OFTALMOLOGIA / TeleNews
[ TeleNews na Starmedia ] [ TeleNews no Yahoo! ]
LINKS

PRINCIPAL
GENTE
ÍNDICE
NOTÍCIAS
SAÚDE
TODOS

A Academia Americana de Oftalmologia
CConselho Brasileiro de Oftalmologia
P Prevent Blindness America

 

CUIDADO! O GLAUCOMA CEGA

 

Médicos buscam procedimentos e linguagem comum para combater doença e querem evitar que cerca de 100 mil brasileiros fiquem cegos nos próximos anos.

Doença atinge mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo, mas a cegueira irreversível pode ser evitada com diagnóstico precoce.

 

O glaucoma é a principal causa da cegueira irreversível. A doença atinge hoje mais de 60 milhões de pessoas em todo o mundo, de acordo com estimativas da Organização Mundial de Saúde. Somente no Brasil são cerca 500 mil pessoas, segundo levantamento do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP/EPM.

Desse total aproximadamente 100 mil casos podem evoluir para a cegueira irreversível. Para que essas estimativas não se tornem realidade num futuro próximo, os maiores especialistas em glaucoma do país se reuniram para redigir o I Consenso da Sociedade Brasileira do Glaucoma. Entre eles os médicos: Vital P. Costa, diretor do setor de Glaucoma da Unicamp e Paulo Augusto de Arruda Mello, professor do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP/EPM.

O controle da doença está associado a dois fatores primordiais: o diagnóstico precoce e o tratamento adequado. De acordo com o levantamento da UNIFESP/EPM, 40% dos pacientes demonstram não ter intenção de seguir o tratamento. O I Consenso surgiu da necessidade de melhor definição de parâmetros para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos pacientes com glaucoma no Brasil e contou para isso com o apoio do laboratório farmacêutico Merck Sharp & Dohme.

Essa carência foi identificada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma. "O principal objetivo do consenso, como o próprio nome diz, é buscar uma linguagem e procedimentos comuns, para que não haja divergências com relação aos parâmetros em que os médicos se baseiam para fazer o diagnóstico ou indicar as diversas modalidades de tratamento e acompanhamento dos pacientes", aponta o médico Felício Aristóteles da Silva - presidente da Sociedade Brasileira de Glaucoma. "Estamos lançando uma semente, que irá demandar um processo de amadurecimento, quando ao longo do tempo iremos aperfeiçoando o próprio consenso", diz o Dr. Felício.

Para a gerente médica do laboratório Merck Sharp & Dohme, Sílvia Mazzucchi, o apoio ao I Consenso está diretamente relacionado com as políticas internacionais de responsabilidade social da empresa. "A Merck Sharp & Dohme tem entre seus compromissos prioritários apoiar programas e iniciativas como esta, que contribuem para ampliar o conhecimento da ciência e para melhorar as condições de vida nas comunidades onde atua, em todo mundo", afirma Dra. Sílvia.

O I Consenso também tem como objetivo a divulgação de novas informações e conhecimentos sobre a doença e sua evolução. Permitirá ainda um debate a respeito dos novos medicamentos para o tratamento do glaucoma. Para a Sociedade Brasileira do Glaucoma, isso significa que haverá menores possibilidades do paciente obter informações discordantes, quando procurar seu oftalmologista.

GLAUCOMA - UMA DOENÇA QUE CHEGA SEM AVISO

O glaucoma é considerado a principal causa da cegueira irreversível. Está relacionado ao aumento da pressão intra-ocular que provoca danos ao nervo óptico e, ao longo do tempo, ocasionará a perda da visão. É uma doença insidiosa, isto é, se desenvolve sem ocasionar sintomas perceptíveis. Geralmente, a pessoa só percebe que possui o glaucoma quando já perdeu grande parte da visão.

Não existem dados conclusivos sobre os números da doença no Brasil. Estima-se que cerca 3% da população acima de 45 anos tenham a doença e muitos deles nem sabem disso. Segundo projeções da Sociedade Brasileira do Glaucoma, considerando dados do último censo do IBGE, mais de 2,5 milhões de brasileiros apresentam pressão ocular acima dos limites normais e destes quase 100 mil pessoas poderão desenvolver a cegueira irreversível provocada pelo glaucoma, se este não for diagnosticado logo no início da doença.

Doença tem controle e tratamento

Quando diagnosticado no princípio de sua evolução, o glaucoma pode ser tratado e controlado com medicamentos. Mas em estágios muito avançados são necessárias intervenções cirúrgicas para deter o seu avanço. O glaucoma é detectado somente através de exames oftalmológicos: como a medição da pressão intra-ocular ou exame de fundo de olho. Um simples teste de visão não é capaz de identificar a doença. Isso porque o glaucoma afeta inicialmente o campo visual, limitando a visão lateral.

Como o glaucoma é uma doença crônica, não é possível reverter os danos já causados. Por isso o diagnóstico precoce é fundamental para o controle.

Se diagnosticada quando já há alguma lesão, o objetivo é impedir a progressão da doença. O paciente não volta a ter um campo visual normal, se já possui lesões causadas pelo glaucoma, mas pode evitar cegueira completa. Esse é o aspecto mais importante e sobre o qual a Sociedade Brasileira do Glaucoma faz um alerta à população. "As lesões são irreversíveis. É preciso se antecipar a elas", afirma Dr. Felício A Silva, presidente a Sociedade.

Informação: uma importante aliada no combate a doença

O glaucoma atinge principalmente descendentes de asiáticos e africanos, pessoas com histórico familiar da doença, portadores de diabetes, miopia e hipertensão. Para combatê-lo, uma vez que é quase assintomático nas fases iniciais, é fundamental disseminar informações sobre a doença, evolução e tratamento. Pois, ao conhecer e identificar os fatores de risco da doença, é possível mobilizar as pessoas para a realização de exames preventivos depois dos 40 anos.

Na Alemanha, atualmente existem cerca de 600 mil pessoas sendo tratadas de glaucoma, a um custo anual estimado em US$ 750 por paciente ou cerca de US$ 450 milhões anuais. No Brasil, não existem estudos sobre os custo do glaucoma para o país.

TeleNewsDigital
Voltar ao alto da página



PÁGINA INICIAL / TeleNews
1