dize aos filhos de Israel
que te tragam uma novilha vermelha, que não tenha
mancha, e sobre a
qual não tenha sido posto jugo.
3 E a dareis
a Eleazar, o sacerdote; ele a tirará para fora do arraial, e degolar-se-á
diante dele.
4 E Eleazar,
o sacerdote, tomará do sangue dela com o seu dedo, e dele espargirá
sete vezes diretamente em frente da tenda da congregação.
5 Então
queimar-se-á a novilha perante os olhos
dele; e ele
queimará o couro, e a carne,
e o sangue, com o esterco dela.
6 E o sacerdote
tomará pau de cedro, e hissopo, e carmesim, e os lançará
no meio do fogo que queima a novilha.
7 Então
o sacerdote lavará as suas vestes, e banhará a sua carne
na água, e depois entrará no arraial; e o sacerdote será
imundo até ao pôr do sol.
8 Também
o que a queimou lavará as suas vestes com água, e em água
banhará a sua carne, e imundo será até ao pôr do sol.
9 E um homem
limpo ajuntará a cinza da novilha, e a porá fora do arraial,
num lugar limpo, e ficará ela guardada para a congregação
dos filhos de Israel, para a água da separação;
purificação por pecado
é.
10 E o que
apanhou a cinza da novilha lavará as suas vestes, e será
imundo até ao pôr do sol; isto será por estatuto perpétuo
aos filhos de Israel e ao estrangeiro que peregrina no meio deles.
11 Aquele
que tocar em algum morto, cadáver de algum homem, imundo será
sete dias.
12 Ao terceiro
dia se purificará com aquela água, e ao sétimo dia
será limpo; mas, se ao terceiro dia se não purificar, não
será limpo ao sétimo dia.
13 Todo aquele
que tocar em algum morto, cadáver de algum homem
que estiver morto,
e não se purificar, contamina o tabernáculo do SENHOR; e aquela
alma será
extirpada de Israel; porque a água da separação não
foi espargida sobre ele, imundo será; está nele ainda a sua
imundícia.
14 Esta é
a lei, quando morrer algum homem em alguma tenda, todo aquele que entrar
naquela tenda, e todo aquele que nela estiver, será imundo sete
dias.
15 Também
todo o vaso aberto, sobre o qual não houver pano atado, será
imundo.
16 E todo
aquele que sobre a face do campo tocar em alguém que for morto pela
espada, ou em outro corpo morto ou nos ossos de algum homem, ou numa sepultura,
será imundo sete dias.
17 Para um
imundo, pois, tomarão da cinza da novilha queimada
para purificação de pecado,
e sobre ela colocarão água corrente num vaso.
18 E um homem
limpo tomará hissopo, e o imergirá naquela água, e
a espargirá sobre aquela tenda, e sobre todos os
utensílios,
e sobre as pessoas que ali estiverem, como também sobre aquele que
tocar os ossos, ou em alguém que foi morto, ou que faleceu, ou numa
sepultura.
19 E o limpo,
ao terceiro e sétimo dia, espargirá sobre o imundo; e ao sétimo
dia ele mesmo se purificará; e lavará as suas vestes, e se banhará
na água, e ao pôr do sol será limpo.
20 Porém
o homem
que for imundo, e se não purificar,
a tal alma
do meio da congregação
será extirpada; porquanto contaminou o santuário do SENHOR;
água de separação sobre ele não foi espargida;
imundo é.
21 Isto lhes
será por estatuto perpétuo; e o que espargir a água
da separação lavará as suas vestes; e o que tocar a
água da separação será imundo até ao pôr do sol,
22 E tudo
o que tocar o imundo também será imundo; e a alma que o
tocar será imunda até ao pôr do sol.
Capítulo 20
1 Chegando
os filhos de Israel, toda a congregação, ao deserto de Zim,
no mês primeiro, o povo permaneceu em Cades; e Miriã morreu ali,
e ali foi sepultada.
2 E não
havia água para a congregação; então se reuniram
contra Moisés e contra Aarão.
3 E o povo
contendeu com Moisés, dizendo: Quem dera tivéssemos perecido
quando pereceram nossos irmãos perante o SENHOR!
