CANARIO DA
TERRA
SALVE A SELE��O DOS CANARINHOS � um bicho para se tirar o chap�u. Elegante, tem um guarda-roupa de fazer inveja �s estrelas de Hollywood e ainda por cima, canta melhor do que o Frank Sinatra! Na cabe�a de muita gente, can�rio � aquele passarinho amarelo, que serviu de apelido para a sele��o brasileira de futebol nos �ureos tempos. Uma avezinha delicada que Deus premiou com extraordin�rios dotes canoros. A cren�a popular at� que n�o foge muito � verdade. Existem dezenas de esp�cies de can�rio no mundo inteiro com tamanho , cores e um jeito especial de "cantar". O can�rio mais popular no pa�s (origin�rio das Ilhas Can�rias, criado em cativeiro h� mais de 500 anos) divide-se em: porte, canto e cor. Lizard, Border Fancy, Frizados, Yorkshire, Norwich e Scots Fancy s�o algumas das esp�cies de porte, ou seja, s�o julgados de acordo com certos padr�es de plumagem e "postura" (a forma como se colocam no poleiro). Os can�rios de canto englobam o Harz Roller (�nica esp�cie criada no Brasil), Timbrado Espanhol e o Malinois e sua cria��o � considerada a mais dif�cil de realizar pelos experts. Um bom can�rio cantor necessita de cuidados especiais n�o apenas na cria��o como na manuten��o di�ria. Ele precisa, por exemplo, permanecer em locais silenciosos, pois fica perturbado com ru�dos fortes. Os mais populares s�o, todavia, os can�rios de cor. S�o f�ceis de criar e extremamente "sedutores" perante os criadores (em especial os iniciantes), devido � riqueza de sua plumagem. O can�rio amarelo � o mais comum, enquanto os v�rios tons de vermelho est�o entre os mais procurados, como o vermelho intenso e o vermelho nevado. Nesta categoria incluem-se cerca de 168 cores, boa parte delas resultante de cruzamentos. Qualquer que seja o can�rio escolhido, t�-lo em casa gozando de boa sa�de n�o � nenhum bicho-de-sete-cabe�as. Basta uma gaiola tipo argentina (60cm de comprimento, 35cm de largura e 40cm de altura) de metal (a madeira favorece a prolifera��o de piolhos), com piso remov�vel - que facilita a limpeza di�ria. Este padr�o � perfeito para acomodar um casal. N�o esque�a de providenciar ainda um bebedouro e um comedouro adequados, sendo que o bebedouro deve ser desinfetado com frequ�ncia para evitar doen�as. Quanto ao poleiro, lembre-se que para os can�rios ele deve ter entre 1 a 1,5 cm de di�metro. Caso tenha mais de 2cm deve ser trocado, pois pode deformar os p�s e unhas do p�ssaro. Como os can�rios gostam de tomar banho, uma vez por semana coloque um recipiente (com cerca de 3 cm de profundidade) cheio de �gua. No mais, � pendurar a gaiola num local agrad�vel, longe de correntes de ar, onde bata sol forte e voltada para o Norte. Assim seus can�rios apanhar�o os raios mais suaves do sol da manh�. O importante � que o local seja adequado para futuras procria��es. Desta forma, escolha um lugar pr�tico, onde possa limpar a gaiola e tratar dos can�rios sem ter que tir�-la da onde est� pendurada. RESPEITO COM O REL�GIO BIOL�GICO O acasalamento se d� entre os meses de junho e dezembro e a reprodu��o inicia-se de 8 a 12 meses de idade. Voc� deve comprar um ninho de corda (desses que vendem nas lojas de aves) e deixar o casal junto ou somente ajudar, fornecendo fios de estopa e deixar que a f�mea, com a ajuda do macho, fa�a o resto. Assim que a f�mea botar os ovos, cuidado para n�o ficar acendendo a luz no meio da noite no local onde estiver a gaiola. Para qualquer animal, luz acesa � sin�nimo de dia e escurid�o, de noite. A luz artificial pode fazer a f�mea pensar que j� � dia (desregulando assim o seu rel�gio biol�gico natural) e abandonar os ovos, os quais podem at� estragar. Ao faz�-lo por uma raz�o ou outra, observe depois se ela voltou para o ninho. A f�mea bota, em m�dia, de quatro a cinco ovos. O per�odo de incuba��o dura 13 dias. A f�mea come�a a chocar a partir da postura do segundo ovo e continua a botar, provavelmente, mais dois ovos. Se voc� deixar ela incub�-los naturalmente, nascer� o filhote do primeiro ovo, em seguida o do segundo e por �ltimo (dois dias ap�s o primeiro) os do terceiro e quarto dias juntos. Neste caso, o que ocorre � que o primeiro estar� muito maior que os dos �ltimos, ocasionando uma disputa desleal dos alimentos dados pelos pais. Assim, os dois menores, provavelmente, n�o ter�o chance de sobreviver. Uma boa dica � substituir o primeiro, segundo e terceiro ovos por r�plicas de pl�stico (ovo ind�z), recolocando-os no 4� dia, ao lado do quarto ovo posto. Esteja atento apenas para n�o assustar a f�mea na hora de retirar os ovos e, enquanto espera o 4� dia, deixe-os num recipiente com um pouco de semente (n�ger, alpiste etc.) no fundo para n�o quebrarem. Nesta �poca de postura, � importante tamb�m colocar diariamente um recipiente com �gua, para a f�mea tomar banho. Isto ajuda a aumentar a umidade sobre os ovos, e o filhote romper a casca. Entre 18 e 20 dias, os filhotes saem do ninho, embora continuem alimentados pelos pais. Quando chegam aos 40 a 45 dias, j� come�am a comer sementes e devem ser separados dos pais.