Sozinhos aqui
chegamos. Sós partiremos. Os últimos passos da vida, nos últimos
momentos, sozinhos daremos. No intervalo desses dois momentos o
da chegada e o da partida passamos o tempo: ouvindo e dizendo,
omitindo-nos ou fazendo. Neste percurso, de não raro,
sentimo-nos, por muitas ocasiões ou razões, seguros, agitados ou
serenos. Assim, anos vão sendo vão sendo somados aos anos
já, anteriormente, havidos. E se sonhos tiver havido, haverá
também os não sonhados, mas, vividos. Passo a passo, vai sendo
nos mostrado o essencial do que vivemos. Tudo mais claro, enfim,
vai se tornando. Amadurecemos. Aconselhados ou à própria sorte
largados; sozinhos tendo estado, bem ou mal acompanhados, muitos
ao longo do caminho, vão ficando. Outros, diferentes rumos vão,
na vida tomando. E quando no mais íntimo do ser qualquer decisão
tomamos, damo-nos conta de que ninguém, senão nós, responsáveis
por ela somos. No fim do percurso, nus como nascemos, nus também
voltaremos.