Moxabustão


A palavra Moxabustão se pronuncia "Kiu" em chinês. Moxabustão é uma prática criada na Pré-História Chinesa e introduzida no Japão por volta do ano 265 d.C., levada por Monges Japoneses que estudaram na China e segundo historiadores, teria sido os responsáveis pela introdução da Terapia Tradicional Chinesa no Japão.

O bastão de Moxa é aceso em uma das pontas e mantido cerca de um centímetro da superfície da pele, porém a distância varia de acordo com a tolerância do paciente e da quantidade de estímulo térmico que se deseja. Normalmente o bastão é queimado alguns segundos em cada ponto de Acupuntura até a pele ficar avermelhada e o local aquecido.



A moxabustão não é indicada para os tratamentos de doenças com quadro de febre, dores de cabeça, lesões na pele e em casos de problemas psíquicos. Também se deve evitar o tratamento em áreas próximas aos genitais, mamilos, couro cabeludo e rosto.

A moxa ou mogusa (termo de origem japonesa) é confeccionada com as folhas secas da erva medicinal Artemisia sinensis ou Artemisia vulgaris, enroladas em formato de bastão ou de pequenos cones. A Artemísia tem o poder de extrair a energia Yang do Yin.

Artemísia
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O aquecimento de determinados pontos de Acupuntura com a moxa é extremamente eficaz para curar e prevenir doenças. Às vezes a moxa é mais eficiente do que a aplicação das agulhas, e outras vezes ambas são sinérgicas.

As principais indicações para o uso da moxa são para crianças, velhos, e quando o doente estiver muito enfraquecido ou magro.

Pode-se escolher entre duas diferentes formas de aplicação: a forma chamada de "direta" e a "indireta".

Na aplicação direta, a moxa é colocada acesa e queimada diretamente sobre a pele. Não deve ser maior que um grão de arroz. No ocidente evitamos provocar queimaduras, retirando-se então a moxa no momento em que se inicia uma sensação de calor intenso. No oriente, porém, não é dada muita importância ao fato, o que geralmente provoca uma cauterização do ponto.

Na aplicação indireta, coloca-se uma fatia fina de gengibre, alho ou cebola com pequenos furos sobre a pele e coloca-se a moxa acesa sobre a fatia. Ou aproxima-se o bastão de moxa aceso dos pontos a serem estimulados. Existe também a aplicação da moxa em formato de cone, que vai queimando progressivamente e provocando uma agradável sensação de calor local, sendo retirada assim que começa a incomodar, ou se coloca a moxa sobre a agulha aquecendo-se assim seu cabo.

É mais utilizada durante o tempo frio ou temperado.



Ventosaterapia


Nas regiões primitivas do mundo, a ventosa tem registros históricos que datam de centenas a milhares de anos. Nas suas formas mais primitivas, era utilizada pelos índios americanos que cortavam a parte superior do chifre dos búfalos, cerca de duas e meia polegadas de comprimento, provocando o vácuo por sucção oral na ponta do chifre, sendo em seguida tamponado. Têm-se informações de seu uso desde o antigo Egito.

No século passado, a operação de inspirar copos de ventosas no corpo consistia em colocar sobre a pele uma campânula de vidro ou outras formas de inspiradores semelhantes aos copos de ventosas, após fabricar vácuo pela queima do ar no seu interior, Devendo aplica-las de pronto sobre a pele para gerar sucção no local. Este método chamado de "ventosa seca" era aplicado na pele nua, causando trauma subcutâneo e agindo como contra-irritante.

As medidas contra-irritantes provocam o deslocamento da dor e o efeito conhecido na medicina oriental como "alívio da superfície do corpo", muito útil no combate das dores por espasmo musculares enrijecimentos musculares, reflexos causadores de falsas dores, nos rins e pulmões.


ONDE APLICAR AS VENTOSAS

O uso de ventosa no Oriente foi desenvolvido com base na acupuntura. Ela se fundamenta na crença de que a resistência contra a doença pode ser alcançada, induzindo o corpo a se curar pela aplicação de ventosas em pontos dos 14 meridianos ou em nódulos de reação positiva.

