Introdução
A denominação Acupuntura é atribuída a um jesuíta europeu no século XVII que adaptou os termos chineses Jin Huo (ou Tsen Tsio) que significa metal (representado pela agulha) e fogo (da moxa), juntando as palavras latinas Acum (que significa agulha) e Punctum (picada ou punção).
Praticada largamente na China, no Japão, Coréia e Vietnã e em grande parte do Oriente, a Acupuntura é uma técnica terapêutica milenar que restaura ou mantém a saúde pela inserção de agulhas especiais muito finas em pontos estratégicos do corpo em diferentes profundidades para produzir o efeito terapêutico desejado, ou através do uso de ventosas (ver ventosaterapia), massagens, e até do calor proveniente da queima da moxa (ver
moxibustão), além de outros instrumentos.
As ventosas (copo com sucção negativa) são especialmente usadas para o tratamento de dor muscular; tem a inconveniência de poder causar um hematoma, que desaparece em poucos dias, com a vantagem de ser indolor.
A Acupuntura é o principal método utilizado pela milenar
Medicina Tradicional Chinesa que, a partir dos mesmos princípios filosóficos e com o mesmo raciocínio básico, usa também, para tratamentos ervas (fitoterapia), alimentos (dietética), massagens e exercícios físicos.
De manual, a Acupuntura tem-se desenvolvido para a
eletroacupuntura: um contador indica a reduzida resistência da pele sobre os pontos e uma célula fotoelétrica assinala o momento em que o médico se encontra sobre esses pontos, e para a
laser-acupuntura.
As Agulhas
Na Idade da Pedra, espinhos de madeira, depois lascas de ossos ou sílex afinados, eram utilizados para puncionar, tirar o pûs do abscesso, ou para fazer sangrias. De fato, pesquisas arqueológicas levaram à descoberta de agulhas de silex que datam da Idade da Pedra, mas as primeiras agulhas de Acupuntura das quais se tem notícia eram feitas de pedra, ossos e bambu (período neolítico), mas com a descoberta dos metais passaram a ser feitas com ferro, prata e diversas ligas metálicas. Foi o imperador Huang Ti quem ordenou o emprego de agulhas metálicas, substituindo as de estiletes e de Jade. Hoje se utiliza agulhas de aço inoxidável. Achados arqueológicos da Dinastia Shang (1.766 - 1123 a.C.) incluíam até agulhas de Acupuntura e carapaças de tartarugas e ossos, nos quais estavam gravadas discussões sobre patologia médica.
As agulhas usadas hoje são finíssimas como fio de cabelo (tem o diâmetro de 0,020mm), e confeccionadas em aço inoxidável, com 1 a 12 cm. Sua ponta é arredondada, o que a impede de machucar e armazenar sangue, caso haja sangramento. O cabo das agulhas é enrolado em fios de cobre banhados em prata, que facilita o efeito de estimulação elétrica, importante em tratamento de dor aguda e crônica. A maioria das agulhas é importada da China e vêm em embalagens individuais e pré-esterilizadas.
A APLICAÇÃO DAS AGULHAS CAUSA DOR?
Em geral, não. Não se pode comparar a agulha de Acupuntura com uma agulha de injeção, cerca de 50 vezes mais espessa, e através da qual se injetam líquidos estranhos ao organismo. Mas, quanto menos saudável o órgão ativado, mais o paciente sentirá a agulhada. Geralmente, os pontos doloridos ao toque são aqueles relacionados com a doença a tratar. Eventualmente podemos acertar um nervo superficial ou um ponto mais sensível da pele, causando dor, mas é raro isso acontecer. Neste caso, deve-se informar ao médico, que corrigirá a inserção da agulha. Tratamento doloroso é quase sempre relacionado a um mal profissional. Os locais dos pontos onde estão os terminais nervosos são um pouco mais sensíveis que os demais; portanto, ao serem aplicadas as agulhas, pode-se sentir dor muito leve ou pequena sensação de peso, ou, raramente, choque.
Nas pessoas que têm muito medo das agulhas, a técnica de Acupuntura clássica pode ser substituída pela eletroacupuntura e ventosa, um tipo de estímulo cutâneo em que o paciente não sente a dor do tipo "agulhada".
SOBRE A QUESTÃO DO USO DE BRINCOS E PIERCINGS
Origem do hábito de se usar brincos - Na antiga China os príncipes se casavam com meninas entre 12 e 13 anos. As jovens esposas eram praticamente crianças e seus ovários ainda não estavam amadurecidos para gerar filhos. Por essa razão, sacerdotes que praticavam Acupuntura introduziam uma agulha de ouro no pavilhão da orelha para amadurecer as gônadas. O fato de as pequenas princesas aparecerem em público com aquele adereço na orelha despertou a vaidade das demais mulheres, que passaram a imitá-las, e o brinco virou moda.
