MEDITAÇÃO

Desde os tempos bíblicos, a música é vista como um poderoso instrumento de cura. As escrituras trazem a cura do Rei Saul, que foi assediado por espíritos malignos, como o primeiro registro da música como terapia. Para Gaynor, citado por Joseph Moreno (2001, P. 25), o uso da música para fins terapêuticos está em processo de desenvolvimento há pelo menos uns trinta mil anos, sendo os antigos Xamãs seus precussores.

De acordo com Oliveira (2001, P. 62), a musicoterapia como profissão na área da saúde surgiu durante a Segunda Guerra Mundial, quando alguns músicos se ofereceram para tocar e divertir soldados que haviam sido feridos em combate. Com o passar do tempo, médicos e autoridades militares acabaram percebendo que os resultados obtidos com a música iam além do entretenimento, pois combatia o tédio e a rotina hospitalar, diminuía a depressão, elevava a moral e a expressão emocional, melhorando o contato dos combatentes com a dura realidade da guerra.

Oliveira (2001, P. 62), informa que nos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, China e Japão, profissionais de saúde estão utilizando a música como terapia para pacientes hospitalizados, sendo grandemente utilizada no trato com pacientes graves porque possui propriedades relaxantes, especialmente nas unidades coronarianas, onde o estresse e a depressão podem aumentar os dias de internação e minar a saúde.

O modelo xamânico da música restaura a ligação com a essência interior, quer seja produzida pela voz, por instrumentos ou por ambos, tendo a música um considerável potencial para ser somada às técnicas da meditação, técnicas da visualização e relaxamento, entre outras, e promover nos ouvintes notáveis resultados de crescimento interior e cura.

Em matéria publicada na revista Isto É, Celina Côrtes (2003) informa que a meditação é uma prática milenar utilizada não só pelos orientais há mais de cinco mil anos, mas também pelos povos indígenas do Ocidente. Na década de 1960, os Beatles começaram a se interessar e praticar as técnicas de meditação, tornando a prática conhecida em todo o mundo. Também cresceu com a propagação do budismo, doutrina criada na Índia há cerca de 2.500 anos, pelo príncipe Sidarta Gautama, o Buda. Diz a história que ele abandonou a realeza para buscar a iluminação espiritual, e seu exemplo é seguido por mestres e jovens budistas nos países que adotam a doutrina.

De acordo com Celina Côrtes (2003, P.79), durante uma sessão de meditação o ritmo metabólico cai, proporcionando repouso profundo. O sistema nervoso autônomo, responsável pelos batimentos cardíacos, ganha estabilidade e proporciona uma maior integração entre o córtex e o sistema límbico. Há também uma grande atividade elétrica na região frontal esquerda do cérebro, o local das emoções positivas, provocando sensações de felicidade, alegria, entusiasmo e grande energia. Entre outros benefícios, verifica-se uma melhora considerável no sono e no tônus muscular, aumento da criatividade, diminuição do estresse, fortalecimento do sistema imunológico, redução do ritmo cardíaco, da pressão arterial e promoção de um estado de total relaxamento.

Para os pacientes do Reviver, calar o corpo e as emoções ao som de uma música suave proporciona um despertar importante na substituição das imagens e conteúdos violentos dos programas diários como Barra Pesada, Rota 22 e outros, que conseguem exercer grande sedução entre estes. Meditar é calar os diálogos da mente; mas, para as pessoas atendidas, meditar é substituir os sentimentos de medo, insegurança, doença, problemas e dificuldades por imagens de perdão, contato com a natureza e situações envolvendo alegria, amor, saúde e esperança.

No REVIVER, é comum ver as pessoas chorando durante as práticas de meditação, que sempre precedem aos exercícios respiratórios e relaxantes. Parar, calar, respirar e relaxar, ao som de músicas que instigam a paz, é sempre um momento especial na rotina de pessoas que jamais haviam sido apresentadas às possibilidades da ecologia humana através da meditação. Para esses encontros, os pacientes muitas vezes convidam os familiares para que estes vejam o que é praticado nas reuniões e, quem sabe, possam até mesmo vivenciar na rotina doméstica os preceitos e minutos dedicados à meditação. (Textos extraídos da Monografia Educação Emocional e Ecologia Humana para Hipertensos, Universidade Estadual do Ceará, por Maria Jaqueline Rocha Sales).

                      Clique aqui e veja a matéria publicada no Jornal O Povo, Suplemento Ciência e Vida, sobre a "MEDITAÇÃO NO CENTRO DE SAÚDE".

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