A ventosa tem a propriedade de limpar o sangue das toxinas acumuladas causadas pela sujeira da água e dos alimentos. Pois a estagnação do sangue coagulado, escuro e sujo, nos músculos das costas ou nas articulações é considerado pelas terapias Orientais como um dos elementos causadores de doenças, sendo necessário retirá-lo para que o cliente possa se restabelecer. A ventosa é usada para o alívio de dores musculares, melhorar o sistema circulatório e até mesmo, para redução de celulite e gordura localizada.

A ventosa associada com a massoterapia tem conseguido resultados impressionantes para redução da gordura localizada e, principalmente, das celulites. A aplicação de ventosas no corpo, além de facilitar as trocas gasosas e regular o pH sanguíneo e trazer um efeito reflexo quando aplicada em pontos de acupuntura, se usada para massagear usando um meio lubrificante (óleos aromáticos), produz o "efeito massagem". Na estagnação da circulação sanguínea pode se formar um quadro álgico com acompanhamento de manifestações na pele e músculo, como dilatações capilares (telangiectasias), infiltrações subcutâneas, formação de cordões enrijecidos e nódulos, assim como alterações térmicas locais.

Cada sessão de ventosaterapia dura cerca de 40 minutos e pode ser associada às massagens de tui-na e ao shiatsu para o alívio das dores.

No tratamento de ventosaterapia aparecem algumas marcas avermelhadas, devido à pressão do vidro na pele. Mas essas manchas desaparecem naturalmente em dois dias.



Laser-Acupuntura

O termo LASER é a sigla de "Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation" (amplificação da luz por emissão estimulada de radiação). O LASER foi teoricamente demonstrado e comprovado em 1917 por Albert Einstein. Somente em 1960 que esta comprovação teórica foi viabilizada na prática por Theodore H. Mainar, que construiu o primeiro emissor de LASER a rubi. Em 1965 foi adaptada a radiação LASER à prática terapêutica por Sinclair e Knoll.

O LASER usado em acupuntura é o "soft laser" de He-Ne (Hélio-Neon) ou Ar-Ga (Arsenieto de Gálio). O "soft laser" ou LASER de baixa potência não tem poder destrutivo como o LASER usado pelas indústrias, que cortam chapas de aço, pois a função do LASER usado por nós é estimular os pontos de Acupuntura. Esta estimulação ocorre graças à absorção da radiação luminosa pelas células do ponto cutâneo escolhido. A aplicação do raio laser é indolor, mas a penetração é muito superficial, o estímulo é fraco, o que compromete a sua eficácia.

O uso do LASER em Acupuntura tem algumas vantagens em relação ao uso das agulhas:

O método de uso do LASER em acupuntura consiste do acupunturista selecionar os pontos cutâneos e segurar a ponta da caneta emissora de LASER nestes pontos por um tempo que varia de alguns segundos até alguns minutos em cada ponto. Este tempo varia de acordo com o resultado desejado.



Eletroacupuntura

A Acupuntura Eletrônica usa um microestímulo elétrico nos cabos das agulhas, com freqüência variável de 2 Hz a 100 Hz. Freqüências baixas (1 - 20 Hz) têm propriedades tonificantes; freqüências acima de 50 Hz são mais utilizadas para sedação.

O intuito do uso da eletrônica na Acupuntura é potencializar e principalmente agilizar o efeito analgésico tão procurado em casos de dores intensas, onde muitas vezes o paciente precisa de um alívio imediato de suas dores. Esta modalidade pode produzir melhor efeito terapêutico em doenças refratárias à Acupuntura tradicional devido às propriedades fisiológicas da corrente elétrica.



CHI

Os chineses há muito tempo, dizem que existe uma força superior que permeia todos os seres do Universo. Em tudo o que nos rodeia, plantas, minerais, animais e outros seres humanos, existe e flui energia, e é justamente esta parte energética, a força vital ou Chi (pronuncia-se Qi), em chinês, ou Ki, em japonês. que circularia nestes meridianos - Trata-se do "prana" dos yoguis e induístas (energia ódica de Reichenbach, orgônico de Reich, etc).


ideograma
Chi


As perturbações na forma como o Chi circula são a causa primeira dos principais desequilíbrios a que chamamos doença. Quando o Chi está em excesso, insuficiente ou bloqueado num canal, surge o desequilíbrio que pode levar ao surgimento das doenças. A medicina chinesa nos diz que a enfermidade surge quando o Chi se estanca ou se acelera em alguma região.