Vale ressaltar que, no início, a agulha era colocada por sacerdotes que conheciam os efeitos provocados por aquele objeto de metal no organismo das jovens esposas. Com o passar do tempo o uso de brincos foi se popularizando e hoje é usado de forma indiscriminada e nas mais variadas regiões do corpo auricular (orelha). Estes objetos cruzam certas zonas de força e podem provocar distúrbios orgânicos dos mais variados. A perfuração com metais pode interromper ou acelerar o fluxo energético em determinadas regiões do corpo e provocar enfermidades graves.
Por vezes, a pessoa coloca um ou vários brincos e passa a sentir sintomas que antes não sentia, sem se dar conta de que isso é resultado do uso, em região inadequada, desse objeto perfurante.
Se você já decidiu colocar piercing ou outro adereço qualquer, pense na possibilidade de consultar um especialista no assunto, um acupunturista que saiba o ponto que não lhe trará riscos à saúde. Aliás, ter noção de Acupuntura é indispensável para um bom aplicador de piercings.
COMO É UMA SESSÃO DE ACUPUNTURA?
Da consulta constam a anamnese, o exame da língua, da íris, da orelha, da mão, e dos pulsos (tendo os três últimos valores relativos, dependendo da patologia, e podendo ser dispensados) a observação, a apalpação, e coleta de dados complementares, tais como exames laboratoriais, radiografias, exames de imagem etc.
Baseando-se no diagnóstico, realiza-se o tratamento. Normalmente, escolhe-se de um a doze pontos, de dois a quatro meridianos. Os chineses, ao longo destes milhares de anos, descreveram cerca de 1.000 pontos de Acupuntura, dos quais 365 foram classificados em catorze grupos principais (clássicos) e outros 50 extras, nos quais se concentram terminais nervosos.
Após a limpeza da pele com álcool a 75
º, as agulhas descartáveis são inseridas de forma indolor e deixadas no local, sendo retiradas depois de, em média, 15 a 20 minutos ou ainda dias ou semanas, quando então as agulhas utilizadas são menores. A duração e a freqüência do tratamento dependem do paciente e de seu grau de equilíbrio.
É comum o paciente, durante e após a sessão de Acupuntura sentir um bem estar, uma leveza. Isto decorre devido a liberação de endorfinas pelo nosso organismo. Pode-se sentir alguma coceira ou sensação de "peso" ou de energia no corpo, o que é normal. O paciente também pode sentir certa sonolência (o que é bom e indicativo de que, para essas pessoas, o tratamento terá resultados rápidos), que costuma passar depois de duas ou três sessões.
Alguns pacientes com queixa de dor podem ter, depois do tratamento, leve sensação de peso ou desconforto, ou aumento de dor no dia seguinte, o que costuma desaparecer a partir da segunda sessão. Pode ocorrer aumento da diurese, depois da aplicação, o que também é normal. Pode-se também apresentar coceira no local da aplicação, por causa da liberação de histamina nesse local. Porém, isso ocorre apenas no instante do tratamento.
São poucos os cuidados pós-acupuntura:
- Manter higiene local.
- Não se banhe após a sessão de Acupuntura.
- Evitar dirigir o carro ou fazer esporte logo após a Acupuntura, nos casos dos pacientes que sentem sonolência.
Em geral, no tratamento total, são feitas de cinco a quinze aplicações, com uma ou duas sessões semanais. Em casos mais agudos, na fase inicial do tratamento, podem fazer-se três aplicações semanais. Após esse período, as aplicações podem, então, espaçar-se. A freqüência e a duração do tratamento dependerão do tipo de patologia, do tempo de instalação da doença, da reação do paciente e, principalmente, da escolha dos pontos feita pelo médico, que, por sua vez, baseia-se em sua escola de origem. Geralmente, a partir de duas a cinco aplicações, os efeitos começam a surgir.
Em situação de não melhora, o médico acupunturista geralmente espera mais ou menos três sessões para reavaliar o paciente e julgar a necessidade de troca do esquema de tratamento.
ACUPONTOS - ou pontos de Acupuntura
O termo tradicional chinês que designa o ponto de Acupuntura é Xué Dáo. Xué tem significado de caverna, fossa, depressão; e Dáo significa a via, energia espiritual ou cósmica. A localização desses pontos tem vindo a ser feita ao longo de milhares de anos, e foi recentemente confirmada por pesquisas electromagnéticas.
Alterações orgânicas ou funcionais despertam em certos pontos da pele, uma sensibilidade dolorosa, a qual deixa de existir quando a patologia se resolve. Esses pontos são sempre os mesmos para cada moléstia. Quando um órgão está alterado, existe uma série de pontos que se tornam sensíveis, e formam uma linha. Muitos doentes, no momento da picada da agulha, referem sentir uma sensação que segue uma linha e que coincide com o trajeto do meridiano do ponto que fora picado. Em pessoas sensíveis, a linha dos meridianos são dolorosas. Com a pressão do dedo, o enfermo perceberá uma dor; esses mesmos pontos, quando estimulados (via agulhas ou não), proporcionam um retorno a normalidade (temporária ou definitiva) do funcionamento do órgão correspondente. A pele do ponto apresentará uma alteração, uma espécie de rugosidade, a qual não se observa em suas adjacências. Essa alteração deve ser sentida pelo tato.
