A imagem a seguir é a do Crucifixo, uma obra toscamente repintada, de excepcional beleza. O rosto, de olhos baixos e boca entreaberta, alia ao sofrimento uma nota de serenidade. É importante observar na foto abaixo, a disposição das vestes a prolongarem a sugestão rítmica do tórax. A contensão do movimento aproxima esta peça das realizações espanholas do século XVII, em especial das de Gregório Hernandez e da Escola de Valladolid, que realiza a transição do Maneirismo para o Barroquismo. Tecnicamente, o mais perfeito trabalho de todos os crucifixos missioneiros, medindo mais ou menos 1,80 m. Nele, os sentimentos afloram na representação do rosto, em toda a escala emotiva. Os gestos acentuam a dramaticidade e se somam a uma intensa religiosidade, em especial na representação da dor. |
|
|
|