A Lemúria
As Purâna falam de continentes que se elevam
um após o outro , cada um sendo o berço de uma raça
e citam sete nomes onde moraram ou morarão sete grandes raças.
O naturalista alemão Haeckel opina que a raça humana nasceu
na Lemúria, atualmente submersa no Oceano Pacifico, e chama aquele
continente de Shalmali. Enquanto estava sendo destruido pelo fogo e pela
água, apareceu Kusha ( a Atlântida ) , onde floresceu a poderosa
civilização da quarta raça. A British Association
for the Advancemente of Science anuncia que um novo continente , a Shaka
das Purâna está em vias de formação no Circulo
de fogo do Pacifico , onde as Ilhas Bagoslof , perto do Alaska já
se elevam a mais de 1.000 pés.
A extensão das novas terras prevê
um comprimento de 1.000 milhas , e que elas irão se estender até
as Filipinas, o Japão, Málaca e Borneo. Se a emersão
dessas novas terras tivesse que ser rápida como aconteceu com as
Ilhas Bagoslof , os geólogos acham que poderia acontecer um maremoto
do tamanho do Diluvio Universal.
O passado ensina que quando surge um novo continente
começa uma nova etapa da evolução e uma nova raça.
Nos antigos documentos tradicionais dos povos de Ceilão e de Madras
podemos ler: "A pátria dos Tamils ( povo da raça dravidiana
que ainda hoje vive na Índia Meridional ) antigamente se localizava
ao sul da grande Ilha de Java, que foi uma das primeiras terras emergidas
em volta do equador. Lá encontrava-se a Lemúria , berço
de todas as civilizações."
O escritor Wishar S. Cervé, atingindo
na documentação de propriedade da The Supreme Grand Lodge
of AMORC de San José , na Califórnia , acredita que
o primeiro homem a pisar na terra surgiu nos EUA. Acredita também
que a Lemúria era um continente que ia da África até
o Pacifico numa época em que , na opinião de Wegener , as
Américas , a Europa e a Africa Ocidental formavam um único
bloco. Após convulsões geológicas a Lemuria
chegou a ocupar sómente a oposição da Micronésia
e Polinésia , enquanto as Américas começavam a se
aproximar dela e ao mesmo tempo surgia a Atlântida. Para S. Cervé
, os misteriosos e incertos personagens que parecem morar no Monte Shasta
nos EUA seriam os últimos descendentes do Império da Lemúria.
O professor Rameau de Saint-Sauveur publicou
, numa brochura do Club Marylen ( B.P. 33 - Neuilly-Plaisance -93 ) um
curioso relatório a respeito de Mu , infelizmente sem referências
históricas , pois estava baseado em "revelações" incontroláveis.
Diz o senhor Rameau de Sainte-Sauveur que os habitantes de Mu de raça
branca vinham da constelação chamada "Cabelereira de Berenice";
teriam eles sido os primeiros habitantes civilizados da Terra, e foram
eles que ensinaram seus conhecimentos aos atlantes. A capital de Mu era
Shalmali II, em lembrança ao nome de sua capital extraterrestre
: Shalmali I .
O Império que se estendia da Ilha da Páscoa
até as Marquesas foi submerso pelas águas há 700.000
anos. Ao mesmo tempoo continente de Gondwana ou Lemúria tinha sua
capital Bakhrana , que era a cidadela dos negros. Gondwana sumiu
no Pacifico 25.000 anos atrás e os habitantes que conseguiram escapar
, se refugiaram na Uighúria, um vasto continente que se estendia
desde a Mongólia até a França. Gondwana ocupava uma
posição mais ou menos onde se encontrava a Austrália.
A mesma relação acrescenta que foi naquele continente que
surgiram os símios, uma espécie de "sub-produto" dos homens.
A Uighúria naqueles tempos era habitada por brancos e amarelos vindos
de um "Outro Lugar", e pensamos que isso significa : de uma estrela.