Todos pontos se encontram no fundo de pequenas cúpulas ou depressões, o que condiz com seu ideograma Xué (caverna, cavidade).
Em 1963, Niboyet em sua tese de ciências, demonstrou que a resistência elétrica do acuponto é sempre inferior àquela da pele circunvizinha. A análise comparativa dos cortes histológicos feitos na pele de humanos, nos acupontos, após pesquisa bioelétrica mostrou duas vezes mais papilas dérmicas na região do ponto de acupuntura em relação à outras áreas.
A penetração da agulha no acuponto provoca por ação mecânica, um afastamento das fibras colágenas, o que explica a retenção da mesma no tecido, até o momento do relaxamento das fibras do tecido conjuntivo.
Em Tóquio, no ano de l995, aconteceu o I Congresso Mundial de Acupuntura, onde foi estabelecida uma nomenclatura internacinal para os acupontos. A partir de então, os pontos foram identificados pelo número da sequência no trajeto do respectivo meridiano, mais o nome ou abreviatura da função correspondente. Por exemplo, o IG 4 é o quarto ponto do meridiano do Intestino Grosso.
Indicações para o uso da Acupuntura
É importante ressaltar que a Acupuntura é uma terapia de ampla atuação, podendo melhorar ou curar inúmeras doenças. Se as doenças forem recentes, sem lesões físicas, elas têm mais chances de serem curadas. Quanto às doenças mais graves e crônicas, a Acupuntura melhora seus sintomas e a qualidade de vida do paciente. Por exemplo: artrite, bronquite, seqüelas de derrame cerebral. Na verdade, a medicina convencional também só alivia e não cura nesses casos.
A Acupuntura não trata doenças. Trata doentes que devem ser avaliados como um todo, diagnosticando-se a causa ou tipo de desequilíbrio que este apresenta, e não apenas as conseqüências do desequilíbrio ou seus sintomas. O lado preventivo da Acupuntura consiste na possibilidade de ir contra a doença antes que ela se manifeste em sua plenitude, isto é, no estágio onde sabemos que estamos quase ficando doentes, mas ainda não há sintomas concretos, na fase de mal estar que precede a doença.
Em geral todo paciente é passível de tratamento pela Acupuntura desde que não haja um grau extremo de degeneração dos tecidos. E mesmo quando o paciente necessita associar outro tratamento alopático ou homeopático, ser submetido a uma cirurgia ou fazer tratamento sintomático para uma doença incurável, a Acupuntura reduz efeitos colaterais, potencializa o efeito de medicamentos, acelera a recuperação e pode mesmo até analgesiar um paciente, para uma cirurgia. Mas nunca se deve considerar a Acupuntura como uma panacéia, pois todo tipo de tratamento tem limitações.
Alguns pacientes não podem ingerir remédios por razão de doenças de rim, fígado ou estômago. Nesses casos, a melhor solução é continuar fazendo Acupuntura, porque não há efeitos indesejáveis. A Acupuntura é considerada "primeira opção" também no período de gestação e amamentação, quando muitos desconfortos podem ser aliviados, tais como náusea, vômito, dor, ansiedade, síndrome pós-parto e outros.
Um uso ainda bastante recente da Acupuntura - se levarmos em conta a sua idade milenar - tem sido como prática de anestesia. Esse procedimento começou a ser utilizado em 1958, primeiro para aliviar dores pós-operatórias e como anestesia nas operações de amigdalectomias. Com o sucesso, esse processo de anestesia passou a ser utilizado na extração de dentes, na tireoidectomia e na herniactomia. Um ano depois, pesquisadores chineses já se encontravam aptos a fazer intervenções cirúrgicas maiores usando esse tipo de anestesia, e hoje já a utilizam em intervenções cardíacas.
As vantagens da anestesia através da Acupuntura são que o paciente não sofre os efeitos nocivos da anestesia química e se acha totalmente consciente durante a operação, podendo cooperar respondendo perguntas do cirurgião e seguindo suas instruções. A prática clínica tem mostrado que o método é seguro. Mas a ela não causa apenas um efeito analgésico, ela provoca múltiplas respostas biológicas. Estudos em animais e humanos mostram que o estímulo por Acupuntura pode ativar o hipotálamo e a glândula pituitária, resultando num amplo espectro de efeitos sistêmicos, aumento na taxa de secreção de neurotransmissores e neurohormônios, melhora do fluxo sanguíneo, e também a estimulação da função imunológica são alguns dos efeitos já demonstrados.
