Capítulo 25

Beatriz se levanta da cama. Estranha a atitude da sua mãe.

Beatriz: O que é isso? Além de me esbofetear na frente de um estranho, agora quer me expulsar de casa e por esse... esse estranho aqui dentro?!

Marta ( com raiva ): Eu não sou obrigada a ficar ouvindo seus insultos, suas calúnias!

Beatriz: Eu só estou falando a verdade!

Marta: Que verdade?! O que você sabe da verdade?! Você nem sabe o que aconteceu realmente!

Beatriz: E você, sabe?

Marta olha furiosa para Beatriz.

Na sala, Marcelo pega o telefone e, com medo de alguém o ver, faz rapidamente uma ligação.

Marcelo: Sou eu... Preciso de um favor. Me descubra agora o endereço do detetive Tiago de Santos... Isso, esse mesmo... Me descubra isso agora, preciso dar um fim nele antes que a coisa se complique mais... Eu fico aguardando.

Marcelo desliga o telefone e fica apreensivo.

No quarto de Beatriz, Marta fica ainda mais furiosa com sua filha.

Marta ( com raiva ): Cale essa boca ou vou te dar outro bons bofetes!

Beatriz: Sua irritação parece denunciar alguma coisa.

Marta ( avançando em cima de Beatriz ): Pare com isso! Chega dessa conversa! Quer saber...

Marta abre o guarda-roupa de Beatriz e começa a jogar todas as suas roupas em cima da cama.

Marta ( enquanto joga as roupas de Beatriz ): Você vai sair daqui por bem ou por mal!

Beatriz: Ficou maluca?! O que está fazendo?!

Marta: Já disse que não sou obrigada a agüentar seu insultos!

Beatriz pega sua mãe e a afasta do guarda-roupa.

Beatriz: Pare com isso! Eu não vou sair dessa casa! Você não pode me expulsar!

Marta: Essa casa é minha! Até eu morrer eu sou dona dessa casa!

Beatriz pára por um instante. Elas olham uma para outra com fúria. Marta começa a chorar.

Marta: O que você está fazendo comigo? O que está fazendo com a gente, minha filha?!

Beatriz: Não, mamãe. Não sou eu... É você!

Marta: Você está fazendo uma acusação sem provas! Levantando falso testemunho, isso é crime, sabia?

Beatriz: Sim, eu sabia. Mas eu sei o que estou falando. Eu nunca me engano com uma pessoa... Na verdade, acho que me enganei com uma pessoa.

Marta a olha, esperando pelo nome.

Beatriz: É você mesma! Agora entendo o papai.

Na sala, Marcelo recebe um telefonema no celular.

Marcelo: Então, descobriu?... Ótimo. Qual o endereço?...

Marcelo anota o endereço.

Marcelo: Você será recompensado...

Marcelo desliga o telefone e sai pé ante pé, sem que ninguém o visse.

No quarto a discussão continuava.

Marta: O que quer dizer?

Beatriz: Não sei como o papai te agüentava. Você é uma pessoa muito difícil de conviver. Não escuta ninguém, faz o que vem a cabeça.

Marta: Eu só estou tentando ser feliz.

Beatriz: Você pode ser feliz, mas abra os olhos!

Marta: Eu só acredito no que você está dizendo se me provar!

Beatriz: Eu só preciso de tempo.

Marta: Tudo bem... Eu cansei. Cansei de briga, cansei de discussão. Se você ainda quer ficar aqui, por favor, não dirija a palavra a mim.

Marta sai e bate a porta do quarto.

Marcelo está no seu carro, em frente a casa de Tiago. Ele percebe um carro se aproximando, o Vectra preto do detetive. O carro estaciona. Marcelo desce do carro e se aproxima do carro de Tiago que está trancando a porta.

Marcelo: Detetive?

Tiago: Pois não.

Marcelo: Meu nome é Marcelo, sou o namorado de Marta Liberato.

Tiago: Oh, sim. O que você quer?

Tiago leva sua mão na cintura, parece se preparar para pegar sua arma.

Marcelo: Gostaria de falar com o senhor. Sobre a morte daquele empresário.

Tiago: Sim, pode falar.

Marcelo: Podemos dar uma volta?

Tiago olha desconfiado.


Tiago: Vamos no meu carro.

Marcelo: Como preferir.

Marcelo entra no carro. Tiago tira sua arma e a coloca embaixo de sua perna. Marcelo não percebe. Tiago começa a dirigir.

Marcelo: Eu fui informado que vamos ser intimados.

Tiago: Preciso colher algumas informações. Faz parte das investigações. Isso o incomoda?

Marcelo: Marta ficou muito nervosa com isso.

Tiago: Não me pareceu no momento que conversei com ela. Dona Marta se mostrou disposta a dar depoimento.

Marcelo: Ela não quis ser indelicada.

Marcelo começa a ficar inquieto. Mexe com as mãos o tempo todo.

Tiago: Você parece estar mais nervoso.

Marcelo, num lance rápido, saca uma arma do bolso do paletó e aponta para a cabeça do detetive.

Marcelo: Dirija e não faça as perguntas. Me entregue sua arma.

Tiago é surpreendido e entrega sua arma para Marcelo. Ele começa a dirigir.

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