Os Brancos, armoricanos e "basconianos" tinham
duas cidades principais: Ys, perto do limite do continente Hiperbóreo,
e Tarlessos nas cercanias de Madeira. A capital , Uighur , era situada
onde hoje se encontra o deserto de Gobi. Existia um segundo continente
: Hiperbóreo, cuja capital era Thule, ao leste da Islândia.
A Atlantida , na opinião do senhor Rameau
de Saint- Sauveur , era composta de três ilhas ---
cuja capital era Atlanta --- situadas no meio do
Atlantico Norte, e havia um continente emergindo no lugar da América
do Sul: a Terra de Ichtar ( Ishtar ) , cuja capital era Tiahuanaco.
Estamos mencionando todos os dados como curiosidades arqueológicas
, sem porém dar-lhes qualquer crédito, porque pululam de
pormenores suspeitos, a começar por aquela Terra de Ichtar
, em que se encontram curiosamente a venusiana Orejona dos incas , e Ichtar
, a deusa venusiana com o nome babilônico !.Tudo isso é um
breve resumo da muito confusa e controvertida questão dos antigos
continentes desaparecidos, ou seja : Atlântida, Gondwana-Lemuria
, Hiperbóreo , e Terra de Mu.. Os "pré-historiadores"
, os geologos e os tradicionalistas concordam quase completamente na definição
da identidade e localização de Atlantida; quanto ao resto
, é outra história!.
De fato, Gondwana , Lemúria e Terra de
Mu parecem ser três nomes diferentes para designar o mesmo continente.
Wishar S. Cervé , campeão da Lemúria , e o Coronel
Churchward e L. C. Vincente , torcedores da Terra de Mu , atribuem aos
dois continentes os mesmos "symboles of the sacred four" ou seja cruzes
em sua maioria gamadas --- que representam as quatro
primeiras forças que criaram o mundo.
Como era de se esperar, os geólogos não
chegam sequer a admitir a existencia de um continente emerso 12.000 anos
atrás , onde hoje se encontra o Oceano Pacifico. Nenhum documento
escrito autentico comprova essa existencia , mas é absolutamente
evidente e incontestável que uma vez havia terras onde agora existem
mares e vice-versa. De qualquer maneira, existem indicios geológicos
que inclinam a balança em favor da existencia de Mu, e além
disso, homens influenciados por reminescencias cromossonicas ou talvez
por um simples espirito de lógica "sabem "que ao leste da
Ásia existia um continente que era o contraposto da Atlantida em
nosso Ocidente.
No plano iniciático sabe-se que desde
sempre e para todo o sempre existiram e existirão no globo
terrestre dois grandes continentes , ou então dois grandes poderios
em eterna oposição , um no leste e outro no oeste.
Esses dois pólos , (+ ) e (-) , são representados em nossos
dias pela China e pelos EUA, como doze mil anos atrás eram representados
, sob signos inversos , pela Atlantida e pela Terra de Mu.
Os tradicionalistas costuma simbolizar a evolução
e os ciclos daquela ação reciproca pelo signo sagrado da
cruz gamada, seja ela a suástica, ou então a sauástica.
Essa cruz gamada já foi, como frisam Curchward , Cervé e
L.C. Vincente , o simbolo de Mu e também o símbolo da Atlantida
(em o Paraiso Perdido de Mu L. C. Vincente, publica um estudo notável
sobre a suástica, frisando seu estilo universal e seu significado
sagrado. Por culpa dos nazistas e dos judeus o signo tornou-se símbolo
de abominação, enquanto na realidade significa a vida e a
evolução benéfica. Essa abominação é
uma verdadeira obra de magia negra que influencia de maneira funesta o
destino da raça branca. ) Hoje em dia a América do Norte
parece estar sob o signo da suástica . . . virada a direita , enquanto
a China , que está em pleno desenvolvimento, está sob a influencia
da suástica.