A Organização Mundial da Saúde lista mais de 40 doenças para as quais a Acupuntura é indicada. Para os chineses tradicionais existem cerca de 300 doenças tratáveis por Acupuntura, entre elas, sinusite, rinite, resfriado, faringite, amigdalite aguda, zumbido, dor no peito, palpitações, enfizema, bronquite crônica, asma brônquica, alterações menstruais, cólica menstrual, lombalgia durante a gravidez, ansiedade, depressão, insônia, mal-estar provocado pela quimioterapia, dores associadas com câncer, tendinites, fibromialgia, dores pós-cirúrgicas, síndrome complexa de dor regional, dermatites, gastrite, úlcera gástrica, úlcera duodenal, colites, diarréia, constipação, cefaléias, enxaqueca, paralisia facial, seqüelas de acidente vascular cerebral, lombalgia, ciatalgia, artrose, artrite, entre tantas outras.
Acupuntura promove um equilíbrio geral no organismo, pois nenhuma doença existe isoladamente, sempre está associada a algum desequilíbrio geral. Além do sintoma principal que trouxe o paciente ao consultório, haverá outros sintomas, mesmo de menor importância, que são reflexos do mesmo desequilíbrio. Que quando tratado corretamente promoverá a cura do paciente como um todo.
Teorias acerca do mecanismo fisiológico da Acupuntura
A teoria da Medicina Chinesa é totalmente baseada no conceito da circulação do Chi e da sua polaridade em Yin e Yang, e também na teria dos
cinco elementos (veja esses itens lincados para maior referência). Para eles, a cura se dá quando se restabelece o equilíbrio das energias Yin e Yang, através da perfuração da pele em certos pontos, o que estimula ou diminui a corrente de energia. De acordo com os princípios da Medicina Chinesa, as aplicações proporcionam o equilíbrio harmônico de energia e sangue entre os meridianos e os órgãos correspondentes. Segundo as explanações da Medicina Moderna, o estímulo feito pelas agulhas nos locais em que existam terminais nervosos gera impulsos elétricos que ativam a liberação de substâncias neurotransmissoras do Sistema Nervoso Central, modulando as funções físicas e psíquicas.
Muitos conceitos de doenças em Acupuntura são baseados na concepção da Medicina Antiga, e as explicações das evoluções das doenças eram feitas sob influências de filosofias, crenças religiosas ou, inclusive, dados empíricos. Os chineses antigos achavam que as emoções estão ligadas à função do fígado. Portanto, as doenças ligadas aos problemas emocionais eram chamadas de doenças de fígado, como por exemplo: enxaqueca, gastrite ou colite. E, como os rins ficam ao lado da coluna lombar, então, as doenças de coluna estão intimamente ligadas ao distúrbio de rins conforme a concepção antiga. Sabemos hoje que esses conceitos não são verdadeiros e muitas vezes confundidos ou mal interpretados; por isso, há necessidade de evitar o uso dessa linguagem antiga, e os termos científicos médicos devem ser adotados.
Atualmente, ainda persiste uma ligação entre essa linguagem e os conhecimentos médicos, porém, ao associar-se a Acupuntura aos conhecimentos médicos modernos, muitos conceitos foram eliminados, tais como a idéia de que o ponto de Acupuntura é o lugar que tem muito
Chi (energia vital), ou de que a noite é Yin, de maneira que não se pode comer verdura à noite, porque verduras também são Yin, e Yin com Yin pode causar dor. Um outro exemplo vem do fato de a cor verde representar falta de sangue, e alguns acupunturistas interpretam a cor verde na palma da mão como se fosse o indício de enfarte do coração.
A pulsologia, ou seja, o exame do pulso do paciente, era, antigamente, uma técnica importante de diagnóstico: palpando-se a artéria radial do pulso, seria possível diagnosticar qualquer doença. Porém, após pesquisas científicas no Japão e na China, demonstrou-se que a confiabilidade do diagnóstico por essa técnica estava em torno de 20%, percentual muito baixo para ser valorizado. Atualmente, é utilizada para avaliar a freqüência, ritmo e quantidade do pulso, como a avaliação feita por qualquer médico. Os três dedos usados no passado para determinar enfermidade pelo sentimento da pulsação estão sendo substituídos por reatores de pressão. O reator de pressão converte variações na pressão de pulsação em ondas eletromagnéticas e as registra em uma tela. Estes dados são analisados então por um computador.
Evidências científicas acumulam-se acerca da eficácia da Acupuntura, e a intimidade de seu mecanismo de ação está sendo pesquisada em muitos centros médicos do mundo, incluindo Escolas Médicas e Hospitais Universitários na China. No Brasil, a Acupuntura foi recentemente considerada uma especialidade médica pelo conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), tendo sido realizado, em outubro de 1999, o primeiro concurso para o Título de Especialista em Acupuntura, no qual mais de 800 médicos foram aprovados.
