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![](barra_corre_pisca.gif)
Nossa
existência lembra o riacho buscando o mar. Surgem
pedras, barreiras e obstáculos.
Riacho
inteligente contorna, assimila, passa por cima, passa por
baixo, sempre encontrando um jeito de prosseguir. Porque
o mar chama, convida. Porque o mar é seu endereço
final.
Riacho
bobo fica rodeando a pedra, o desafio, a barreira. O rio
atinge suas metas, porque aprende a superar
dificuldades.
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navegando é perseverar quando a maioria desiste. É
sulcar as águas, quando outros já ancoraram. É chutar
longe a tristeza, fazendo um pacto sagrado com a paz.
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navegando é embeber-se de infinitos, na coragem de quem
enfrenta o impossível. É o mergulho fundo de quem
atravessa a casca. É insistir no válido e nobre,
quando outros desalentam. É colher trigo bom, num campo
atapetado de joio. É ser jovial face aos problemas,
indulgente com os menos prendados, afável com os mais
velhos e irmãos de todos.
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navegando é construir templos de fraternidade, com as
pedras que jogam em nossos telhados. É suar a camiseta
quando a maioria já saiu de campo. É recomeçar, cada
dia, mesmo que seja sobre ruínas e cinzas. Fixando as
flores, esquecendo os espinhos. Fazendo da vida uma
prece.
Continuar
navegando é falar palavras mansas, florir ternura, onde
outros praguejam. É dar voto de confiança, onde a
maioria descrê e se acovarda. É divinizar o humano e espiritualizar
o terreno, pendurando sorrisos de alegria e gratidão até
nos galhos secos do cotidiano. É retornar às fontes da
simplicidade, cultivando o silêncio como se fosse um
oratório, sempre e em tudo, com a profunda vontade de
ser. Cantar, crescer, servir e amar.
Autor:
Pe. Roque
Schneider
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