4 E por que
trouxestes a congregação do SENHOR a este deserto, para que
morramos aqui, nós e os nossos animais?
5 E por que
nos fizestes subir do Egito, para nos trazer a este lugar mau? Lugar
que não é de semente, nem de figos, nem de vides, nem de romãs,
nem há aqui nenhuma água para beber.
6 Então
Moisés e Aarão se foram de diante do povo à porta da
tenda da congregação, e se lançaram sobre os seus rostos;
e a glória do SENHOR lhes apareceu.
7 E o SENHOR
falou a Moisés dizendo:
8 Toma a vara,
e ajunta a congregação, tu e Aarão, teu irmão, e falai
à rocha, perante os seus olhos, e dará a sua água;
assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber
à congregação e aos seus animais.
9 Então
Moisés tomou a vara de diante do SENHOR, como lhe tinha ordenado.
10 E Moisés
e Aarão reuniram a congregação diante da rocha, e Moisés
disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura tiraremos água desta
rocha para vós?
11 Então
Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a
sua vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e
os seus animais.
12 E o SENHOR
disse a Moisés e a Aarão: Porquanto não crestes em Mim,
para Me santificardes aos olhos dos filhos de Israel, por isso não introduzireis
esta congregação na terra que lhes tenho dado.
13 Estas são
as águas de Meribá, porque os filhos de Israel contenderam
com o SENHOR; e Ele foi santificado sobre eles.
14 Depois
Moisés, de Cades, enviou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: Assim
diz teu irmão Israel: Sabes todo o trabalho que nos sobreveio,
15 Como nossos
pais desceram ao Egito, e nós no Egito habitamos muitos dias; e
como os egípcios nos maltrataram, a nós e a nossos pais;
16 E clamamos
ao SENHOR, e Ele ouviu a nossa voz, e enviou um anjo, e nos tirou do Egito;
e eis que estamos em Cades, cidade na extremidade dos teus limites.
17 Deixa-nos,
pois, passar pela tua terra; não passaremos pelo campo, nem pelas
vinhas, nem beberemos a água dos poços; iremos pela estrada
real; não nos desviaremos para a direita nem para a esquerda, até
que passemos pelos teus limites.
18 Porém
Edom lhe disse: Não passarás por mim, para que eu não
saia com a espada ao teu encontro.
19 Então
os filhos de Israel lhe disseram: Subiremos pelo caminho aplanado, e se
eu e o meu gado bebermos das tuas águas, darei o preço delas;
não desejo alguma outra coisa, senão passar a pé.
20 Porém
ele disse: Não passarás. E saiu-lhe Edom ao encontro com muita
gente, e com mão forte.
21 Assim recusou
Edom deixar passar a Israel pelo seu limite; por isso Israel se desviou
dele.
22 Então
partiram de Cades; e os filhos de Israel, toda a congregação,
chegaram ao monte Hor.
23 E falou
o SENHOR a Moisés e a Aarão no monte Hor, nos limites da terra
de Edom, dizendo:
24 Aarão
será recolhido a seu povo, porque não entrará na terra
que tenho dado aos filhos de Israel, porquanto rebeldes fostes
contra a Minha palavra, nas águas de Meribá.
25 Toma a
Aarão e a Eleazar, seu filho, e faze-os subir ao monte Hor.
26 E despe
a Aarão as suas vestes, e veste-as em Eleazar, seu filho, porque Aarão
será recolhido ao seu povo, e morrerá ali.
27 Fez, pois,
Moisés como o SENHOR lhe ordenara; e subiram ao monte Hor perante
os olhos de toda a congregação.
28 E Moisés
despiu a Aarão de suas vestes, e as vestiu em Eleazar, seu filho; e
morreu Aarão ali sobre o cume do monte; e desceram Moisés e
Eleazar do monte.
29 Vendo,
pois, toda a congregação que Aarão era morto, choraram
a Aarão trinta dias, toda a casa de Israel.
Capítulo 21
1 Ouvindo
o cananeu, rei de Arade, que habitava para o lado sul, que Israel vinha
pelo caminho dos espias, pelejou contra Israel, e dele levou alguns
por prisioneiros.
2 Então
Israel votou um voto ao SENHOR, dizendo: Se de fato entregares este povo
na minha mão, destruirei totalmente as suas cidades.