A energia Chi circula através de um sistema de canais ou meridianos, formando uma rede que conecta os pontos de acupuntura entre si e influencia o funcionamento dos órgãos internos e outros mecanismos do organismo. Esses campos ou linhas do Chi são como os campos de energia que sabemos que se propagam na atmosfera (análogas às ondas de rádio e de transmissão de satélites).

Práticas como o Tai Chi e o Chi Kun cultivam a energia vital para manter nosso corpo com saúde e harmonia. É com essa mesma técnica que blocos de mármore são partidos, velas apagadas, pessoas derrubadas, tudo sem se encostar as mãos. O Chi Kun (seu significado é "Respiração Benéfica", sendo baseado na Natureza e na postura de animais) também é conhecido como "A Suprema Arte da Manipulação do Chi".

A Energia Chi é a primeira manifestação da criação no universo sensível, a primeira manifestação do Tao.

A aplicação das agulhas nos pontos adequados a cada caso estimula o corpo a se re-equilibrar, redirecionando o fluxo de energias e ativando os poderes regenerativos do corpo.

O primeiro tipo de energia é o que circula junto com o ar (Yeung Tchi, em chinês). Podemos observá-lo a olho nu quando olhamos para o céu em dias ensolarados e observamos pequenos pontos prateados circulando com extrema velocidade (se você estiver em lugar livre de poluição, essa observação se tornará mais fácil). O segundo tipo provém dos alimentos (Kou Tchi), daí a importância vital de nutrir nosso organismo com alimentos naturais. Alimentos com conservantes e agrotóxicos diminuem a qualidade dessa energia. O terceiro tipo é conhecido como energia ancestral, primordial ou vital (Yuen Tchi). Representa a potencialidade da vida do ser humano em seu nascimento. Herdamos essa energia de nossos pais no momento da união do espermatozóide com o óvulo. Ela decresce durante toda a vida, até chegar à morte natural. Essa energia vital nasce nos rins e se encontra principalmente localizada na parte inferior do abdome, entre o umbigo e o púbis. Na região chamada sede inferior ela está presente em todas as células do corpo e circula com a energia alimentar nos canais.



MERIDIANOS

À semelhança do sistema circulatório ou do nervoso, existe uma rede de circulação energética no nosso corpo, são os meridianos de Acupuntura, chamados de TSING pêlos chineses, compõem o trajeto por onde passa o Chi. Cada órgão tem seu meridiano próprio e em cada meridiano existem vários pontos cutâneos com funções específicas cada um.

Em Paris, o Dr. Jean Claude Darras, do Hospital Neker, provou cientificamente a existência dos canais de energia com uma experiência: Em um determinado ponto de acupuntura injetou uma substância radiativa de contraste, denominada tecnécio. A princípio, o tecnécio espalhou-se por toda a região desordenadamente; porém, outro ponto relacionado ao mesmo canal foi estimulado. Observou então que a substância se concentrou no ponto de origem e correu por um canal até alcançar o outro ponto. Com essa experiência provou-se a existência de um canal em nosso organismo que não pode ser visto a olho nu.

Existem diferentes tipos de meridianos de acordo com a função que desempenham. Porém, apenas catorze meridianos são considerados importantes: doze meridianos principais associados a doze órgãos e dois meridianos extras, funcionando como reservatório de energia. Os doze meridianos principais são pares e simétricos, ou seja, reproduzem-se dos dois lados do corpo e correspondem a função dos seis órgãos (Zang) e seis vísceras (); controlam o pulmão, o intestino grosso, o estômago, o baço, o coração, o intestino delgado, a bexiga, o rim, o pericárdio, o "triplo-aquecedor", a vesícula e o fígado.Os dois meridianos extras são ímpares, passando verticalmente pelo centro do corpo, um passa pela frente e outro pelas costas, tendo como principal função regular o fluxo energético dos outros doze meridianos. Todos os pontos de Acupuntura ao longo destes meridianos afetam o órgão mencionado, mas não necessariamente da mesma maneira.

