Capítulo 15
Estação das Docas,
estacionamento
Cássia (séria): E por isso brigou com Bianca...
Marcus (mais calmo): Não suporto o ciúme.
Mais tarde, na casa dos
Linhares Arrais, sala de estar...
Marcus (corando, desesperado): Bianca... fugiu?
Marcus Arrais está arrasado. Procurou na polícia, em hospitais
e não achou sua amada. Frágil e muito delicado, sede as
tentações de Cássia.
Duas semanas depois... Casa
dos Linhares Arrais, quarto de Catarina
Catarina (na cadeira de rodas): Você como mordomo está
horrível!
José (lamentando-se): Mas eu só sei lidar com animais...
Catarina (sorrindo): É... depois que Bianca fugiu de casa, você
não tem como lidar com ela não é? Mas agora, deixe o vinho e
traga gelo, agora!
José sai do quarto.
Mônica (curiosa): Gelo?
Catarina (se levantando): Aquele peão burro vai estragar todos
os meus planos. Ele é apaixonado por mim. (pegando o veneno):
Vou matá-lo. Ele vai estragar todos meus planos. Com ele aqui,
só tenho a perder. (Catarina põe o veneno no vinho)
Mônica (sorrindo): Já se livrou da senhora Bianca, agora do...
do... do...
Catarina (sentando-se na cadeira de rodas): Do peão...
José (entrando): Oi? Aqui está...
Catarina (olhando para o lado): Não quero mais... bebe...
José, inocentemente bebe todo o veneno e adora!
Fazenda dos Linhares,
cachoeira do Amor Bianca tomava banho, nua. A bela jovem
acariciava com os mais sutis toques. Pegava em seus seios, sua
cintura e os esfregava com suas belas mãos. Ela mergulha.
Bianca (voltando): Ainda te amo, sabia? Quem dera se o nosso amor
pudesse durar... eu ainda te amo, mas... aquele tapa e a
presença de Catarina acabou nos separando... mas agora eu acho
que não pretendo voltar...
Casa dos Linhares Arrais, sala
de estar
Catarina (chegando, na cadeira de rodas): O que quer?
Cássia (deixando a bolsa no sofá): Vim falar com meu namorado.
Catarina (surpresa): Namorado? José?
Cássia (sorrindo): O mordomo? Não... meu namorado é Marcus
Arrais!
Catarina (gargalhando): O Marcus? Coitada...
Cássia (sorrindo): Sei... você é afim dele mas ele nem liga
para ti... pois está...
Catarina (sorrindo): Inválida. E se acha que vai se infiltrar
nesta casa, sua pulguenta, enganou-se. Coloque seu rabo entre as
pernas, diga au au e saia balançando o rabo, cadela.
Cássia (irritada): Espere só, vagabunda, quando eu me apoderar
de tudo isso. Vou te por para fora como um animal sujo e
asqueroso.