Estas são hipóteses controvertidas
que se baseiam simplesmente em tradições , mas assim mesmo
é um fato que a realidade da Atlantida é geralmente aceita,
enquanto a de Mu simplesmente vem de indicios que por outro lado não
podemos absolutamente desprezar.
Em suas buscas executadas no deserto de Gobi,
uma missão arqueológica soviética descobriu em Khara-Khota,
a antiga capital do império Uighur , o túmulo de uma rainha
que fora sepultada com seu cetro de ouro enfeitado de preciosos esmaltes.
Na opinião de Abel Carté , da revista mensal Psyché-Soma
"o império de Uighur é mencionado nas lendas chinesas que
se referem ao tempo em que o deserto era uma região fértil
e verdejante. Esse império se estendia até a Europa
Central , compreendiaa Mesopotania , e tinha começado a existir
pelo menos 16.000 anos antes de Cristo. Parece que o deserto de Gobi é
uma consequencia do ressecamento da terra após o Diluvio , que aconteceu
quando o continente de Mu foi engolido pelas águas do oceano. .
. Parece que Sumer teve suas origens no império de Uighur, e isso
justificaria as caracteristicas daquela civilização ariana
vinda de Mu , e que Maspero diz ser siberiana ou chinesa ".
Nesse caso , naturalmente, o autor tem toda a
responsabilidade de suas afirmações. É muito provável
que as areias do deserto de Gobi ocultem vestigios de civilizações
desconhecidas ; apesar disso não podemos concordar a priori com
teses que atribuem qualquer gênesis , qualquer evolução
e qualquer descoberta , de maneira absolutamente unilateral , a um Oriente
muito mais rico de mistérios do que de realidades históricas
ou para-históricas. Falando nessas teses observamos , nos escritos
de L.C.Vincent , que os astecas e os incas eram os herdeiros do antigo
império Maia , e isso parece-nos bastante certo. . . E que o tal
império Maia era uma colônia de Mu. Os arianos nasceram
no continente Mu Os arianos nasceram no continente Mu, diz ele ,
da mesma forma que os ciganos que entre seus signos secretos também
usam a suástica, "signo solar , originário de Mu, império
submerso do Sol".
L.C. Vincent continua:
"Todos os homens de raça branca são
filhos de Israel; Este nome , Is-ra-el , vem de Mu e significa :na raça
de Râ . . .
Obs.: Em Soleb
[ templo núbio construido por Amenóphis III ] não
se encontra o nome de Israel. Encontra-se mais tarde , na estela do Faraó
Merneptah --- cerca de 1230 ---
como sendo o nome de um povo da Síria. Esse nome é cercado
pelo mistério: é composto de pessoa bastante conhecido nos
idiomas semiticos, composto por um nome divino 'el ( deus ) precedido
por um verbo no presente-futuro que começa pelo prefixo verbal que
indica a terceira pessoa singular, masculina : y ( i ) . O problema consiste
em saber o significado do verbo cujo esqueleto consonático é
s r . G.A. Danell, em seus Estudos a respeito do nome de Israel no A.T.
Upsala, 1946 escreveu uma tese a este respeito. Em seguida foi encontrado
um ysr'l ( Israel ) nos textos de Ras Shamra , usado como nome de
pessoa , e que se parece bastante com aquele que estamos interessados ,
mas assim mesmo não conseguimos progredir . . . Essas declarações
são de extrema importancia porque o professor André Caquot
é reconhecido no mundo inteiro como o mais eminente especialista
nessa questão --- diretor dos estudos da Escola Prática de
Estudos Superiores , especializado na Biblia --- . Gostariamos de
lembrar que El nas lendas de Ras Shamra , inscritas em tabuletas com letras
cuneiformes , é o supremo e mais antigo deus dos Semitas ocidentais
, e de maneira especial dos fenícios . É o deus Bêli
dos antepassados pré-celtas , o Bêl dos assírios-babilônicos,
o Baal fenicio que na realidade não passa de uma máscara
do deus desconhecido, ou pelo menos do Senhor, cujo verdadeiro nome só
era conhecido pelos Iniciados. . Também é Elohim , do qual
se apropriaram os hebreus dando-lhe uma identidade plural em que já
aflora a Trindade. Mas El também é o deus dos Ys, nórdico,
gaélico , o Senhor das flechas e da água , em suma alguém
totalmente estranho para os hebreus, alguém típicamente "pelasgo"
( vindo dos mares do norte) como os ancestrais arianos que após
o Diluvio se deslocaram das planices iranianas até a bacia do Mediterraneo.