3 O SENHOR,
pois, atendeu à voz de Israel, e lhe entregou os cananeus; e os
israelitas destruíram totalmente, a eles e às suas cidades; e
chamou o nome daquele lugar Hormá.
4 Então
partiram do monte Hor, pelo caminho do Mar Vermelho, a rodear a terra de
Edom; porém a alma do povo angustiou-se por causa daquele caminho.
5 E o povo
falou contra Deus e contra Moisés: Por que nos fizestes subir do
Egito para que morrêssemos neste deserto? Pois aqui nem pão
nem água há; e a nossa alma tem fastio deste pão tão
vil.
6 Então
o SENHOR enviou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e
morreu muita gente em Israel.
7 Por isso
o povo veio a Moisés, e disse: Havemos pecado porquanto temos falado
contra o SENHOR e contra ti; ora ao SENHOR que tire de nós estas
serpentes. Então Moisés orou pelo povo.
8 E disse
o SENHOR a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre
uma haste; e será que todo o que tiver sido picado,
quando olhar para ela, viverá.
9 E Moisés
fez uma serpente de bronze, e
a pôs sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente
algum homem, quando esse olhava para a serpente
de bronze, vivia.
10 Então
os filhos de Israel partiram, e acamparam em Obote.
11 Depois
partiram de Obote e acamparam em os outeiros de Ije-Abarim, no deserto
que está defronte de Moabe, para o nascente do sol.
12 Dali partiram,
e acamparam no vale de Zerede.
13 E dali
partiram e acamparam no
outro lado de Arnom, que está no deserto e sai
dos limites dos amorreus; porque Arnom é o limite de Moabe, entre
Moabe e os amorreus.
14 Por isso
se diz no livro das guerras do SENHOR: O que fiz no Mar Vermelho e nos
ribeiros de Arnom,
15 E contra a
corrente dos ribeiros, que descendo para a sede de Ar,
se encosta aos limites de Moabe.
16 E dali
partiram para Beer; este é o poço do qual o SENHOR disse
a Moisés: Ajunta o povo e lhe darei água.
17 Então
Israel cantou- respondendo-se (uns aos outros) este cântico: Jorra, ó poço!
Cantai- respondendo-vos (uns- aos- outros),
a ele:
18 Tu, poço,
que cavaram os príncipes, que escavaram os nobres do povo, e o legislador
com os seus bordões; e do deserto partiram para Mataná;
19 E de Mataná
a Naaliel, e de Naaliel a Bamote.
20 E de Bamote
ao vale que está no campo de Moabe, no cume de Pisga,
que olha para o lado do deserto de Jesimom.
21 Então
Israel enviou mensageiros a Siom, rei dos amorreus, dizendo:
22 Deixa-me
passar pela tua terra; não nos desviaremos pelos campos nem pelas
vinhas; as águas dos poços não beberemos; iremos pela
estrada real até que passemos os teus limites.
23 Porém
Siom não deixou passar a Israel pelos seus limites; antes Siom congregou
todo o seu povo, e saiu ao encontro de Israel no deserto, e veio a Jaza,
e pelejou contra Israel.
24 Mas Israel
o feriu ao fio da espada, e tomou a sua terra em possessão, desde
Arnom até Jaboque, até aos filhos de Amom; porquanto a
fronteira
dos filhos de Amom era forte.
25 Assim Israel
tomou todas estas cidades; e habitou em todas
estas cidades, em Hesbom e em todas as
suas aldeias.
26 Porque
Hesbom era cidade de Siom, rei dos amorreus, que tinha pelejado contra
o precedente rei dos moabitas, e tinha tomado da sua mão toda a sua
terra até Arnom.
27 Por isso
dizem os que falam em provérbios: Vinde a Hesbom; edifique-se e
estabeleça-se a cidade de Siom.
28 Porque
fogo saiu de Hesbom, e uma chama da cidade de Siom; e consumiu a Ar dos
moabitas, e os senhores dos altos de Arnom.
29 Ai de ti,
Moabe! Perdido és, povo de Quemós! Entregou seus filhos,
que iam fugindo, e suas filhas, como cativas a Siom, rei dos amorreus.
