história da banda |
O projeto de montar uma banda veio
um ano antes do vestibular, quando Bi e Herbert vieram de Brasília para o Rio fazer um
cursinho pré- vestibular (Bahiense). Lá eles conheceram o Vital, primeiro baterista da
banda, e começaram a ensaiar na casa da vovó Ondina (vó do Bi) em Copacabana.
O primeiro momento importante para a banda foi o festival da faculdade
Rural, onde Bi e Barone estudavam, apesar de não se conhecerem. As três músicas
mandadas para a seleção do festival foram reprovadas: "Rodei de novo",
"Vital e sua moto" e "Patrulha noturna". Mesmo assim eles conseguiram
um espaço para tocar entre as apresentações das outras bandas e o resultado do
festival, mas nesse dia Vital não apareceu e é aí que o Barone entra na história: Um
amigo de Bi o indicou para substituir Vital. Barone se deu bem com a banda e foi chamado
para revezar com Vital num show. Até que Barone ficou de vez!! Eles começaram a gravar
fitas demo e uma delas foi apresentada a Maurício Valladares, um amigo dos três. Foi ele
quem colocou a fita para tocar na rádio Fluminense. Essa rádio e o Circo Voador foram os
grandes responsáveis pela divulgação não só dos Paralamas como de outras bandas que
surgiram na época como Blitz, Barão e Titãs.
Em 1983, eles gravaram o primeiro disco: "Cinema Mudo"
que eles dizem não ser parecido com o que eram os Paralamas de verdade.
"O Passo do Lui" , que veio alguns meses depois do
primeiro, em 1984,decidiria o rumo dos meninos. Se não desse certo eles voltariam a
estudar.
Foi em 1985, no Rock in Rio, que todos viram o potencial da banda. Mas
não foi nada fácil para eles participar desse festival. Só com muita insistência do
empresário José Fortes que ligava todos os dias para Medina, responsável pelo evento.
Os Paralamas conseguiram tocar nos dias 13/1 e 16/1 e foi um sucesso!!!!
Em 1986 lançaram "Selvagem?" que dizem ser o CD mais
debatido do Rock nacional por tratar de temas que envolvem a sociedade e a política
brasileiras com uma postura crítica. O disco traz um dos irmãos do Bi na capa.
Em 1987 surge "D", que é o primeiro trabalho ao vivo
gravado no festival em Montreux, na Suíça. O disco recebeu esse nome por ser o
quarto da carreira (D é a quarta letra do alfabeto).
"Bora Bora" foi lançado em 1988 com uma mistura
rítmica que fez grande sucesso na Europa e nos EUA.
"Big Bang" fecha a década cheio de lirismo com
"Nebulosa do amor", "Lá em algum lugar" e "Lanterna dos
afogados". Mas sem esquecer o lado pop e o questionamento social.
O primeiro CD de coletâneas foi o "Arquivo" de 1990.
Ele trouxe "Caleidoscópio" como música inédita, que é um dos seus maiores
sucessos!
Em 1991 segue-se "Os Grãos" , que foi um trabalho
experimental do qual eles gostam muito, mas que não foi bem recebido pela crítica nem
pelo público.
Nesse momento eles resolveram explorar o mercado latino-americano e
fizeram (ainda fazem) muito sucesso em países como Uruguai, Argentina e Chile. Por algum
tempo se afastaram do Brasil.
Em 1994, lançaram "Severino" que é, na opinião deles, o mais radical e
ousado. Também foi muito mal aceito pela crítica e pelo público. Palavras de Herbert:
"A gente apanhou que nem boi-ladrão. Era pretensão, mas a gente acreditava tanto
naquilo..."
"Vamo Batê Lata" de 1995 é um álbum duplo que tem
os maiores sucessos ao vivo e quatro músicas inéditas. Ele marca as pazes com o Brasil e
foi o maior record de vendas.
Em 1996 veio "Nove Luas", o mais pop da
carreira. É um trabalho muito bem elaborado e feito com muita dedicação.
"Hey Na Na" de 1998 é de excelente qualidade, mas que
não vendeu à altura. O clip de "Ela disse adeus" ganhou prêmios na MTV de
melhor direção, fotografia, direção de arte, melhor clip do ano e melhor clip pop.
O tão esperado CD "Acústico MTV" saiu em meados de
1999 e foi o trabalho que Os Paralamas mais se dedicaram. Foram dois anos de preparo entre
ensaios e shows surpresa em lugares pequenos. O repertório não foi escolhido pelos
grandes sucessos e sim pelas músicas que mais marcaram para os três. Há também várias
homenagens: Chico Science, Tim Maia, Legião... Tem a participação de Dado Villa Lobos
em todo o CD e de Zizi Possi numa nova versão de "Meu Erro". O CD é pesado e
não apelou para orquestra de violinos. O resultado foi maravilhoso!!!