Foi sugerido por alguns autores, que a eficácia deste método terapêutico seria decorrente de efeito placebo, efeito de contra irritação, sugestão ou hipnose. Mas, apesar das controvérsias, a Acupuntura produz elevação do limiar de dor em animais de experimentação, menos sensíveis às influências emocionais do que o ser humano. estudos clínicos controlados demonstram que a Acupuntura contribui para aliviar a dor crônica em 55-85% dos pacientes, enquanto que o placebo beneficia apenas 30-35% dos casos.
Opióides são liberados durante Acupuntura e a administração prévia de naloxona (droga bloqueadora que reverte os efeitos da heroína, morfina e de outras drogas semelhantes) anula o efeito da Acupuntura; porém se a esta técnica for realizada previamente à administração de naloxona não há bloqueio do seu efeito. Além disto observou-se aumento da concentração de endorfinas e também de serotonina no líquido cefaloraquidiano de doentes submetidos à Acupuntura.
O impulso necessário para a ação da Acupuntura origina-se no ponto de introdução das agulhas, uma vez que o efeito produzido por este método é bloqueado pela anestesia local ou regional. A estimulação das fibras do tipo II, que veiculam a sensibilidade proprioceptiva em nervos periféricos, parece ser necessária para que o índice de sucesso da Acupuntura seja elevado. Estas fibras são discriminativas e podem interferir nos sistemas supressores de dor. Razão pela qual aplicando-se a Acupuntura durante um tempo maior, obtém-se analgesia mais intensa e prolonga-se a duração dos seus efeitos, que não cessam com a interrupção do estímulo. Esta observação reforça a possibilidade da participação de neuro-transmissores no seu mecanismo de ação.
Um dos aspectos mais intrigantes sobre os mecanismos de ação da Acupuntura é a existência dos numerosos pontos descritos para introdução de agulhas (pontos localizados nos meridianos),
às vezes situado em segmentos do corpo distantes do local da dor. Muitos dos pontos meridionais de Acupuntura coincidem com os dermatômeros onde a dor está sediada, localizando-se em regiões ricamente inervadas e onde há grande concentração de ponto-gatilho. Cerca de 71% e 80% dos pontos de Acupuntura correspondem aos pontos-gatilho, ou a pontos motores dos músculos esqueléticos.
Apesar da controvérsia, recomenda-se que a estimulação seja realizada em pontos localizados nos dermatômeros onde a dor se localiza ou em pontos onde a resistência elétrica da pele está reduzida, e não necessariamente nos pontos clássicos dos meridianos orientais.
A melhora da dor, quando da aplicação de estímulos da Acupuntura em pontos distantes dos dermatômeros referidos, é explicada pela dispersão e convergência das informações nociceptivas no sistema nervoso central e pelo mecanismo de influências recíprocas, que ocorre entre os centros medulares da nocicepção. Assim, nos núcleos da formação reticular do tronco encefálico, as células apresentam amplos campos receptivos, propiciando a convergência de informações de várias origens em único corpo celular.
Os pontos de Acupuntura correspondem a regiões do tegumento cuja resistência elétrica é baixa. A localização dos pontos pode ser feita pela sensibilidade manual ou através do uso de aparelho eletrônico específico para esta finalidade. Antes da invenção deste aparelho, havia uma certa dificuldade em explicarmos aos não acupuntores a existência dos pontos, pois inevitavelmente surgia a questão: não vejo, não sinto, não meço, logo não existe. Porém com a invenção destes aparelhos, há alguns anos, ficou mais fácil provar a existência, pois hoje é possível medir.
A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) lhe concede o aval e encoraja o seu uso pelos países membros, tendo dedicado ao tema, em 1979, uma edição inteira da revista "
Saúde no Mundo". Dos 1500 acupontos espalhados pelo corpo, a OMS comprova a eficácia de 360.
Finalizamos esta seção com um resumo de uma reportagem da Revista "SuperInteressante" [CAPA: Acupuntura funciona, sim - Reportagem: "Ligação direta", pág 27 - por Denis Russo Burgierman - ano 13, fevereiro 1999]:
"O pesquisador espeta a lateral do pé do voluntário e gira a agulha devagar. Na tela do computador [teste de ressonância magnética], onde se vê a imagem do cérebro do paciente, acende-se uma área, sinal de que ela entrou em atividade. Só que o campo iluminado não rege o movimento dos pés nem processa a dorzinha da picada: trata-se da parte do córtex que controla a visão. E, não por acaso, o local perfurado é aquele que os chineses chamam de kuang ming (clareza da luz), usado para curar doenças dos olhos [que faz parte do meridiano da bexiga., que sai do pé e vai até o canto interno dos olhos].
Foi assim que o físico Zang-Hee Cho, da Universidade da Califórnia, comprovou que certos pontos na pele estão de fato ligados a Órgãos internos, como se sabe no Oriente há cinco milênios. A pesquisa, realizada em 1998 pela equipe do coreano Cho...".
