CRISTIANISMO

O Cristianismo é a filosofia de vida que mais fortemente caracteriza a sociedade ocidental. Há 2 mil anos permeia a história, a literatura, a filosofia, a arte e a arquitetura da Europa. Assim, conhecer o cristianismo é pré-requisito para compreender a sociedade e a cultura em que vivemos.

A Bíblia (vulgata latina) é o livro mais lido do mundo, hoje em dia e em toda a história humana. Nenhum outro livro teve maior influência literária. Até mesmo escritores não cristãos reconheceram a Bíblia como sua fonte de inspiração mais importante.

A DIFUSÃO DO CRISTIANISMO

Os primeiros cristãos
Segundo disse Jesus, os doze apóstolos formaram o núcleo do novo reino de Deus que estava para vir. Pedro foi a figura principal entre eles. Outra figura importante foi Tiago, irmão de Jesus.

A primeira congregação cristã foi constituída por judeus. Eles obedeciam à Lei de Moisés, participavam dos serviços no Templo e na Sinagoga, e de um modo geral, viviam como judeus piedosos. Sua crença de que Jesus de Nazaré era o prometido Messias, os diferenciava dos outros judeus. Eles foram considerados uma seita judaica separada e chamados de nazarenos, para se distinguirem dos saduceus e fariseus. No início não havia um grande abismo entre o cristianismo e o judaísmo.

De importância decisiva para a contínua difusão do cristianismo, foi a conversão do fariseu Saulo (Paulo), por volta de 32 d.C. Não é exagero dizer que, os muitos anos de ministério de Paulo, transformaram o cristianismo numa religião mundial. Sua contribuição se deu em dois níveis: em primeiro lugar, ele viajou intensamente pelo mundo greco-romano e proclamou o evangelho de Cristo entre os não judeus. Em segundo lugar, estabeleceu as fundações da teologia cristã em suas várias epístolas às novas igrejas. Nas epístolas de Paulo, o cristianismo é tratado como uma religião independente, e Jesus Cristo, como o salvador de todos os humanos.

Uma questão fundamental na Igreja primitiva, foi a relação entre os cristãos judeus e os gentios (isto é, cristãos não judeus). Estariam os cristãos gentios sujeitos à Lei de Moisés? Deveriam eles, por exemplo, ser circuncidados antes de se tornarem cristãos? Nas primeiras décadas após a morte de Cristo, muitos líderes cristãos de Jerusalém, incluindo o irmão de Jesus, Tiago, acreditavam que sim. Paulo, porém, tinha um ponto de vista diferente. Ele viajara entre os gentios e vira como eles adotavam a fé de Cristo sem ter um conhecimento íntimo do judaísmo.

Uma só Igreja - muitas comunidades religiosas
O cristianismo hoje, está dividido em muitas comunidades eclesiásticas, com diferentes organizações, doutrinas, ordens e atitudes sociais.

Podemos dizer que a Igreja, permaneceu única e indivisível até 1054, quando se dividiu em duas, a católica romana e a ortodoxa.

No século XVI ocorreu a Reforma protestante, quando diversas comunidades da Igreja, se levantaram em protesto contra certos aspectos da doutrina e da prática da Igreja Católica. Foram elas a Igreja Anglicana, a Reformada, e a Luterana.

Depois disso surgiram novas igrejas, destacando diferentes aspectos do evangelho cristão, estas incluíam: os Calvinistas, os Presbiterianos, os Metodistas, os Batistas, os Quakers (ou quadres), os Pietistas, etc...

O Mundo Cristão
Em parte, por causa do lugar importante que as missões tiveram no cristianismo, este se tornou a mais difundida de todas as religiões. Hoje há três ramos principais na Igreja, cada um concentrado numa área geográfica diferente. Primeiro, a Igreja Católica Romana, que é majoritária no Sul da Europa e na América Latina, e tem grandes minorias nos Estados Unidos e na África; em seguida vem a Igreja Ortodoxa, centrada na Grécia e Europa Oriental, e por fim as Igrejas Protestantes, localizadas sobretudo no Norte da Europa, nos Estados Unidos e na Austrália.

A Igreja Católica Romana
Abrangências: a Igreja Católica Romana é a maior de todas as Igrejas. Existem cerca de 1 bilhão de cristãos no mundo. Aproximadamente, metade deles pertence ao catolicismo.

A Igreja Ortodoxa
Abrangências: A Igreja Ortodoxa costuma ser conhecida também, como Igreja Ortodoxa Oriental, já que tinha sua sede no Oriente Médio, por oposição à Igreja Ocidental, cujo centro era em Roma. A Igreja Ortodoxa se difundiu a partir de Jerusalém e Istambul (antiga Constantinopla) pela Bulgária, Romênia, Grécia e Rússia, onde hoje tem seu baluarte. Além disso, há em torno de 5 milhões de ortodoxos nos Estados Unidos, resultado da imigração da Europa Oriental. Em razão das condições políticas, não se sabe com exatidão o número de pessoas que pertencem atualmente à fé ortodoxa, mas se estima que os fiéis totalizem cerca de 150 milhões.

A Igreja Protestante
As principais denominações protestantes que surgiram da reforma, foram a Igreja Luterana e a Igreja Reformada. Mas já no século XVI existia uma ala mais radical, que desejava formar suas próprias igrejas puras, a característica mais importante dessa ala, é que não reconhecia o batismo de crianças, mas só de adultos, isto é, dos que crêem conscientemente. O movimento começou na Suíça, na Alemanha e na Holanda (anabatistas) e liderados por John Smith, fundaram em 1609 a primeira das Uniões Batistas mais modernas.

A seguir destacamos outras Igrejas Evangélicas, nascidas do movimento de leigos e missionários da Igreja Luterana:

A Bíblia dos cristãos consta de duas partes: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. O significado mais antigo da palavra latina testamento é pacto. O Antigo Testamento narra o pacto de aliança que Deus fez com o povo de Israel e compreende as mesmas escrituras da Bíblia Judaica. O Novo Testamento fala do pacto que Deus fez com toda a humanidade por intermédio de Jesus. Contém relatos da vida e da morte de Jesus, e dos primórdios da Igreja Cristã, além de cartas de aconselhamento, sobre o sentido da fé Cristã.

A Igreja Cristã divide o Antigo Testamento em 39 livros distintos, em vez de 24, como no judaísmo. Os 39 livros se dividem em quatro classes: os Cinco Livros de Moisés ou Pentateuco, livros históricos, livros proféticos e poesia.

O novo Testamento contêm os relatos sobre a vida de Jesus, nos chamados Evangelhos, que significam Boa Nova. Os Evangelhos são:

Na fala comum, o plural evangelhos, em geral se refere aos quatro evangelhos canônicos. São chamados de sinópticos os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas, em virtude da semelhança na estrutura e nos fatos narrados.

Bibliografia:
O LIVRO DAS RELIGIÕES
Victor Hellern, Henry Notaker e Jostein Gaarder

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