Continuando sobre o mesmo assunto, a criação
artificial do povo hebreu não é anterior a três mil
anos segundo o professor Caquot. Estas afirmações demonstram
que o relato do Êxodo pelo deserto do Egito até a pseudo-entrada
na Terra prometida é falso, possivelmente elaborado no tempo de
Salomão. A célebre passagem pelo Mar Vermelho fica assim
no reino da ficção , ainda mais porque os clérigos
egipcios da Casa dos Escribas , que estavam sempre atentos a anotar o menor
acontecimento que fosse dentro de um império em que praticamente
nunca acontecia coisa alguma --- eles anotavam qualquer
coisa: passagens de aves migratórias, expedições contra
salteadores, qualquer enchentezinha do Nilo, excesso ou escassez de safras,
etc --- , não teriamperdido a oportunidade de anotar o roubo dos
vasos do templo por parte dos hebreus, sua fuga pelo deserto , a saida
do exército do Faraó e o fato que em seguida foi tragado
pelas aguas do mar.
Pois bem: todos os arquivos históricos
e todas as tradições do Egito ignoram estes acontecimentos!
O professor Caquot, apesar de estar convencido
de que nada do relatado aconteceu , é de opinião que talvez
toda a quela história mentirosa seja simbólica, representando
assim a vitória de Deus sobre as águas e a vitória
de Israel sobre o Egito.. Israel e a Biblia seriam , portanto , em sua
mais profunda essencia , simples manifestações artificiais
, fabricadas e inventadas , como o são os escritos de outros povos
e de outras religiões. O próprio deus Yahwé ( Jeová
) foi tomado emprestado aos beduinos do deserto. . M. Caquot afirma :
"A parte inferior das colunas da sala hipóstila
do templo núbio de Soleb é coberta de brasões que
trazem os nomes dos povos da Ásia e da Äfrica , vencidos pelos
egipcios. Todo brasão é encimado pelo torso de um homem em
baixo-relevo , cujas mãos são amarradas atrás das
costas. A escrita em muitos brasões começa pela fórmula
t3 s3-s-w = "pais dos Shabu ( Beduinos ) de . . . "e um deles leva a seguinte
indicação :t3 s3-s-w y-h-w3-w ; w3-w possivelmente tinha
o som wo , de maneira que esse brasão menciona os "Beduinos de Yahwo".
Nesse documento porém , y-w3-w não
é um nome divino. Pelo significado dos outros brasões, poderiamos
acreditar tratar-se possivelmente do nome de um lugar, do pais daquele
povo que os egipcios chamavam de Shabu ( nômades que viviam ao leste
do istmo de Suez ) . De qualquer forma , egiptólogos competentes
como S. Herrmann e J. Leclant não hesitam em admitir uma identidade
entre o nome divino israelita e esse nome de um lugar situado ao leste
do Egito. É muito provável que o nome do deus de Israel
teve sua origem num nome de localidade , quem sabe , o nome de uma montanha
que poderia se encontrar na região da qual , segundo alguns textos
biblicos , veio YHWH.
Continuando o assunto de Mu ; ainda a respeito
dessa antiga raça branca ele escreve que "a primitiva
e autentica raça ariana de Is-ra-el , a raça pura do Sol,
dita a raça de cristal , essa raça ELEITA vivia nos tempos
do PARAISO DE MU , hoje PERDIDO!"
