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Ácidos Orgânicos

As plantas possuem a habilidade de acumular ácidos orgânicos em seus vacúolos. Isto pode ser evidenciado, por exemplo, no suco das frutas cítricas, cujo pH é de aproximadamente 2,5, devido à presença do ácido cítrico. Estes ácidos não estão restritos apenas aos frutos, eles podem aparecer também nas folhas de muitas plantas como, por exemplo, as crassuláceas, que apresentam uma notável variação das quantidades de ácidos em suas folhas durante o dia (Harbone & Baxter, 1995).

Ácido Oxálico

O ácido oxálico é o ácido mais freqüente na natureza, aparece desde bactérias até Angiospermas.
Pode estar presente nas plantas em sua forma solúvel, ou na forma de oxalato de cálcio insolúvel, cristalizado no interior das células vegetais (Costa, 1978). Quando ingerido em sua forma solúvel, o ácido oxálico irrita as mucosas do estômago e do intestino. Em seguida, é rapidamente absorvido pela mucosa intestinal e reage com o cálcio sérico, formando o oxalato de cálcio insolúvel que se deposita e obstrui os néfrons, ocasionando sérias lesões renais (Costa, 1978). A redução do cálcio disponível (hipocalcemia) leva a uma contração muscular tetânica, causando principalmente distúrbios cardíacos. Além disso, Cao et al. (2001) relatam que o oxalato interage fisicamente com a fosfatidilserina (fosfolipídio da membrana celular) de células epiteliais dos rins. Esta interação provoca mudanças estruturais que levam à perda da integridade da membrana plasmática, contribuindo para intensificar as lesões renais. O ácido oxálico solúvel está presente em quantidades consideráveis nas folhas de espécies do gênero Rumex (Polygonaceae) e de espécies do gênero Oxalis (Oxalidaceae), sendo responsável pela toxicidade de algumas plantas destes gêneros (Schvartsman, 1979).
A forma insolúvel é mais comumente encontrada no interior das células vegetais do que a forma solúvel. O oxalato de cálcio pode se apresentar na forma de vários tipos de cristais que representam estoques de cálcio ou simplesmente depósitos de restos metabólicos, que de outra forma poderiam ser tóxicos para as células e para os tecidos. A presença de algumas formas destes cristais protege as plantas contra herbívoros, pois quando ingeridos, os cristais causam sensação de queimação na mucosa bucal (Doaigey, 1991; Prychid & Rudall, 1999). As ráfides, feixes de cristais de oxalato de cálcio em forma de agulhas, são as formas mais prejudiciais. Elas são pontiagudas e perfurantes, destruindo as células das mucosas de qualquer animal que se habilite a ingerir partes de plantas que as contenham (Rauber, 1985). As ráfides são facilmente encontradas nas Monocotiledôneas, especialmente na família Araceae, sendo um dos agentes causadores da intoxicação por plantas do gênero Dieffenbachia.

Ácido Monofluoracético

O ácido monofluoracético é análogo ao ácido acético, sendo encontrado em grandes quantidades no gênero Dichapetalum (Dichapetalaceae). Ele inibe o ciclo do ácido tricarboxílico (ciclo de Krebs), mesmo em baixas concentrações, o que o torna tóxico para todos os organismos viventes. Para os humanos, a dose fatal está entre 2 e 5mg por quilo de peso do corpo (Harbone & Baxter, 1995).

Referências Bibliográficas Página Principal Lista de Plantas Tóxicas

Rejane Barbosa de Oliveira
site: http://br.geocities.com/plantastoxicas

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