30 E nós
os asseteamos; Hesbom perdida é até Dibom, e os assolamos
até Nofá, que se estende até Medeba.
31 Assim Israel
habitou na terra dos amorreus.
32 Depois
mandou Moisés espiar a Jazer, e tomaram as suas aldeias, e
desapossaram os amorreus que estavam ali.
33 Então
viraram-se, e subiram pelo caminho de Basã; e Ogue, rei de Basã,
saiu contra eles, ele e todo o seu povo, à peleja em Edrei.
34 E disse
o SENHOR a Moisés: Não o temas, porque eu o tenho dado na tua
mão, a ele, e a todo o seu povo, e a sua terra, e far-lhe-ás
como fizeste a Siom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom.
35 E de tal
maneira o feriram, a ele e a seus filhos, e a todo o seu povo, que nenhum
deles restou; e tomaram a sua terra em possessão.
Capítulo 22
1 Depois partiram
os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe,
sobre este
lado do Jordão à altura de Jericó.
2 Vendo, pois,
Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus,
3 Moabe temeu
muito diante deste povo, porque era numeroso; e Moabe andava angustiado
por causa dos filhos de Israel.
4 Por isso
Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta
congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como
o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaque, filho de Zipor, era
rei dos moabitas.
5 Este enviou
mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto
ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis
que um povo saiu do Egito; eis que cobre a face da terra, e está
parado defronte de mim.
6 Vem, pois,
agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é
do que eu; talvez prevalecerei de modo que o poderemos ferir e lançar fora da terra; porque
eu sei que, a quem tu abençoares será abençoado, e
a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado.
7 Então
foram-se os anciãos dos moabitas e os anciãos dos midianitas
com o preço dos encantamentos nas suas mãos; e chegaram a Balaão,
e disseram-lhe as palavras de Balaque.
8 E ele lhes
disse: Hospedai-vos aqui esta noite, e vos
retornarei palavra, como o SENHOR me
falar; então os príncipes dos moabitas ficaram com Balaão.
9 E veio Deus
a Balaão, e disse: Quem são estes homens que estão contigo?
10 E Balaão
disse a Deus: Balaque, filho de Zipor, rei dos moabitas, os enviou
a Mim, dizendo:
11 Eis que
o povo que saiu do Egito cobre a face da terra; vem agora, amaldiçoa-o
para mim;
porventura poderei pelejar contra ele e expulsá-lo.
12 Então
disse Deus a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás
a este povo, porquanto é bendito.
13 Então
Balaão levantou-se ao alvorecer, e disse aos príncipes de
Balaque: Ide à vossa terra, porque o SENHOR recusa deixar-me ir
convosco.
14 E levantaram-se
os príncipes dos moabitas, e vieram a Balaque, e disseram: Balaão
recusou vir conosco.
15 Porém
Balaque tornou a enviar mais príncipes, mais honrados do que aqueles.
16 Os quais
foram a Balaão, e lhe disseram: Assim diz Balaque, filho de Zipor:
Rogo-te que não te demores em vir a mim.
17 Porque
grandemente te honrarei, e farei tudo o que me disseres; vem pois, rogo-te,
amaldiçoa-me este povo.
18 Então
Balaão respondeu, e disse aos servos de Balaque: Ainda que Balaque
me desse a sua casa cheia de prata e de ouro, eu não poderia ir além
da palavra do SENHOR meu Deus, para fazer coisa pequena ou grande;
19 Agora,
pois, rogo-vos que também aqui fiqueis esta noite, para que eu saiba
o que mais o SENHOR me dirá.
20 Veio, pois,
Deus a Balaão, de noite, e disse-lhe: Se aqueles homens te vieram
chamar, levanta-te, vai com eles?! Não, mas
somente farás o que Eu te digo {*}. {* Deus não muda, a proibição
do verso 12 persiste, evidentemente verso 20 é sarcasmo ou é uma pergunta
indignada}
21 Então
Balaão levantou-se ao alvorecer, e albardou {*} a sua jumenta, e foi
com os príncipes de Moabe. {* Albarda é sela rústica,
enchumaçada de palha, para bestas de carga}
22 E a ira
de Deus acendeu-se, porque ele se ia; e o Anjo do SENHOR pôs-Se-lhe no caminho por adversário; e ele ia caminhando, montado na sua jumenta,
e dois de seus jovens- servos iam com ele.
