RESUMO

Este trabalho aborda a arte sacra das Missões Jesuítico-guarani, mais especificamente, analisa o acervo missioneiro da

Igreja Matriz de São Luiz Gonzaga, R/S, patrimônio histórico da humanidade desde 1983. O referido acervo,

desenvolveu-se como elemento catequético, cujo objetivo principal era despertar devoção e transformar os indígenas

“pagãos” em “cristãos”, dentro de um processo de mudança cultural: politeísmo X monoteísmo. Através da ação

evangelizadora, meta religiosa mais importante dos padres jesuítas, realizou-se um processo de mudança cultural

dirigida pelos missionários na região. O acervo jesuítico-guarani da Igreja Matriz de São Luiz Gonzaga guarda 13

imagens sacras deixado como legado pelos guarani-missioneiros, e retratam as características da arte barroca, que,

apesar da influência européia, tornou-se um barroco indianizado, e serviu para preencher uma das exigências da

pedagogia catequética da Ordem jesuítica apoiando a pregação dos missionários. A escultura dos Sete Povos das

Missões, a qual, de maneira geral, era talhada em madeira, de preferência cedro, e depois era policromada.

Considera-se uma arte barroca, típica da Contra-reforma, um estilo de vida onde a influência européia foi decisiva, mas

que foi tornando-se indianizado após o aprimoramento do traço guarani, quando este põe sua própria impressão nas

imagens esculpidas, mostrando que eles não eram apenas imitadores, mas verdadeiros artistas que viam sua arte como

um meio de expressar seus sentimentos e faziam da arte sacra uma expressão de um modo de vida.





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