Sala de Física

Como Funciona

BÚSSOLA MAGNÉTICA 


Uma bússola pode ser descrita, em poucas palavras, como um pequeno imã em forma de agulha que gira sobre uma rosa-dos-ventos. Afastada de qualquer imã, é um eficiente instrumento de orientação, uma vez que aponta sempre para o pólo norte terrestre. Quando sob a ação de um imã colocado em suas proximidades, aponta para a resultante da composição dos dois campos, o terrestre e o do imã. Se o último está muito perto, então passa a predominar sobre o campo terrestre e a bússola praticamente "sente" somente a presença do campo criado pelo magneto.

A primeira referência clara à bússola encontra-se numa enciclopédia chinesa elaborada em 1040 da era cristã, em que se descreve a fabricação de agulhas magnéticas. É provável que o aparelho tenha sido usado inicialmente não como auxiliar de navegação, mas como recurso mágico para prever acontecimentos futuros.
Originalmente a bússola chinesa compunha-se de um pedaço de magnetita (óxido de ferro magnético), escavado em forma de colher e colocado a flutuar na água. Influenciada pelo campo magnético terrestre, a magnetita flutuante tomava sempre a mesma direção ao longo do eixo norte-sul.
Como o tempo, os chineses aprenderam a magnetizar o ferro, friccionando-o com magnetita ou aquecendo-o e deixando-o imóvel até esfriar.
O primeiro registro de uso de bússola no mar encontra-se num relatório chin6es de 1115 d.C. A primeira bússola de navegação possuía um ponteiro em formato de peixe, equilibrado sobre um eixo vertical. Tratava-se, contudo, de um instrumento bastante inadequado, útil apenas para navegação em mares muito calmos.
É difícil determinar como a bússola foi introduzida na Europa e nos países islâmicos. No final do século XIII, o instrumento era amplamente utilizado em todo o continente europeu.
Por volta de 1300, introduziram-se dois aperfeiçoamentos importantes na forma original do instrumento. O primeiro consistiu na colocação da bússola em argolas de sustentação. Estas eram compostas de anéis concêntricos de latão, articulados de tal modo que, quando o navio balançava, a bússola permanecia na posição vertical.
A segunda inovação foi a introdução da rosa-dos-ventos, assinalada com quatro pontos cardeais e suas subdivisões. Antes da adoção desse equipamento, a agulha só podia ser utilizada como simples controle da direção tomada pelo navio. A rosa-dos-ventos permitia ao navegante demarcar com precisão e controlar continuamente o curso do timoneiro.
Durante o século XIX, à medida que os armadores navais passavam a usar mais ferro na construção, as embarcações se perdiam devido à interferência magnética da estrutura na agulha. A solução para esse problema consistiu em instalar no suporte da bússola um sistema de compensação por conjuntos separados de ímãs e blocos de ferro doce.
As bússolas montadas em base fixa, como as utilizadas em agrimensura, são muito simples embora de alta precisão. Um imã suspenso num pivô com visor pode ser incorporado a um teodolito para medir os ângulos horizontal e vertical.

A bússola giroscópica depende da propriedade de um giroscópio para funcionar. Nesse tipo de bússola, o giroscópio é alinhado ao longo do eixo norte-sul e mantém este alinhamento à medida que o navio ou avião muda a sua direção devido à sua inércia rotacional. A bússola giroscópia não é afetada pelos componentes metálicos do veículo e aponta na direção do norte verdadeiro e não na direção do norte magnético. Na maioria dos navios a bússola giroscópia substituiu a bússola magnética na navegação e é um equipamento padrão virtualmente em todos os aviões.

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