Nelore
São
os maiores bovinos da Índia onde recebem o nome de Ongole. No Brasil, a entrada
de animais zebuinos proveniente da Índia começou no final de 1800, com uma
grande maioria de animais das raças Guzerá e Gir. A província de Nelore
ficava exatamente em lado oposto às províncias de Gujerat e Gir e não foi
devidamente explorada pelos primeiros pioneiros a importarem gado para o Brasil,
de modo que poucos exemplares ingressaram ao país. Somente em 1930 com uma
abertura especial das barreiras alfandegárias, ampliou-se o número destes
animais no país.
Entretanto, por não se conhecer bem a raça, importou-se animais de orelha
curta e pelagem branca, das raças Khillari, Hallikar, Missori e Kangayam, dando
origem a um gado que não atingia o padrão do Ongole na Índia. Assim sendo,
somente em meados da década de 50, com o ingresso de alguns animais
selecionados, e com um conhecimento aprofundado das características do Zebu,
melhorou-se a qualidade da base já existente no país. Mas o grande salto
qualitativo do Nelore ocorreu com a importação feita em 1961 que teve
quarentena na ilha de Fernando de Noronha. O gado deveria permanecer na ilha por
40 dias entretanto, o período de quarentena estendeu-se por 8 meses que
possibilitou preservar o material genético de excelente qualidade, trazendo
para o país, entre outros animais alguns dos expoentes do Nelore como os touros
Taj Mahal, Karvadi e Ghodhavari sem os quais o Nelore não teria chegado a
qualidade dos dias de hoje.
A
partir daí, a evolução através do melhoramento genético foi tão
surpreendente que chegamos atualmente com a presença de sangue Nelore em 75% do
rebanho nacional, tendo também muito provavelmente participado na composição
do Brahman norte americano.
Na raça Nelore pode-se salientar a grande rusticidade, perfeito para as condições
brasileiras, além da grande fertilidade, seus bezerros são vigorosos, as vacas
possuem tetas pequenas, facilitando a mamada, proporciona a melhor conversão
alimentar entre todas as raças, o que resulta na produção de carne a custo
baixo. Proporciona mais quilos de carcaça ao peso vivo e ossatura equilibrada.
É um gado que produz carne de excelente qualidade.
Características
Coloração
branca , ou cinza claro . O Brasil admite também , a pelagem Vermelha ou a
Vermelho e Branco ou a Preto e Branco. Os chifres são curtos , em geral , mas
existem outros direcionamentos aceitos (assimétricos , lirados , estaca ,
“banana”…).O sulco profundo no centro da testa,saindo da marrafa e
chegando ao início do chanfro recebe o nome de “goteira”. As orelhas são
curtas , com pontas em forma de lança. O “nimburi” esta em
desaparecimento,devendo a marrafa mostrar-se preferencialmente estreita ,reta ou
semi-côncava. O passo é curto , típico de raça andeja : ao caminhar , a
marca do pé jamais atinge a marca deixada pela mão.
As
vacas pesam entre 480 –650 Kgs ,
os machos entre 950-1.000 Kgs.
A
seleção leiteira é incipiente.
É
a raça de maior contigente no Brasil , devido à inata habilidade maternal da
vaca. Presente em todo território nacional, principalmente no Centro-Oeste,
onde o clima é mais propício e são exigidas longas caminhadas.