O signo sagrado dos judeus , a suástica,
seria o simbolo das forças ocultas, como é o mana ,
que "desde a Ilha da Pascoa até Guiné " proporcionou os meios
de erigir monumentos megaliticos.
Já relatamos o extraordinário conto
do coronel ingles Chuchward. Vamos resumir os pontos mais importantes:
em uma época não especificada, Chuchward , que então
era oficial na Índia , descobriu um templo cuja localização
também não explicou, e nesse templo encontrou tabuletas naacales
( Naacales , misterioso povo que chegou à Birmania vindo do Leste.
Os naacales , ou Irmão Sagrados, eram emissários de sua pátria
para levar ensinamentos ao Ocidente ( Índia ) para dar-lhes um idioma
e uma escrita.) que revelava que 50.000 anos antes ao leste da Ásia,
no Oceano Pacifico, existira um continente chamado Mu , berço de
todos os homens de raça branca. Mu tivera 64.000.000 de habitantes
e fora destruida por um cataclismo e um dilúvio, 12.000 anos antes
de nossa era. Churchward , como comprovante de suas afirmações
, cita 2.600 tabuletas achadas pelo geólogo Niven perto da Cidade
do México , mas esses documentos não encontraram crédito
nos meios cientificos --- o que por outro lado ainda não
quer dizer que sejam falsos , aliás muito pelo contrário.
De qualquer forma, temos ali um bocado de indicios sem nenhuma garantia,
que podemos acrescentar a muitos outros cuja autenticidade também
é meio duvidosa.
Estariamos quase tentados a acreditar em Chuchward,
pois realmente parece um sujeito honesto , um pesquisador admirável
e um arqueologo cuidadoso e frequentemente muito erudito. Por exemplo,
deu a data do dilúvio como sendo 12.000 anos atrás, muito
antes que os glaciólogos escandinavos conseguissem a prova disso.
É de nossa opinião que muito provavelmente o coronel inglês
teve acesso a documentos secretos , ou então que foi um vidente
com dotes privilegiados. Infelizmente seus relatórios exaltados
frequentemente mostram erros crassos, interpretações fantasiosas
e as vezes até lastimáveis mentiras! Churchward fala
a respeito do México e dos maias, do Egito, da Assíria-Babilônia,
dos incas e tudo o mais com uma displicência irritante. Para ele
e para todos os outros mais mais fanáticos partidários de
Mu qualquer descoberta arqueológica , qualquer escrita indecifravel
, qualquer sinal misteriosos, qualquer coisa fora do comum e ainda não
classificada dentro das disciplinas aceitas , é de Mu e prova a
existencia de Mu! Baseado nesses principios, ele nos ofereceu uma tradução
da estrela de Uxmal , no México , "dedicada a Mu "!
Conhecemos muito bem Uxmal e seu magnifico castelo
do Feiticeiro ou Advino , e podemos afirmar que a inscrição
decifrada por Churchward não passa de pura fantasia! O bom
coronel , com uma inocencia comovente , afirma que o relato da gênesis
, na Biblia , foi tirado das tabuletas maacales; publicou até o
"alfabeto de Mu ", e afirma que Platão e Walmiki , autor do Ramayana
, ambos disseram que conheciam os maias mexicanos. . É possivel
que Churchwar tenha ido ao México , mas é certo que nunca
esteve na Bolivia: afirma , de fato , que Tiahuanaco se encontra perto
de La Paz , no Peru!
Deu uma descrição errada do frontão
da Porta do Sol , e afirmou que o deus central tem cinco dedos , que justamente
tem a extraordinária caracteristica de ter quatro dedos sómente!
Apesar de tudo isso, de vez em quando ele tem rasgos de gênio. É
fora de duvida que Churchward mentiu , mas mentiu para dar crédito
a uma tese que ele reputava verdadeira e que de fato o é. O continente
de Mu existiu, sem dúvida, e Churchward , sem sabê-lo , esteve
perto da verdade quando afirmou que o México era mais antigo do
que o Egito. Teve um palpite genial quando achou que havia uma relação
entre o idioma quíchua dos incas e o quichê dos maias . ,
quando disse que "o primeiro homem foi criado duplo, e depois desdobrado
em um homem e uma mulher". Finalmente , teve o mérito extraordinário
, que compensa todos os seus erros , de chamar a atenção
sobre as civilizações do Pacifico: a do arquipélago
de Cook , a das Marianas , a das Marquesas, etc..