23 Viu, pois,
a jumenta o Anjo do SENHOR, que estava no caminho, com a
Sua espada desembainhada
na Sua mão; pelo que desviou-se a jumenta do caminho, indo pelo campo;
então Balaão espancou a jumenta para fazê-la tornar ao
caminho.
24 Mas o Anjo
do SENHOR pôs-se numa vereda entre as vinhas, havendo uma parede
deste lado e
uma parede
do outro lado.
25 Vendo,
pois, a jumenta, o Anjo do SENHOR, encostou-se contra a parede, e apertou
contra a parede o pé de Balaão; por isso tornou a espancá-la.
26 Então
o Anjo do SENHOR passou mais adiante, e pôs-se num lugar estreito,
onde não havia caminho para se desviar nem para a direita nem para
a esquerda.
27 E, vendo
a jumenta o Anjo do SENHOR, deitou-se debaixo de Balaão; e a ira de
Balaão acendeu-se, e espancou a jumenta com o bordão.
28 Então
o SENHOR abriu a boca da jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz
eu, que me espancaste estas três vezes?
29 E Balaão
disse à jumenta:
Porque zombaste de mim; quem dera tivesse eu uma
espada na minha mão, porque agora te mataria.
30 E a jumenta
disse a Balaão: Porventura não sou a tua jumenta, em que cavalgaste
desde o tempo em que me tornei tua até hoje?
Porventura tem sido o meu
costume fazer assim contigo? E ele respondeu: Não.
31 Então
o SENHOR abriu os olhos a Balaão, e ele viu o Anjo do SENHOR, que
estava no caminho e a Sua espada desembainhada na
Sua mão; pelo que Balaão inclinou
a sua cabeça, e prostrou-se sobre a sua face.
32 Então
o Anjo do SENHOR lhe disse: Por que já três vezes espancaste
a tua jumenta? Eis que Eu saí para ser teu adversário, porquanto
o teu caminho é perverso diante de Mim:
33 Porém
a jumenta Me viu, e já estas três vezes se desviou de diante de
Mim; se ela não se desviasse de diante de Mim, na verdade que Eu agora
te haveria matado, e a ela deixaria com vida.
34 Então
Balaão disse ao Anjo do SENHOR: Pequei, porque não sabia que
estavas neste caminho para Te opores a mim; e agora, se parece mal aos
Teus olhos, voltarei.
35 E disse
o Anjo do SENHOR a Balaão: Vai-te com estes homens; mas somente a
palavra que Eu falar a ti, esta falarás. Assim Balaão se foi
com os príncipes de Balaque.
36 Ouvindo,
pois, Balaque que Balaão vinha, saiu-lhe ao encontro até à
cidade de Moabe, que está no limite de Arnom, na extremidade do limite
dele.
37 E Balaque
disse a Balaão: Porventura não enviei diligentemente a chamar-te?
Por que não vieste a mim? Não posso eu na verdade honrar-te?
38 Então
Balaão disse a Balaque: Eis que eu tenho vindo a ti; porventura poderei
eu agora de alguma forma falar alguma coisa? A palavra que Deus puser na
minha boca essa falarei.
39 E Balaão
foi com Balaque, e chegaram a Quiriate-Huzote.
40 Então
Balaque sacrificou bois e ovelhas; e deles enviou a Balaão e aos príncipes
que estavam com ele.
41 E sucedeu
que, ao alvorecer Balaque tomou a Balaão, e o fez subir aos lugares altos de idolatria
de Baal, e viu ele dali a mais extrema parte
do povo.
Capítulo 23
1 Então
Balaão disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me
aqui sete novilhos e sete carneiros.
2 Fez, pois,
Balaque como Balaão dissera: e Balaque e Balaão ofereceram um
novilho e um carneiro sobre cada altar.
3 Então
Balaão disse a Balaque: Fica-te junto do teu holocausto, e eu irei;
porventura o SENHOR me sairá ao encontro, e o que me mostrar te
notificarei. Então foi a um lugar alto.
4 E encontrando-se
Deus com Balaão, este Lhe disse: Preparei sete altares, e ofereci
um novilho e um carneiro sobre cada altar.
