O Seti (Search for Extraterrestrial Intelligence ou Busca por Intelig�ncia Extraterrestre) � o principal programa de busca de vida inteligente extraterrestre em funcionamento. O objetivo do instituto � encontrar sinais de r�dio emitidos por civiliza��es extraterrestres avan�adas. Para isso os pesquisadores usam um conjunto de antenas capaz de captar milh�es de freq��ncias vindas do espa�o ao mesmo tempo. Eles procuram emiss�es numa faixa do espectro �inesperada�, ou seja, que s� poderia ter sido produzida artificialmente
Para aumentar a capacidade de analise dos dados colhidos por suas antenas, o Seti conta com o apoio de 1 milh�o de internautas volunt�rios espalhado pelo mundo.
No site do instituto (www.seti.org) pode-se fazer o dowload de um protetor de tela que utiliza o tempo ocioso dos computadores para procurar os �sinais inesperados�. � um trabalho dif�cil porque esses sinais chegam misturados com todo tipo de interfer�ncia, desde radia��o c�smica at� emiss�es produzidas por equipamentos da Terra, como telefones celulares e esta��es de r�dio ou televis�o.
Nos seus mais de 20 anos de busca, por�m, o Seti n�o conseguiu captar nenhum padr�o que sugerisse sinais intencionais. Mas isso n�o tira o entusiasmo de sua equipe de astrobi�logos, que adotaram como lema a frase �A aus�ncia de evid�ncias n�o significa evid�ncia da aus�ncia�.
SOMOS MARCIANOS?
Uma prov�vel confirma��o para essa tese pode estar em nosso pr�prio sistema solar. A busca por sinais de vida em lugares como Europa (uma das luas de J�piter)
Tit� (lua de Saturno)
ou no planeta Marte pode ajudar a responderem muitas das d�vidas sobre a origem da vida na Terra e no resto do universo.
Marte � o principal alvo das pesquisas porque h� cada vez mais suspeitas, entre os astr�nomos de que ali pode ter surgido pela primeira vez a vida no sistema solar � talvez um bilh�o de anos antes de a vida surgir na Terra. A raz�o para essa suspeita � que o planeta vermelho j� esteve 5milh�es de anos atr�s na zona habit�vel do sistema.
Nessa �poca o Sol era uma estrela ainda jovem de apenas tr�s bilh�es de anos, capaz de emitir muito mais energia e calor do que faz hoje. O n�cleo da Terra por outro lado ainda ardia terrivelmente esquentando a superf�cie. A soma desses dois fatores fazia da Terra um lugar extremamente quente e inabit�vel. Marte que � menor e mais distante do Sol esfriou antes e recebeu menos luz solar.
H� 4,5 bilh�es de anos, portanto, Marte era uma esp�cie de �den
(O Jardim do �den, Jardim das Del�cias ou Para�so Terrestre � na tradi��o das religi�es abra�micas o local da primitiva habita��o do Homem. Na tradi��o b�blica, o Jardim do �den, do hebraico Gan. Eden, גן עדן, � o local onde ocorreram os eventos narrados no Livro do G�nesis (Gen., 2 e 3), onde � narrada a forma como Deus cria Ad�o e Eva, planta um jardim no �den (a oriente), e indica ao homem que havia criado, para o cultivar e guardar) do sistema solar; clima agrad�vel, vales sombreados, rios, oceanos e muitos nutrientes dispon�veis. Um lugar perfeito para a vida. V�rias miss�es que se dirigiram para Marte foram lan�adas entre maio e junho deste ano seguem os ind�cios de presen�a de �gua em estado l�quido para quem sabe responder de uma vez por todas se o planeta vermelho est� vivo, ou, pelo menos se j� abrigou vida no passado.
A poss�vel exist�ncia de vida em Marte tem sido seriamente discutida desde meados da d�cada de 70, quando duas espa�onaves Viking
pousaram no solo do planeta e fizeram testes para identificar sinais de seres vivos. O astr�logo Gil Levin, que conduziu um dos experimentos, em 1976, tem certeza de que encontrou vida em Marte. A Nasa, por�m, n�o considerou o experimento de Levin conclusivo e o assunto passou a ser mais discutido entre uf�logos do que entre astr�nomos.
Nos �ltimos anos, por�m, a discuss�o sobre a exist�ncia de vida marciana voltou com for�a total entre os cientistas gra�as a uma linha de argumenta��o puramente l�gica, baseada na an�lise de fosseis dos primeiros organismos vivos na Terra, surgidos h� cerca de 3,8 bilh�es de anos e na hist�ria geol�gica do nosso planeta.
As pesquisas com f�sseis indicam que a vida na Terra surgiu de maneira surpreendentemente r�pida.
Na verdade, t�o r�pida a ponto de suscitarem suspeitas se ela � um produto genuinamente terrestre ou, ent�o, fruto de algum tipo de semeadura do espa�o. Essa suspeita � refor�ada pelo fato de a Terra ter recebido, justamente h� 3,5 bilh�es de anos, uma chuva de meteoros provocados pelo impacto de corpos celestes contra os planetas vizinhos.
N�o h� duvida que Terra e Marte trocaram grandes quantidades de rochas nesse per�odo. H� 99% de chances de que a vida tenha come�ado em Marte e n�o na Terra, escreveu o f�sico e astrobi�logo australiano Paul Davies
um dos mais respeitados do mundo, num recente artigo publicado na revista cient�fica New Scientist.