"Quando foi conferir os resultados dos experimentos, Cho notou uma coisa estranha. Alguns voluntários reagiam ao espetão com uma subida no fluxo sanguíneo. Em outros ele baixava. "Achei que era um erro e repeti a experiência. Mas aconteceu o mesmo", conta ele. Foi aí que um dos acupunturistas envolvidos na pesquisa matou a charada. "Yin e yang", disse ele, apontou entre os doze voluntários que era o quê."
"Há pessoas yin, tranqüilas como o próprio Cho, e outras yang, agitadas. Já que a terapia age compensando as deficiências de cada paciente, ela aumenta a velocidade com que o sangue flui nos yin e baixa a dos yang".
A pesquisa em Acupuntura é importante não apenas para elucidar os fenômenos associados ao seu mecanismo de ação, mas também pelo potencial para explorar novos caminhos na fisiologia humana ainda não examinados de maneira sistemática.
Origem da Acupuntura
A Acupuntura nasceu no vale do rio Amarelo, nas costas setentrionais do mar da China, há cerca de 5000 anos. A partir daí, sua prática estendeu-se a todo o império chinês, ultrapassando suas fronteiras para depois atingir a totalidade do continente asiático, onde se desenvolveu e expandiu. Foi introduzida na Coréia no século VI, chegando ao Japão no mesmo período, quando um monge chamado Zhi Cong viajou para leste pelo mar, levando consigo o Mingtangtu (Illustrated Manual of Channels, Collaterals and Acupuncture Points). Diz a lenda que, 5 000 anos atrás, um soldado chinês foi ferido no tornozelo durante uma guerra contra os mongóis. O agressor não o matou, mas fez algo bem mais importante: realizou a primeira aplicação de Acupuntura. Ele acertou o ponto anestésico e curou uma enxaqueca que atormentava o adversário.
É assim que os chineses narram o surgimento da sua medicina. Todavia, Não há indícios de Acupuntura terapêutica no sentido real antes de 90 a.C. Segundo esta narrativa, os 12 meridianos teriam sido traçados a partir desse primeiro acuponto. Espetando-o com uma agulha, o paciente sente um choque que vai até outro ponto. Estimulando-se esse segundo, o choque leva ao terceiro, e assim por diante.
Durante a era Chou Há o surgimento de uma forma rudimentar de Acupuntura, onde agulhas sob a forma das espadas dos exorcistas eram inseridas ou pressionadas sobre treze pontos determinados da superfície da pele, para tratar as doenças causadas pelos demônios. Esta forma de acupuntura não teria como objetivo tratar as doenças em si, e sim, expulsar e combater os demônios.
Para alguns historiadores, as agulhas de Acupuntura seriam o resultado da evolução das lancetas usadas para perfurar bolhas ou pústulas. Para outros, a prática da Acupuntura teria se iniciado a partir da experiência corriqueira de massagearmos o local dolorido para fazer passar a dor. De qualquer maneira, as evidências arqueológicas não nos permitem ter certeza quanto ao processo de formação do corpo de conhecimentos da Acupuntura. Da China, ela se espalhou por vários países da Ásia, adquirindo características peculiares à cultura da região onde se estabelecia. No Japão, por exemplo, as agulhas são mais finas, se dá mais atenção à palpação do abdômen, mas os princípios básicos de diagnóstico e tratamento são sempre os mesmos.
O primeiro texto médico conhecido e ainda utilizado pela Medicina Tradicional Chinesa é o
Tratado de Medicina Interna do Imperador Amarelo (
Nei Ching Su Wen), escrito na forma de diálogo entre o lendário Imperador Amarelo (
Hwang-Ti) e seu ministro,
Qi Bha, sobre os assuntos da medicina, segundo alguns autores durante a Dinastia
Chou (1122 - 256 a.C.). supõe-se que tenha sido escrito por muitos médicos, cuja autoria fora atribuída ao legendário Imperador
Huang Di (o Imperador Amarelo). Esse livro contém toda base filosófica, ciência do diagnóstico e tratamento por meio de agulhas e moxa. Quase todas obras posteriores foram inspiradas nesse livro. O
Nei Ching já descrevia a circulação do sangue "... o sangue circula pelos vasos, como num círculo, e jamais para durante a vida, o coração regulariza o curso do sangue no corpo..." o Ocidente só descobriu isto em 1619, por Sir Willian Harvey, ou seja, centenas de anos após. Este é apenas um exemplo entre inúmeros, para mostrar como a Medicina Chinesa sempre foi tão avançada, mesmo a milênios atrás.
