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SUPERCONDUTORES |
As pesquisas no campo das temperaturas ultra-baixas começaram com a liquefação do hélio, realizada em 1908 pelo físico holandês Heike Kamerlingh Onnes (1853 - 1926). O ponto de ebulição do hélio líquido é de cerca de 4 K (-269º C).
Um supercondutor se assemelha bastante a uma máquina de movimento perpétuo. No Instituto de Tecnologia de Massachusetts, uma corrente foi induzida num anel metálico enquanto estava abaixo da sua temperatura de transição. O anel foi então armazenado na mesma temperatura baixa. Um ano depois a corrente induzida ainda estava presente no anel, sem nenhuma perda de energia. O físico norte-americano Leon Cooper (1930 - ) forneceu uma explicação para o fenômeno da supercondutividade em 1956. Num condutor metálico à temperatura normal, a corrente é conduzida por elétrons que se movem através da estrutura cristalina do metal. A repulsão eletrostática verificada entre os elétrons inibe seu movimento, o que explica a resistência elétrica do metal. Num supercondutor, no entanto, os elétrons deslocam-se aos pares, cujo momento - e consequentemente o movimento - não encontra impedimento na estrutura cristalina. Contudo, na temperatura de transição, a energia cinética das partículas na substância supera a ligação entre os elétrons e ela se transforma num condutor comum. Os físicos acreditam que a temperatura de transição mais elevada possível para um metal é de cerca de 20 K. Isso cria uma séria limitação à utilização dos supercondutores. Evidentemente, os supercondutores são muito promissores para aplicações como transmissão sem perda de energia e supereletroímãs. É concebível que o efeito Meisser possa ser usado para suspender trens que desenvolverão velocidades superiores a 500 km/h, levitando sobre trilhos magnetizados. Entretanto, o problema da manutenção de uma linha de força ou trilhos abaixo da temperatura de transição é enorme. http://br.geocities.com/saladefisica |