5 Então
o SENHOR pôs a palavra na boca de Balaão, e disse: Torna-te
para Balaque, e assim falarás.
6 E tornando
para ele, eis que estava junto do seu holocausto, ele e todos os príncipes
dos moabitas.
7 Então
proferiu a sua parábola, e disse: De Arã, me mandou trazer
Balaque, rei dos moabitas, das montanhas do oriente, dizendo: Vem, amaldiçoa-me
a Jacó; e vem, expressa indignação contra Israel.
8 Como amaldiçoarei
o que Deus não amaldiçoa? E como expressarei indignação, quando o SENHOR
não expressa indignação?
9 Porque do
cume das penhas o vejo, e dos outeiros o contemplo; eis que este povo habitará
sozinho, e entre as nações não será contado.
10 Quem contará
o pó de Jacó e o número da quarta parte de Israel?
Que a minha alma morra da morte dos justos, e seja o meu fim como o
dele.
11 Então
disse Balaque a Balaão: Que me fizeste? Tomei-te para amaldiçoar
os meus inimigos, mas eis que inteiramente os abençoaste.
12 E ele respondeu,
e disse: Porventura não terei cuidado de falar o que o SENHOR pôs
na minha boca?
13 Então
Balaque lhe disse: Rogo-te que venhas comigo a outro lugar, de onde verás
o povo (de Israel); verás somente a mais extrema parte
dele, mas a todo ele não
verás; e amaldiçoa-mo dali.
14 Assim o
levou consigo ao campo de Zofim, ao cume de Pisga; e edificou sete altares,
e ofereceu um novilho e um carneiro sobre cada altar.
15 Então
disse a Balaque: Fica aqui junto do teu holocausto, e eu irei ali ao encontro
do SENHOR.
16 E, encontrando-se
o SENHOR com Balaão, pôs uma palavra na sua boca, e disse:
Torna para Balaque, e assim falarás.
17 E, vindo
a ele, eis que estava junto do holocausto, e os príncipes dos moabitas
com ele; disse-lhe pois Balaque: Que coisa falou o SENHOR?
18 Então
proferiu a sua parábola, e disse: Levanta-te, Balaque, e ouve; inclina
os teus ouvidos a mim, filho de Zipor.
19 Deus não
é homem, para que minta; nem filho do homem, para que Se arrependa;
porventura diria Ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?
20 Eis que
recebi mandado de abençoar; pois Ele tem abençoado, e eu
não o posso revogar.
21 Não
viu iniqüidade em Jacó, nem contemplou maldade em
Israel; o
SENHOR seu Deus é com ele, e no meio dele se ouve a aclamação
de um rei.
22 Deus os
tirou do Egito; as suas forças são como as do
unicórnio
{*}. {* A tradução da KJB é preferível a boi selvagem
e búfalo. Note que unicórnios, aqui, não são os cavalos alados e enfeitiçados do
paganismo: são animais extintos, de um só chifre e de grande força e valentia,
indomáveis, hoje desconhecidos, talvez semelhantes a super-rinocerontes. Note
que as primeiras traduções do V.T. hebraico para outras línguas são monoceros,
unicornis, unicorn, einhorn e eenhorn, sempre significando a mesma coisa: “um
único chifre”. Note que ainda hoje existe um mamífero que pode perfeitamente ser
chamado de unicórnio, pois tem um só chifre: o Rinoceronte Indiano, forte,
valente, indomável. Ver
http://en.wikipedia.org/wiki/Rhinoceros_unicornis. Dados enviados por
Humberto Rafeiro, 2008.}
23 Pois contra
Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra
Israel; neste tempo se dirá de Jacó e de Israel: Que coisas
Deus tem realizado!
24 Eis que
o povo se levantará como um grande leão, e se erguerá como
um leão jovem;
não se deitará até que coma a presa, e beba o sangue
dos que forem mortos.
25 Então
Balaque disse a Balaão: Nem totalmente o amaldiçoarás, nem
totalmente o abençoarás.
26 Porém
Balaão respondeu, e disse a Balaque: Não te falei eu, dizendo:
Tudo o que o SENHOR falar isso farei?