O
Nei Ching só seria completado 1.500 anos depois, reunindo 34 livros. Grande parte da Medicina Chinesa se baseia ainda hoje nesses livros. Mas Outros textos clássicos surgiram posteriormente, entre eles a
Discussão das Doenças Causadas pelo Frio, O Clássico sobre o Pulso, O Clássico das Dificuldades (Nan Ching) e o Clássico sobre Sistematização da Acupuntura e Moxa. O "
Nei Ching" traz a primeira sistematização de todos os conceitos de saúde existentes no final da era dos "Estados em Guerra" e início da era
Han. Surgem os pontos como locais de estímulo, os doze canais e a associação entre canais e órgãos. É um livro algumas vezes contraditório, possivelmente escrito por vários autores de épocas diversas, e que engloba conceitos antagônicos, bem ao modo sincrético da cultura chinesa.
A primeira descrição histórica da Acupuntura como terapêutica é feita por
Su Ma Ch'ien no "
Shih Chi", 90 a.C. Foram descobertos recentemente nas tumbas encontradas em
Ma Wang Tui livros que descrevem onze canais separados, cada um associado a uma gama de sintomas específicos, sem referência a pontos de Acupuntura. Não se explicita nestes livros que tipo de circulação haveria, ou se haveria tal circulação, e somente quatro destes canais são associados aos órgãos. O tratamento seria efetuado através da queima de lã de Artemísia, ou "moxa", ou pela punção de abscessos feita com pedras pontiagudas.
Posteriormente o "
Nan Ching" refina a Medicina de Correspondência Sistemática, definindo as regras e procedimentos que seriam utilizados pela Acupuntura até os nossos dias. Somente na era
Song surge outra obra importante, o "
Da Cheng", que reúne a experiência prática de Acupuntura existente nesta época. O "
Nan Ching" foi um pouco esquecido como referência básica nos séculos seguintes, a visão sincrética e controversa do "
Nei Ching" se estabelecendo como a principal, inclusive tendo sido a que primeiro se conheceu no Ocidente.
Dinastia
Tang (618-907 d.C.). - São dessa época os modelos esculpidos em bronze, de tamanho natural, sobre os quais figuravam a localização de 657 pontos e de meridianos, tais como eles são conhecidos hoje. As estátuas eram utilizadas no ensino da Acupuntura, e o modo como o estudante aprendia a localização exata dos pontos nos dá uma idéia da qualidade do aprendizado. As estátuas cheias d'água tinham os pontos recobertos por uma camada de argila, o que obrigava o estudante a encontrar o ponto sem qualquer hesitação.
Estátua de bronze
Na dinastia
Sung (960 - 1279) o Rei
Sung Ien Tsung foi curado pela Acupuntura e passou a dar-lhe grande importância. Ordenou a um médico famoso,
Wang Wei Yi, organizar escritos sobre o assunto, bem como mapas e diagramas dos meridianos. Instituiu a primeira escola de Acupuntura.
Na dinastia
Ming (1368 - 1643 d.C.) foi publicado o
Zhen Jiu Da Cheng (Grande Perfeição das Agulhas e da Moxa) escrito por
Yang Izhou, que fornece resumos de todas as obras conhecidas, desde o
Nei Ching até seu aparecimento.
Durante a dinastia
Tsing (1644-1911), a Acupuntura tem restringida sua importância como método de tratamento. Dominada pelos Manchús, a China sofre grande influência do ocidente, e a Medicina Chinesa passa por um longo período de estagnação. Ao final da dinastia, a Acupuntura deixa de ser ensinada oficialmente, e seu exercício é proibido, ao mesmo tempo em que a medicina ocidental é gradualmente introduzida no país.
Em 1912, sob influência dos ingleses, a China baniu as terapias tradicionais. A medicina ocidental provou sua eficiência em assuntos como epidemia e operações cirúrgicas, o que atraía os estudantes. As escolas de medicina tradicional foram aos poucos, sendo abandonadas, e após a revolução de 1912 só restavam oito. Os grandes laboratórios ingleses estavam chegando à Ásia e queriam introduzir seus produtos à força. O resultado foi desastroso: em 1949, havia só 40 000 médicos para atender 500 milhões de habitantes.
Naquele ano,
Mao Tse-tung (1893-1976) liderou a revolução comunista. De 1945 a 1949 ocorreram lutas entre as duas forças que disputavam o poder político:
Chiang Kai Shek (revolucionário) e
Mao Tse Tung (comunista). Em primeiro de outubro de 1949 foi proclamada a República Popular da China sob a liderança de
Mao Tsé. Quando, por decreto, o governo oficializou a Medicina Chinesa, colocando-a em pé de igualdade com a Medicina Ocidental. Um de seus primeiros atos foi reabilitar os terapeutas até então ilegais, transformando-os em agentes de saúde.
