projecto museu do vidro

 

ACABAMENTOS

 

. Escolha   . Corte   . Roça   . Rebordagem   . Polimento   . Queima   . Esmerilar

 

 

«Os objectos de vidro e cristal, especialmente a coparia, os destinados a serviços de mesa, à iluminação, etc., ao saírem das arcas de tempêro, necessitam de passar por uma série de operações tendentes a torná-los aptos para os diversos usos domésticos e industriais». É ao conjunto dessas operações que chamamos acabamentos.

«Verdadeiramente, os acabamentos são mais operações de aperfeiçoamento e desbaste, que propriamente de acabado, pois que eles preparam os objectos de forma a poderem ser depois decorados».

Os acabamentos compreendem: a escolha, corte, roça ou roçagem, rebordagem, polimento e queima.

Os objectos moldados à prensa em geral não têm acabamentos, seguindo logo para os armazéns. Alguns objectos, porém, têm que passar pelo corte.

 

Escolha

 

Toda a obra saída das arcas de tempêro é colocada sobre mesas de madeira, onde as escolhedeiras (operárias) examinam cuidadosamente todos os objectos, pondo de parte aqueles que apresentem defeitos, irregularidades no formato ou dimensões ou estejam partidos.

 

Corte

 

Para abrir copos, cálices, fruteiras, etc., a fim de lhe formar a taça e os bordos, em lugar de se fazer a separação da parte inútil com o ferro quente e a pancada seca, que tem o inconveniente de poder tornar o objecto irregular, pode usar-se o processo de corte, através de uma máquina provida de um diamante. Fazendo girar o copo sobre si mesmo traça-se à altura certa um pequeno sulco com a ponta de diamante, colocando-se depois o copo no aparelho que destaca a parte inútil (pelo sulco) por acção do calor. Depois do corte, os bordos ficam cortantes, sendo necessário alisá-lo.

 

Roça ou roçagem

 

Esta operação realiza-se no engenho de roçar. Posto em movimento o aparelho, o operário segura no copo pelo fundo, coloca-lhe os bordos contra o disco, o qual está constantemente humedecido por água misturada com areia fina, que cai de um cone de madeira suspenso do tecto da oficina. Em resultado da pressão contra o disco e da areia, os bordos do copo vão-se gastando e arredondando, ficando sem brilho. Este processo manual foi entretanto substituído por máquinas fundadas no mesmo princípio, mas em que o copo está fixo, garantindo maior regularidade da roçagem e em menos tempo. Também surgiram máquinas para aplanar fundos ou torná-los concâvos.

 

Rebordagem

 

As grandes peças, como pratos, fruteiras, etc., normalmente não vão à roça, devido à sua fragilidade ou ao seu feitio irregular. Para que os seus bordos não fiquem cortantes, usa-se uma mó vertical, onde a roçadeira (operária que trabalha na roça) encosta os bordos, seguindo o arredondado da forma da peça.

 

Polimento

 

Faz-se em aparelhos idênticos ao da roça, mas em vez de discos de ferro, são de madeira ou de grês muito duro e fino.

 

 

Queima

 

A queima tem por fim regularizar os bordos dos copos, cálices, etc., ao mesmo tempo que os torna lisos e brilhantes. A operação, que é muito simples, faz-se em máquinas que são formadas por uma mesa ou banco de ferro fundido, sobre a qual se levanta um veio vertical tendo superiormente uma coroa circular munida de suportes, destinados a receber os copos. Esta coroa de suportes desenvolve um movimento de rotação. Na parte superior, há uma tubagem de gás que é queimado numa série de bicos cuja chama vai incidir nos bordos dos copos. O vidro amolece, fundindo ligeiramente os bordos, que adquirem o brilho próprio do vidro quando passa por uma chama forte. Os bordos ficam arredondados, de modo a não ferir os lábios quando por eles se bebe.

 

 

Esmerilar

 

Consiste na fricção contínua de um corpo áspero sobre a superfície do vidro, que lhe retira o polido. Este processo é usado para fazer as chamadas rolhas de esmeril, usadas nos frascos para que vedem bem, evitando a evaporação do líquido que se encontre no seu interior. Para o efeito, usa-se um torno, movido a pedal ou mecanicamente, onde se fixa a rolha. Este torno faz girar lentamente a rolha, a qual se vai ajustando ao gargalo do frasco, cujo interior, por acção do contacto e com a ajuda de areia fina e água, se vai desgastando pelo atrito. O resultado é perfeito, a rolha ajusta-se completamente ao gargalo do frasco.

 

 

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