27 Disse mais
Balaque a Balaão: Ora vem, e te levarei a outro lugar; porventura
bom- parecerá aos olhos de Deus que dali mo amaldiçoes.
28 Então
Balaque levou Balaão consigo ao cume de Peor, que olha para o
lado do deserto de Jesimom.
29 Balaão
disse a Balaque: Edifica-me aqui sete altares, e prepara-me aqui sete novilhos
e sete carneiros.
30 Balaque,
pois, fez como dissera Balaão; e ofereceu um novilho e um carneiro
sobre cada altar.
Capítulo 24
1 Vendo Balaão
que bom- parecia aos olhos do SENHOR que abençoasse a Israel, não
se foi esta vez como antes ao encontro dos encantamentos; mas
colocou o
seu rosto em direção ao deserto.
2 E, levantando
Balaão os seus olhos, e vendo a Israel, que estava
habitando em suas tendas segundo
as suas tribos, veio sobre ele o Espírito de Deus.
3 E alçou
a sua parábola, e disse: Fala, Balaão, filho de Beor, e fala
o homem de olhos abertos;
4 Fala aquele
que ouviu as palavras de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso;
que cai em êxtase, mas tendo os
seus olhos abertos:
5 Quão
formosas são as tuas tendas, ó Jacó, os teus
tabernáculos,
ó Israel!
6 Como vales eles
se estendem, como jardins à beira dos rios; como árvores
de sândalo o SENHOR os plantou, como cedros junto às águas;
7 De seus
baldes manarão águas, e a sua semente estará em muitas
águas; e o seu rei se erguerá mais do que Agague, e o seu
reino será exaltado.
8 Deus o tirou
do Egito; as suas forças são como as do
unicórnio
{*}; consumirá
as nações, seus inimigos, e quebrará seus ossos, e com
as suas setas os atravessará. {* Nota 23:22}
9 Encurvou-se,
deitou-se como um leão, e como
um grande leão; quem o despertará? benditos
os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem.
10 Então
a ira de Balaque se acendeu contra Balaão, e bateu ele as suas palmas;
e Balaque disse a Balaão: Para amaldiçoar os meus inimigos
te tenho chamado; porém agora já três vezes os abençoaste
inteiramente.
11 Agora,
pois, foge para o teu lugar; eu tinha dito que te honraria grandemente;
mas eis que o SENHOR te privou desta honra.
12 Então
Balaão disse a Balaque: Não falei eu também aos teus mensageiros,
que me enviaste, dizendo:
13 Ainda que
Balaque me desse a sua casa cheia de prata e ouro, não poderia ir
além da ordem do SENHOR, fazendo bem ou mal de meu próprio
coração; o que o SENHOR falar, isso falarei eu?
14 Agora,
pois, eis que me vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que este povo fará
ao teu povo nos últimos dias.
15 Então
alçou a sua parábola, e disse: Fala Balaão, filho de Beor,
e fala o homem de olhos abertos;
16 Fala aquele que ouviu as palavras de Deus, e o que sabe a ciência do
Altíssimo; o que viu a visão do Todo-Poderoso, que cai em êxtase,
mas tendo os seus olhos
abertos:
17 Vê-lo-ei,
mas não agora, contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma
estrela procederá de Jacó e um cetro subirá de Israel,
que ferirá os limites dos moabitas, e destruirá todos os filhos
de Sete.
18 E Edom
será uma possessão, e Seir, seus inimigos, também será
uma possessão; pois Israel se portará valentemente.
19 E dominará
um de Jacó, e exterminará os que restam das cidades.
20 E vendo
os amalequitas, alçou a sua parábola, e disse: Amaleque é
a primeira das nações; porém o seu fim será
destruição para
sempre.
21 E vendo
os quenitas, alçou a sua parábola, e disse: Firme está
a tua habitação, e puseste o teu ninho na penha.
22 Todavia
o quenita será consumido, até que Assur te leve por prisioneiro.
23 E, alçando
ainda a sua parábola, disse: Ai, quem viverá, quando Deus
fizer isto?
24 E as naus
virão das costas de Quitim e afligirão a Assur; também
afligirão a Éber; que também será destruição
para sempre.
25 Então
Balaão levantou-se, e se foi, e voltou ao seu lugar, e também
Balaque se foi pelo seu caminho.