Alexandre estava sentado próximo a Madalena. Eles riam
juntos dos
acontecimentos daquele dia.
(Madalena) - E eu que perdi todas as minhas compras de
natal...
(Alexandre) - Realmente o seu prejuízo foi maior...
(Madalena) - Tudo por causa daquele garanhão! Se eu puder
colocar as mãos
nele...
E ela pegou Alexandre pelo colarinho.
(Madalena) - Você tem os olhos bonitos... são verdes?
(Alexandre) - Pode me soltar primeiro?
(Madalena) - Oh, claro!
Madalena largou o colarinho da camisa.
(Alexandre) - É um verde-castanho, percebe?
(Madalena) - Deixe-me ver...
Ela aproximou-se dele. E ficaram assim, bem perto um do
outro.
*
APRESENTANDO:
SÍNDROME DE MADALENA
ESCRITO POR: FILIPE GARCIA
*
Alexandre sentiu a respiração de Madalena perto do seu
olfato. Olhou nos
olhos dela e se viu refletido.
(Madalena) - Parece olhos de gato! São bem enigmáticos!
Envolvido pelo perfume e pela respiração de Madalena,
Alexandre empurrou-a
no sofá, onde estavam.
(Madalena) - O que foi rapaz? Por que me empurrou?
(Alexandre) - Caramba! Você pisou no meu pé!
Madalena riu escandalosamente. Ele riu junto.
*
Alexandre voltou para sua casa. Estava ainda concentrado na
beleza de
Madalena, quando Rubens, seu irmão mais velho veio até
ele.
(Rubens) - O que aconteceu, Alex? Que cara é essa?
Alexandre não respondeu.
(Rubens) - Ei, cara! Eu falei com você!
(Alexandre) - Me deixa, Rubens...
(Rubens) - Por que? Você não está bem?
(Alexandre) - Estou com síndrome...
(Rubens) - Síndrome? Cara... você está dizendo que ficou
maluco?
(Alexandre, suspirando) - Síndrome de Madalena...
*
Madalena estava com os olhos verde-castanhos na mente.
(Madalena) - Gostei daquele idiota! Ele é tão divertido!
A mãe de Madalena, D. Inês voltou-se para a filha:
(D. Inês) - Falou comigo, filha?
(Madalena) - Não, mãe! Estou falando com meus botões...
Foi quando a campainha tocou. Madalena foi correndo atender.
(Entregador) - Flores para Srta. Madalena.
(Madalena) - Sou eu!
Madalena abraçou as flores e aspirou o perfume delas. Tinha
certeza que
vinham de Alexandre. Pegando o cartão, ela leu:
" Ainda espero o teu beijo...
Ass.: Bernardo"
Num ato repentino, Madalena jogou as flores no chão