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Pe. Airton Freire de Lima.
Os Excluídos
Extraído do
livro Textos Escolhidos (escritos filosóficos) de Airton Freire págs., 73
a 76
São os que foram postos à margem e, à margem da
vida. São aqueles a quem foi negado o direito de
ter vida digna, como merece ter a imagem e semelhança do Senhor. Eles são
muitos. São milhares. Vivem ou sobrevivem em favelas,
ruas e até nos campos ou nos cárceres. Embora tenham
nascido livres, tornaram-se objeto de exclusão dos
demais.
Eles têm projetos, fantasias e até
sonham. Além da comida e
do remédio, que nem sempre têm, eles querem ser feliz, o direito de participar, cidadania
plena.
Viver numa sociedade como se fossem maiores
dependentes é algo que a ninguém
satisfaz.Não alegra a ninguém contar
entre os seus próprios, os iguais, o número, em milhares, de homens ,
mulheres e crianças em estado de penúria. No Recife por exemplo, sem terem
cometido crime algum, são obrigados a viverem em favelas 42% de sua
população. Disse: "Sem terem cometido crime algum", mas reconhecendo
que essa situação de risco pode obrigá-los a cometer. Crime sem castigo é
gerar tamanho números de humilhados.Dos que vivem em barracos das
favelas recifenses - continuando o exemplo - 87% são "negros e pardos"
Dados que indicam uma discriminação camuflada, em meio a uma sociedade que
traz o nome de cristã.
Os
excluídos são um julgamento à nossa consciência, à nossa ética social, um
questionamento profundo a toda a sociedade.Se 0,5 dos brasileiros
detêm 40% de toda a riqueza do país, isto não é mais uma má
distribuição de renda, mas uma espoliação, uma afronta à maioria que
produz os bens do país. Uma nação espoliada pelos seus próprios
filhos em detrimento e em prejuízo da maior parte de
muitos que até passam fome, envergonha a consciência de quem acumula
riqueza. Uma tal indiferença à sorte de muitos é uma afronta a Deus.
E não me venham dizer que tamanha riqueza nas mãos de poucos é
sinal de benção divina para eles; antes, é esta acumulação um atestado
claro da ganância que gera o mal social, da injustiça,mal de toda guerra.
Toda exclusão é maldita, mormente quando se excluem homens,
mulheres e crianças do banquete da vida, lugar, na terra que Deus reservou
para todos.
Em
Arcoverde também há excluídos. Seria muito pedir uma ajuda para fazê-los
participar do direito pleno da plena cidadania? Pensar nos que vivem
do lixo, da quebra de pedra ou de biscates seria um bom começo? É pedir
muito? Poderíamos começar ajudando as
crianças?Fica a questão dos excluídos como um
apelo,
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