Cada meridiano possui pontos mais utilizados, ditos de comando, definidos a seguir:

Ao se estudar e observar o funcionamento dos meridianos e órgãos verificou-se que eles possuem um aumento da atividade durante duas horas por dia, sendo possível comprová-la com o simples exame do pulso radial. Esta observação criou a denominada Regra meio-dia meia-noite. Os horários de maior atividade são:

Pulmão de 3 às 5 horas; bexiga de 15 às 17 horas.
intestino grosso de 5 às 7 horas; rim de 17 às 19 horas.
estomago de 7 às 9 horas; Circulação-sexo de 19 às 21 horas.
baço-pâncreas de 9 às 11 horas; Triplo aquecedor de 21 às 23 horas.
coração de 11 às 13 horas; vesícula de 23 à 01 hora.
intestino delgado de 13 às 15 horas; fígado de 01 às 03 horas.

É interessante observarmos que os pacientes hepáticos e asmáticos por problemas de fígado, têm seus piores períodos entre uma e três da manhã, e para os cardiopatas, aproximadamente ao meio dia.

A energia flui sem cessar na seguinte ordem:

Pulmão - intestino grosso - estômago - baço pâncreas - coração - intestino delgado - bexiga - rim - circulação sexo - triplo aquecedor - vesícula biliar e fígado.

Assim sendo, para tonificarmos, por exemplo, o coração, teremos que tonificar o elemento mãe, que é o baço pâncreas. Desse modo, se por exemplo, o coração está debilitado temos que tonificar sua mãe (fígado) e se está sobrecarregado devemos sedar seu filho (baço-pâncreas).

A tonificação de qualquer órgão provoca a sedação do órgão que se acha em oposição horária. O mesmo é válido para sedação. Assim, a tonificação do estômago provoca a sedação da função de circulação-sexo (cs), ou ainda, a tonificação do cs provoca a sedação do estômago.



TAO e Taoísmo

O ponto comum entre as muito divergentes correntes do taoísmo é o conceito de Tao, o inominável, indescritível, inefável - realidade última que é subjacente e que unifica todas as coisas e fatos que observamos. O confuncionismo também referia-se ao Tao, mas com um sentido mais de "maneira correta do homem coexistir em sociedade". Os taoístas estavam mais preocupados com o conhecimento de como harmonizar-se com a natureza - o conceito de "não-ação" é um dos mais conhecidos da filosofia taoísta. Enquanto os confuncionistas tinham como ideal o te (virtude, força moral), que resultava da obediência a um sistema detalhado de regras e ritos sociais; os taoístas rejeitavam explicitamente tais imposições, baseados na sua doutrina de que o te (potencial) resulta da adaptação, conformação, suavidade e passividade, que permitiam a manifestação do Tao. O confuncionismo defendia a classificação de cada indivíduo membro da sociedade em um sistema rígido e normativo de estrutura social, e a visão confuncionista do mundo ligava a preservação da saúde individual à adesão à normas de condutas motivadas sociopoliticamente. Em contraste, o taoísmo lutava pela libertação do indivíduo destas obrigações sociais.

No século XI, quando taoísmo e confucionismo tiveram uma aproximação conceitual, embora num nível restrito.

O Tao é o processo cósmico no qual se achavam envolvidas todas as coisas; o mundo é visto como um fluxo contínuo, uma mudança contínua. O Tao, "O Caminho do Meio", mostra as diversas maneiras por que o Universo funciona e como, seguindo suas leis, o homem se torna harmonioso.

A característica principal do Tao é a natureza cíclica de seu movimento e sua mudança incessantes. Essa idéia é a que todos os acontecimentos na natureza apresentam padrões cíclicos de ida e vinda, de expansão e contração. Existem padrões constantes nessas mudanças, que podem ser observados pelos homens. O sábio reconhece esses padrões e dirige suas ações de acordo com elas. Assim, ele se torna "Uno com o Tao", vivendo em harmonia com a natureza e obtendo sucesso em tudo que realiza.

Lao Tsé ensina que Tao não passa de um termo aceitável para o que fora melhor chamado "o Inominado". Nada lhe predica sem comprometer sua integridade. Dizer que existe é excluir o que não existe, apesar de o vazio ser sua verdadeira natureza. As palavras limitam, e Tao não tem limites.

