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Gisele Gomes de Souza, conhecida como Nega Gizza, nasceu na Favela do Parque Esperança, subúrbio carioca. Guerreira da sobrevivência Nega Gizza passou a se dedicar ao trabalho voluntário em rádios comunitárias. Foi onde conheceu o rap. Ela então se tornou locutora de Rádio e tem o mérito de ser a primeira e única locutora oficial de um programa de rap em rádio FM no Brasil. Entre 1999 e 2000, Nega Gizza apresentou o programa “Hip Hop da Gema”, na Rádio Imprensa FM 102,1 - Rio de Janeiro. Em 2006, ao lado do rapper MV Bill, Nega Gizza retornou aos estúdios de rádio, apresentando o programa “Hip Hop CUFA”, na Rádio 107 FM. Nega Gizza é coordenadora de eventos alternativos do Hutúz e coordenadora nacional da CUFA (Central Única das Favelas). Em 2001, Nega Gizza foi vencedora do Prêmio Hutúz na categoria de melhor demo com a música "Prostituta". Esta música, talvez poucos saibam, mas foi fruto de um trabalho de mais de seis meses de entrevistas e leituras sobre o tema, procurando retratar a visão de quem sofre o drama na pele. Em 2002 "Prostituta", virou vídeo-clipe, dando seqüência ao polêmico tema da música. No mesmo ano, Nega Gizza participou de uma faixa do álbum “Declarações de Guerra”, de MV Bill, e lançou seu primeiro álbum, com o título "Na Humildade". O disco saiu pelo selo montado pela própria Nega Gizza, Dum-Dum Record’s e pela Gravadora Zâmbia. O disco é simples e honra a palavra Humildade no título. Poucas fotos, poucas participações e no encarte apenas poucos agradecimentos, a ficha técnica das músicas e do disco. A faixa que abre o disco é "Filme de terror" boa letra em que Nega Gizza canta - "ó Maranhão! Terra dos pretos transformados em capachos/ ó Salvador! Terra dos pretos já domados aos laços dos carrascos/ descruze os braços, siga meus passos/ o som é o Rap esse é o compasso" se referindo ao domínio dos Sarney e dos Magalhães nesses estados. Deu pra perceber que ela não está de brincadeira. Em "Larga o bicho" ela assume seu preconceito (entenda melhor do que se trata lendo a entrevista) ao lado de uma das melhores vozes da Black Music brasileira, Ieda Hills, que mandou muito bem na rima. No disco Nega Gizza canta duas músicas escritas por MV Bill: "A verdade que liberta", produzida por Zé Gonzales e Daniel "Ganja Man" e tem a participação de MV Bill; outra letra escrita por ele e com a sua participação no refrão e de sua irmã K-Milla mandando a rima é a faixa "Inconstante", muito parecida com a faixa "Inconstitucionalissimamente", Produção de Zé Gonzales e Daniel "Ganja Man", que produziram seis das doze faixas do disco. Em "Neném" Nega Gizza conta a triste história do seu irmão, que se envolveu com o tráfico e foi assassinado no morro. Uma faixa antes dessa música, "Caminhada 1", ela faz um depoimento como se estivesse no local em que ele foi assassinado. Em "Caminhada 2" ela faz mais um depoimento sobre a participação em uma invasão de terra, onde viria a morar. A última faixa é "Original" tem a participação de MV Bill, R&B em que Nega Gizza mostra que não é só mandando a rima que ela é boa. As outras faixas do disco são: "Depressão", "Prostituta", "Brilho perfeito" e "Fiel bailarino". O disco também teve a produção de Dj Luciano e Du Du Marote. O disco é forte e possui qualidade musical arrojada, lançando mão de recursos diversos que vão desde guitarra e baixo até piano em algumas faixas. Com uma bagagem que poucos artistas do rap possuem, Nega Gizza conseguiu levar seu trabalho aos quatro cantos do país, dividindo o palco com o rapper e irmão MV Bill, por quem foi adotada desde a morte de seu irmão de sangue, Neném.

 

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