Afinal , é nas ilhas do Pacifico que estão
os indicios mais significativos de uma muito antiga civilização.
.
Na maioria das ilhas da Polinésia e da
Micronésia se encontram vestigios de cidades, de templos, de portos,
de estátuas, cuja envergadura e arquitetura apurada provam a existencia
de uma civilização bastante mais elevada que a dos autóctenes
do século XX. Estes vivem em palhoças de folhas de coqueiro
ou em cabanas abertas com teto de zinco odulado, trazido pelos navios europeus
ou americanos. Ao lado dessa arquitetura ridícula se elevam
frequentemente colunas , pórticos , molhes , cujas pedras titânicas
foram manipuladas por antepassados muito mais evoluídos. Churchward
e L.C. Vincente fizeram de tudo isso um inventário pormenorizado
que vai despertar a atenção dos arqueólogos mais vivos
ou pelo menos assim esperamos. Não é fácil chegar
até aquelas ilhas distantes, afastadas de qualquer rota comercial
, desprovidas de aeroportos, às vezes ocupadas por populações
hostis ou então desprovidas de tudo , e sómente uma expedição
muito bem organizada poderia fazer ali buscas frutíferas. O que
vamos escrever a respeito dos vestigios do Pacifico é simplesmente
um relato do que contaram exploradores antigos ou então escritores
que nunca chegram até lá pessoalmente.
Na ilhota de Pitcairn , a 2.000 km a oeste da
Ilha da Páscoa , os amontinados do célebre "Bounty" ( Em
1789 o navio britânico HMS Bounty , com 9 amontinados e 18 taitianos
entre homens e mulheres foi se refugiar na Ilha Pitcairn onde fundaram
uma próspera colônia , foi feito um filme sobre o assunto
com diversas re-filmagens que tiveram Clarck Gable, Marlon Brando , vivendo
o oficial Cristian como chefe dos amontinados ; na última
versão de alguns anos atrás ; o oscarizado Mel Gibson
viveu este personagem e mais outros punhados de oscarizados
/rsm ) viram escombros de casas, fornos, estátuas de quatro metros
de altura erguidas sobre plataformas e os restos de um templo. Nas Ilhas
Gambier foram encontradas múmias perfeitamente conservadas e muros
construídos com coral; no Arquipelago das Carolinas se encontram
ruínas em grande número, e a mais imponentes são as
Ilha de Ponapé. Parece que ali existe um templo com 90 metros de
comprimento e 28 metros de largura , e um porto megalítico com canais
que segundo a tradição dos indigenas , foram abertos e construídos
pelos "Reis do Sol"
Quem eram estes Reis do Sol ? Que misteriosa
civilização foi essa?
Churchward conta que existe um templo construído
acima de uma rede de cavernas e criptas que se comunicam com um canal
. Ao centro há uma sala em forma de pirâmide.No arquipélago
das Marshall existem vestigios parecidos , na Ilha de Kusai; uma colina
em forma de cone , cercada por altos muros, e cercas ciclópicas
na vizinha Ilha de Lelé provam que milhares de anos atrás
ali moravam povos civilizados. Os autóctones dizem que esses povos
eram muitos poderosos e viajavam para muito longe em direção
leste ou oeste , usando grandes navios. Em outras ilhas existem pirâmides
parecidas com as que se encontram nas Ilhas de la Societé.