A idéia de padrões cíclicos no movimento do Tao recebeu uma estrutura precisa com a introdução dos opostos polares Yin e Yang. Todas manifestações do Tao são geradas pela inter-relação dinâmica dessas duas forças polares.

O Taoísmo é uma das mais antigas filosofias religiosas, juntamente com o judaísmo, hinduísmo, confucionismo e budismo. As origens do Taoísmo se perdem nos tempos da antiga China, mas no primeiro milênio a.C. sua codificação foi estabelecida. No século seguinte, seus princípios se definiram numa filosofia que engloba a totalidade da mente, corpo e espírito do ser humano.

Lao-Tsé, célebre filósofo chinês, fundamentou o Toísmo em seu livro "Tao Te King", baseado na harmonia do Universo que envolve tudo e todos.

Muito foi escrito para tentar se definir o Tao: Ele é o Único, o Absoluto, o Princípio e o Fim. Ele compreende tudo e tudo a ele retorna. O Tao, portanto, antecede à criação. Assemelha-se ao nosso conceito ocidental de Deus.

Fritjof Capra utilizou conceitos taoístas para produzir seu livro polêmico e revolucionário "O Tao da Física".



As Polaridades Dinâmicas YIN e YANG

A Medicina Tradicional Chinesa se fundamenta na teoria do Yin e do Yang, que é fundamentada no principio dualista que diz existirem dois aspectos específicos e essenciais e que se completam e se mantém num equilíbrio dinâmico. Esses dois aspectos são chamados de Yin ou de Yang.

O princípio "Yin Yang" surge por volta do quarto século a.C, sendo sua primeira citação encontrada no "Shih Chi". No livro "Huang Ti Nei Ching" encontramos a sua primeira aplicação em medicina. Existiram várias escolas baseadas no "Yin Yang", algumas usando quatro subdivisões, outras seis subdivisões, e o "Nei Ching" é uma tentativa de integrar estas várias correntes com as "Cinco Fases". Uma grande dificuldade que encontramos no estudo de alguns destes conceitos é que às vezes o mesmo termo pode significar conceitos diferentes, em função do contexto onde se insere.

A natureza de Yin ou de Yang não é absoluta, mas relativa. Segundo autores chineses, esse equilíbrio encontra-se em todas as manifestações da natureza, seja no mundo animal, no mundo vegetal, nas reações físicas ou químicas. O Yang e o Yin se complementam e não têm forma.

Yin simboliza o feminino-passivo; Yang simboliza o masculino-ativo. Essas forças primordiais estão em oposição e, ainda assim, quando combinadas, simbolizam a harmonia perfeita.

As energias Yin e Yang circulam no corpo através dos 26 circuitos principais ou meridianos, cada um dos quais relacionados com uma função ou um órgão diferente do corpo. Onde predomina a polaridade Yang, o Chi corre mais rápido, pois Yang é movimento, e onde vigora a polaridade Yin, o Chi é mais lento, pois Yin é inércia. As doenças que possuem características Yang são agitadas, fortes, quentes, secas, hiperfuncionantes e agudas. As que possuem características Yin são calmas, fracas, frias, úmidas, hipofuncionantes e crônicas.


Tai Chi

O símbolo do Tai Ch'i, tem a forma de um círculo dividido por uma linha sigmóide, e as duas partes assim formadas possuem, quando observadas, uma tendência dinâmica, o que não seria possível se o círculo fosse dividido por uma linha reta (diâmetro) - A forma sinuosa do desenho é pra indicar que Yin e Yang estão sempre em movimento e mutação. A parte negra e descendente é Yin (que representa o frio e a escuridão descendente), e a parte clara e ascendente é Yang (que representa o calor e a luz está levantando-se). Os pontos de cores opostas representam que nada é inteiramente de uma única polaridade.

No simbolismo chinês, Yang é o Dragão; Yin é o Tigre.

A teoria Yin-Yang quando aplicada ao corpo humano, faz uma diferenciação entre órgãos (Zang) e vísceras (), sendo que os primeiros apresentam características Yin e os segundos, características Yang. As vísceras () cujo ideograma Chinês denota a idéia de "talher", são assim denominadas porque transformam em energia e sangue os materiais que recebem do exterior. O fato de estarem em relação com o exterior e fabricarem energia, as caracteriza com sendo Yang. Já os órgãos (Zang) cujo ideograma representa "tesouro", presidem a purificação e circulação do sangue; apresentam características Yin, por controlar a vida interna (Yin) e o sangue (Yin).

