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METEOROS


Com tamanhos variáveis, desde minúsculos grãos de areia até planetas em miniatura, há uma torrente de asteróides orbitando em torno do Sol na ampla região entre Marte e Júpiter. Cerca de 1.600 dos maiores já foram seguidos e catalogados mas, entre todos, apenas uns vinte possuem diâmetros de mais de 160 quilômetros. Cerca de outros 30.000, mais ou menos, podem ter 1,5 km ou mais de diâmetro, e milhões ou bilhões terão o tamanho de penedos. Qualquer um desses que entre na atmosfera terrestre recebe, juntamente com os detritos de cometas, o nome de meteoro ou estrela cadente. Quando seu tamanho é consideravelmente menor que o de um asteróide, recebem o nome de meteoróides.

Os meteoróides movem-se no espaço com velocidades que podem atingir dezenas e até centenas de quilômetros por segundo. São corpúsculos cuja massa oscila entre poucos miligramas e, no máximo, alguns gramas.
Ao se deslocarem em direção à Terra, chocam-se violentamente com as moléculas de gás atmosférico, ocasião em que se produz energia suficiente para vaporizá-los. Eles conseguem ultrapassar as camadas atmosféricas mais rarefeitas, penetrando também nas mais densas.
A grande maioria dos meteoróides que se aproximam da Terra desintegra-se entre os 200 e os 100 km de altura. Cotas inferiores a estas são alcançadas somente por corpos de massa muito elevada.
O ponto onde se começou a ver brilhar o meteoróide que se aproxima marca o início de sua interação com as partículas da alta atmosfera; a parte terminal de seu rastro luminoso corresponde à completa consumação, por ação do calor gerado pelo atrito.

Caindo na Terra, esses corpos celestes recebem o nome de meteoritos. A maioria deles é formada de ferro, níquel e outros materiais.
Embora muitas toneladas de minúsculas partículas cheguem à Terra diariamente, o impacto de meteoritos de tamanho apreciável (50.000 toneladas ou mais) ocorre somente cerca de uma vez a cada 10.000 anos. Colidindo com forças tremendas, tais meteoritos cavam enormes crateras. O mais conhecido astroblema, ou "cicatriz de estrela" na superfície da Terra, é a Cratera do Meteoro) no Arizona, com 25.000 anos, tendo 1.200 metros de largura e 198 metros de profundidade. Provavelmente ela foi produzida pelo choque e explosão de um meteorito com uma massa de aproximadamente 10 milhões de toneladas.
O maior meteorito caído no Brasil recebeu o nome de Meteorito de Bendengó, por ter sido encontrado perto do riacho Bendengó, na Bahia, no século XVIII. Sua massa é de aproximadamente 6 toneladas ( 6.000 kg).


(Cratera do Meteoro, situada no Estado do Arizona, EUA)

As estrelas cadentes podem ser vistas todas as noites, mas, em certas épocas do ano, contam-se até sessenta delas em apenas uma hora de observação. Houve ocasiões, muito raras, em que mais de 200.000 estrelas cadentes foram vistas em uma única noite.
Quando aparecem tantas estrelas cadentes e em tão pouco tempo, elas formam o que os astrônomos chamam de "chuva de meteoros". Tudo indica que isso acontece quando a Terra, em sua viagem em torno do Sol, passa por regiões do espaço onde há vários fragmentos ou pedaços de cometas.


(Chuva de meteoros observada em 1833,
conforme gravura da época)

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