FILO RHIZOPODA
PROTOZOÁRIOS COM PSEUDÓPODOS 0 filo Rhizopoda, também chamado Sarcodina, compreende os protozoários que se locomovem por meio de expansões citoplasmáticas, os pseudópodos (do grego pseudos, falso, e podos, pé), também utilizados na captura de alimento. 0 termo "sarcodíneo" (do grego sarkos, carne) refere-se ao aspecto "carnudo", consistente, das amebas, os principais representantes do grupo. Já o termo "rizópodo" (do grego rhiza, raiz) refere-se ao aspecto, às vezes ramificado, dos pseudópodos de certas amebas. |
Figura 1.
Representantes dos quatro filos de protozoários (em diferentes graus de
ampliação. A classificação dos protozoários leva em conta o tipo de
estrutura locomotora presente na célula (pseudópodos, flagelos ou cílios)
ou sua ausência, como ocorre nos esporozoários.
É holozóica, raramente saprozóica. A ingestão de bactérias, outros protozoários, diatomáceas e rotíferos pode se dar por fagocitose (engolfamento, armadilha mucosa em reticulópodos ou raramente pinocitose). A digestão se dá em vacúolos e pode se iniciar extra-celularmente, no caso dos foraminíferos. A dejeção se dá por um citoprocto que não tem posição fixa.
DIVERSIDADE DOS SARCODÍNEOS Amebas Os representantes
mais conhecidos do filo Sarcodina são as amebas. A maioria delas apresenta
vida livre e tem célula "nua", isto é, sem parede celular. Há algumas
espécies, porém, que apresentam envoltórios protetores.
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Figura 2. Algumas espécies de amebas formam carapaças protetoras, denominadas "testas". Em Arcella (A), a testa é feita de uma proteína que endurece logo após ser secretada. Já Difflugia (B) reúne e cimenta microscópicos grãos de areia para formar a sua testa.
Já a ameba parasita Entamoeba histolytica instala-se no intestino humano e provoca a doença conhecida como amebíase ou disenteria amebiana.
Outros representantes do filo Sarcodina são os heliozoários e os radiolários (respectivamente, do grego helios, sol, e radio, raio), assim chamados por apresentarem pseudópodos afilados, que se projetam como raios em torno da célula. Esses protozoários possuem um esqueleto intracelular feito de sílica, responsável por sua forma bem definida e característica. A maioria dos heliozoários é de água doce, mas os radiolários vivem exclusivamente no mar.
Os foraminíferos (do latim foramem, buraco, furo) são sarcodíneos dotados de uma carapaça externa constituída de carbonato de cálcio (calcário). A carapaça apresenta numerosas perfurações, através das quais projetam-se finos delicados pseudópodos. Os foraminíferos, juntamente com os radiolários, foram muito abundantes nos mares passado. As carapaças desses organismos formaram extensos depósitos no fundo dos oceanos, que deram origem a rochas sedimentares calcárias, denominadas vasas. As grandes pirâmides do Egito, por exemplo, foram construídas com rochas calcárias formadas por carapaças do foraminífero Nummulites, hoje extinto, mas muito abundante nos mares há 100 milhões de anos. Determinados tipos de carapaça de foraminíferos surgem durante as perfurações de poços petrolíferos, confirmando aos geólogos a possibilidade de existência de petróleo. Sabe-se que determinados tipos de foraminífero estão reIacionados com as camadas de rochas sedimentares petrolíferas. |
Figura 3. (A) Fotomicrografia de um heliozoário ao microscópio óptico. (B) Esqueleto interno de um radiolário (microscópio eletrônico de varredura). (C) Esqueleto externo de um foraminífero (microscópio eletrônico de varredura). |