Os órgãos são representados pelo pulmão, coração, fígado, baço-pâncreas, rim e circulação-sexualidade (o qual não é um órgão real, mas sim uma função que controla todas energias Yin, além das funções circulatórias e gênito-urinárias).

As vísceras () são: estômago, intestino delgado, intestino grosso, vesícula biliar, rim e triplo aquecedor.



Teoria dos Cinco Elementos

Também chamada de Teoria das Cinco Energias, ela é algumas vezes citada como da época de Tsou Yen, que é sempre descrito como o fundador do pensamento científico chinês. No livro "O Documento Histórico", que data do século I d.C., Tsou Yen é descrito como fundador de idéias essenciais do sistema das Cinco Energias. O estudo desses movimentos forma a base de um sistema da sabedoria chinesa. Associados a cada uma dessas cinco energias estão os mais variados tipos de sensações experimentadas por nós no cotidiano, cores, odores, paladares, estações do ano, comidas, direções, números. Cada um dos órgãos internos e os doze principais canais ou caminho de energia do corpo são classificados de acordo com os cinco elementos.

Obviamente, esses Elementos são estudados e entendidos como caracterização de forças e nunca como substâncias materiais; são forças nas quais a energia Ch'i se expressa de 5 maneiras diferentes. Devemos saber que as palavras com que representamos estas energias são somente palavras que se assemelham mais satisfatoriamente à conduta e ao caráter destas energias. Assim temos: Metal = Agudo e solitário; Água = Liberal, extenso, nutridor; Madeira = Ascendente, móvel, crescente; Fogo = Radiante, quente, dissipando; Terra = Estável, concentrado.

Quando uma situação requer adaptação, um modo de efetuar a mudança é acrescentar a cor, a forma, o material ou a emoção que cada Elemento expressa. Por exemplo, quando você está cansado, acrescente um pouco de energia de FOGO ao ambiente. Quando está nervoso por causa de um exame em pendência, acrescente a energia da ÁGUA ao ambiente, ou em você (roupas azuis, etc.). Quando precisa ser corajoso, acrescente MADEIRA. Quando precisa desenvolver-se mentalmente, acrescente METAL.

Os 5 Elementos têm efeitos um sobre o outro, criando um ao outro em uma seqüência fixa.

CICLO DE CRIAÇÃO DOS ELEMENTOS à No Ciclo de Geração, MADEIRA alimenta FOGO, que produz cinzas (representada pela TERRA), que gera minerais (representados pelas rochas de onde deriva o METAL), que gera ÁGUA a partir da sua fusão fluindo como água, ÁGUA nutre as árvores, gerando MADEIRA [acompanhe o diagrama abaixo].

CICLO DE DESTRUIÇÃO DOS ELEMENTOS à FOGO derrete o METAL, que destrói a MADEIRA, que se nutre da TERRA, que vence a ÁGUA, a qual apaga o FOGO.


No Pentagrama externo temos o Ciclo Construtivo, e na Estrela central temos o Ciclo Destrutivo dos 5 Elementos.

Existe também um Ciclo de Enfraquecimento: Fogo destrói Madeira, que drena a Água, que enferruja o Metal, o qual vem da Terra, a qual apaga o Fogo.


A Medicina Chinesa diz que uma teoria para ser verdadeira deve valer para todas as coisas do universo. Assim sendo, ela afirma que aquilo que ocorre no homem ocorre na natureza. No homem existem 5 movimentos, que são responsáveis por todas as estruturas do corpo. Responsáveis no sentido de darem energia tanto no aspecto de funcionamento quanto no aspecto de manutenção e nutrição. Estes 5 movimentos foram denominados de Água, Madeira, Fogo, Terra e Metal. Em correspondência a estes cinco movimentos da natureza, temos cinco órgãos essências à vida com as mesmas características. Estes órgãos sãos os órgãos maciços do nosso corpo que são: coração, baço e pâncreas, pulmões, rins e fígado. Há mais de 2600 anos já havia descrições da classificação dos órgãos segundo os cinco elementos, no Livro de Ouro do Imperador Amarelo.