Mao também criou faculdades e institutos de pesquisa do método tradicional, além de um sistema que integra as duas medicinas, no qual os pacientes podem escolher a sua preferida. O decreto pretendia, além do mais, promover uma síntese das duas medicinas, e, para tanto, o governo solicitou a colaboração dos médicos e o trabalho de investigação clínica e experimental do pessoal formado nas escolas ocidentais. Desde então, a Acupuntura apresentou um desenvolvimento sem precedentes na China. O intercâmbio com a medicina ocidental e o início de pesquisas cientificamente conduzidas, não só permitiram o aporte de novos conhecimentos acerca do modo de ação da Acupuntura, como também deram um novo impulso ao estudo e à utilização da Acupuntura fora do país.
Em 1958 começou-se a praticar analgesia por Acupuntura. Realizou-se a primeira amigdalectomia sob analgesia com sucesso. O método estendeu-se para cirurgias bucais, tireoidectomia, herniorrafia, remoção de tumores cerebrais, cirurgias de tórax, abdomem, pelvis e extremidades.
A Acupuntura no Ocidente
Notícias sobre uma forma exótica de medicina praticada pelos chineses já chegavam ao Ocidente desde 1255, com a "
Viagem à Terra dos Mongóis", de William de Rubruk. Padres jesuítas portugueses, ao viverem longos períodos no Japão a partir do século 16, puderam conhecer mais detalhes da forma japonesa de praticar a medicina chinesa.
As primeiras informações acerca da Acupuntura foram trazidas à Europa em meados do século XVII, por jesuítas e viajantes procedentes do Extremo Oriente. Na verdade, foram os missionários jesuítas que cunharam o termo "Acupuntura", a partir do latim. Dentre os monges católicos, merece destaque o padre Hervieu, que publicou em 1671, em Grenoble, o primeiro tratado sobre a matéria, intitulado "
Les Secrets de la Médecine des Chinois".
No século 17 começaram os relatos médicos propriamente ditos, feitos por médicos ocidentais que viveram na Ásia, como Jakob de Bondt, Buschof, Willem ten Rhijne, Engelbert Kaempfer. Houve então um período de enorme interesse pela Acupuntura, que já havia passado quando Dabry de Thiersant publicou em 1863 "
A Medicina dos Chineses", citando inclusive trechos do "
Da Cheng". Talvez por causa da presença francesa na Indochina, somente na França ainda encontraríamos algum interesse esporádico em Acupuntura, até que Soulié de Morant publicou "
A Acupuntura Chinesa". Soulié de Morant tentou despertar o interesse médico pela Acupuntura, porém o fato de não ser médico contribuiu para uma reação negativa por parte da comunidade científica da época.
Alguns dos termos empregados por ele, como "energia", "meridianos", permanecem em uso até hoje em algumas escolas ocidentais de Acupuntura. Depois, surgem os trabalhos de Chamfrault, e Niboyet, médicos franceses pioneiros, além de Nguyen van Nghi, médico vietnamita que vive na França.
O interesse da comunidade médica foi finalmente aceso quando houve a notícia de que o jornalista americano James Reston foi tratado com Acupuntura, e de que na China a Acupuntura era usada como analgesia em cirurgias. Várias clínicas de dor crônica passaram a usá-la como terapia, e com o despertar do movimento alternativo, mais e mais médicos passaram a se interessar por ela.
No início dos anos 70, logo após a viagem do presidente Nixon à China, a Acupuntura apresentou um grande impulso, passando a ter apoio de publicações de prestígio e de pesquisadores importantes. Tal fato coincidiu com o testemunho de jornalistas e membros da missão diplomática americana à China, que presenciaram cirurgias realizadas em hospitais de Pequim sem qualquer tipo de anestesia convencional e sem dor. Parece ter sido também motivado pela descoberta dos opióides endógenos, que, logo depois, revolucionou a neurofisiologia da dor e lançou novas luzes sobre os mecanismos analgésicos da Acupuntura. Considera-se também o artigo do jornalista James Reston, publicado em 1971, que descrevia o efeito da Acupuntura nas suas dores pós-operatórias depois de submetido a uma apendicectomia de emergência, quando acompanhava a equipe norte-americana de tênis de mesa. A partir de então, ocorreu um grande interesse pelo seu estudo nos Estados Unidos, o que tem feito o país assumir uma posição de destaque na pesquisa científica da Acupuntura.
Sendo o Brasil um país de imigração, foram trazidas do exterior para cá, também, diversas técnicas de Acupuntura: chinesas, japonesas, alemãs, francesas, vietnamitas etc. Provavelmente, a técnica japonesa é a mais antiga no Brasil, embora a linha chinesa tenha mais divulgação e difusão entre os médicos.
Referências:
Revista Edições Planeta, Terapias Alternativas, número 143-A, Editora Três.
http://www.fisioacupuntura.com.br/
http://www.acupuntura.pro.br/5petalas/pulso/pulsologia.htm
http://www.smba.org.br/main.html - Sociedade Médica Brasileira de Acupuntura
http://www.lautz.com.br/ - Comercialização de material para a prática da Acupuntura