Fala-se frequentemente num "arco" megalítico
, cujas colunas laterais pesariam 70 toneladas ( 70.000 kilos ) cada ,
erigido na Ilha de Tongatabu , no Arquipélago de Tonga , ao sul
das Ilhas Samoa. Até agora, pelo que sabemos , ainda não
foi publicada nenhuma fotografia desse arco. Conseguimos uma cópia
a muito custo , na fototeca do Museu do Homem ( veja ilustração
nos próximos textos/rsm ) . O lugar chama-se Haamunga. Existem ali
dois enormes blocos de pedra , encimados por um terceiro que se ajusta
aos outros dois por encaixe talhados na rocha.
O arco mede aproximadamente 4 metros de
altura e seu peso total é de cerca de 95 toneladas ( 95.000 kilos
). Churchward observa a esse propósito que a ilha é formada
na sua quase totalidade por terras aráveis e que as pedreiras mais
próximas se encontram a 400 km . Levando em conta tudo isso , precisamos
dizer que os antepassados dos polinésios deviam realmente dispor
de navios notáveis e de um sistema aperfeiçoado para transportar
, talhar e construir aquela porta monumental que, ao que tudo indica ,
devia ser parte de um complexo arquitetônico.
. As Ilhas Marianas, ou Ilhas dos Ladrões
, fazem parte da Micronésia , e se situam entre o 13º e 21º
de longitude Norte e o 142º e 144º de longitude Leste , ao Norte
do Arquipélago das Carolinas. Trata-se de ilhas vulcânicas
, sujeitas a terriveis furacões e terremotos; apesar disso podem
ser encontrados ali vestigíos muito importantes , entre eles
grandes espaços cercados de colunas redondas na Ilha de Rota , que
antigamente deviam sustentar um teto . Na Ilha de Tinian as colunas são
piramidais , como já escreveu Churchward : foram descobertas em
1835 por Dumont d'Urville, que achou tratar-se de um cairn de estátuas.
Naquela época algumas colunas eram encimadas por uma pedra
semi-esférica. O arqueólogo Larrin Tarr Gill escreveu
a propósito das colunas de Tinian :
"Três delas caíram ao chão
com seu tasa ( chapéu ) ainda intacto : três ficaram totalmente
esmigalhadas e as duas maiores estão deitadas , possivelmente derrubadas
por algum violento terremoto que as removeu de seus suportes. As pilastras
em forma de piramide truncada e coberts por semi-esferas de pedra , têm
uma circunferencia de 18 pés na base e 11 pés na ponta ,
que é aguçada . . . "
Existem pirâmides nas Ilhas Swallow e Kingsmill,
e parece que , se certos relatos são verdadeiros , uma fortaleza
de pedra vitrificada parecida com as da Escócia e as da França,
foi construida numa das ilhas Samoa, à beira de um precipício
de 550 pés. Nas Ilhas Havai, nas Marquesas , na Autrália
e no Tahiti é possivel encontrar os mesmos vestigios imponentes
, sendo que pela maior parte trata-se de pirâmides de terra como
a que foi descoberta por Thor Heyerdahl em Rapaiti.
Seriam estes os vestigios
supérstites do continente Mu?
Chuchward e L.C.
Vincente acham que sim , e é bem possivel que eles estejam certos.
Por outro lado, parece indiscutivel que os restos ainda intatos de monumentos
encontrado na Polinésia não sejam de uma civilização
tão adiantada quanto a nossa , que sejam bastante antigos.
Se Ponapé
, Tongatabu e Kusai pertencem ao povo de Mu, precisamos concluir que estes
antepassados foram ainda menos adiantados do que os antigos assírios
, os maias e os incas. Desse ponto de vista achamos que a Atlantida era
muito mais desenvolvida do que Mu. Sem dúvida a maior das civilizações
, antes do Dilúvio , não estava em Ponapé ou na Ilha
da Páscoa , porque tudo o que encontramos em Tiahuanaco , na Bolivia
, em Venta , no Yucatan e no Egito é muito superior em todos os
níveis culturais do pensamento e da arquitetura.
Extraido do livro O Livro dos Mundos Esquecidos
de Robert Charroux - Hemus -
1971