Assim, o fígado pertence ao elemento Madeira; o coração ao Fogo; o baço-pâncreas pertence à Terra; o Metal ao pulmão e os rins à Água. Desse modo, o Chi dor rins alimenta o fígado (madeira); este estoca sangue para ajudar o coração (fogo); o calor do coração vai aquecer o baço-pâncreas o qual transforma a essência (energia) dos alimentos que vai encher o pulmão (metal). o Pulmão purifica auxiliando os Rins (água).

Existe uma inter-relação entre os sentimentos e os órgãos do nosso corpo. Determinada emoção influencia um órgão, e este também mantém uma influência sobre a emoção relacionada a ele. A saber: PULMÃO = TRISTEZA, CORAÇÃO = ALEGRIA, FÍGADO = RAIVA, BAÇO = CONCENTRAÇÃO, RIM = MEDO.

Por exemplo: quando ocorre o que chamamos de "uma subida do YANG do fígado" há furor súbito (a pessoa se enfurece rapidamente por pouca coisa), irritação constante, pode ocorrer vertigem, olhos vermelhos e outros sintomas. Neste exemplo pudemos observar o meridiano do fígado causando raiva, porém pode ocorrer o inverso, ou seja, uma pessoa que em seu trabalho diário passe por muitos transtornos, fazendo-a ficar com raiva rotineiramente, terá o seu meridiano do fígado afetado, tornando-o com excesso de YANG e uma deficiência de YIN. Neste exemplo pudemos observar a interdependência do YANG com o YIN, quando um não deve estar mais forte que o outro.

O coração tem as características do fogo (Yang), pois é o órgão mais ativo do nosso corpo. Ele é o primeiro a funcionar na nossa formação embriológica e o último a parar na nossa morte. Ele não fica nem sequer alguns segundos sem funcionar, tendo desta forma todas as características já descritas acima do YANG. O seu sabor é o amargo, a sua cor é o vermelho, o seu sentimento psíquico normal é a consciência e a sua emoção doente é a ansiedade, risos e choros sem motivos.

O baço-pâncreas é o órgão da terra, sua cor é amarela, seu sabor o doce, seu sentimento psíquico normal é o pensar, refletir e sua emoção negativa (doente) é a preocupação excessiva, remoer pensamentos.

Os pulmões estão relacionados ao elemento metal, sua cor é branca, seu sabor é o picante, seu sentimento normal é a sensibilidade e sua emoção negativa é a tristeza e a angústia.

Os rins possuem a natureza da água, oposto ao do fogo. Sua cor é o preto, seu sabor o salgado. O equilíbrio energético deste órgão é fundamental para o funcionamento de todos os outros, pois o seu sentimento normal que permite que realizemos as coisas, que é a VONTADE. Sem a vontade o indivíduo não é nada. A sua emoção negativa é o medo, a insegurança e o autoritarismo.

O fígado possui a natureza da madeira, sua cor é o azul-esverdeado, seu sabor é o ácido-azedo, seu sentimento normal é a criatividade e a sua emoção negativa é a raiva e a indecisão.

Podemos concluir que as cores, os sabores e as emoções atuam positivamente ou negativamente nos órgãos. Se estes órgãos estão desequilibrados eles perdem a capacidade de 'discernir' o que lhe faz bem ou mal, por exemplo, um indivíduo que passou muito medo em período da sua vida tem um enfraquecimento da energia dos rins. A partir de um determinado momento ele começa a sentir desejo ilimitado de comer coisas salgadas e/ou usar roupas pretas. Esta ingestão excessiva do sabor salgado ou a utilização da cor preta ao invés de dar energia ao órgão começa a enfraquecer ainda mais este órgão. Podemos estender isto a todos os outros órgãos. Na normalidade a combinação de todos os sabores e cores é essencial para a manutenção do equilíbrio, a partir do momento que surge desejo insaciável por determinado sabor ou cor há um desequilíbrio.

Desta forma observamos que, para que haja um tratamento adequado segundo os conceitos da Medicina Chinesa é importante a observação sutil do nosso modo de viver, das nossas emoções e dos nossos hábitos de vida.



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