A POMBA-GIRA E O VERBO

Todo o sentido que uma palavra representa, referindo-se à uma Entidade (Orixá), é partícula Divina de uma idéia sobre todo o movimento aparentemente casual, e tem sua origem, as suas formas e seus atributos dentro de uma grandiloqüência de força mágica.

Vejamos então um pouco de história:

A palavra Pomba, é um substantivo feminino, que se liga com o verbo, da palavra Gira, que subentende-se em duas facções; isto é: Pomba é o termo (atributo) que se encontra dentro da Cabala das Doze Entidades (Orixás) do Culto Omolocô, cujo número cabalístico é Oito.

A palavra Gira é apenas a extensão casual, indicando o verbo; pois Gira mostra o término da missão para a qual, a Pomba tem a sua incumbência.

Na linguagem comum, sabemos que o pombo correio, é servo e mensageiro do homem, para fazer um certo percurso vôo dentro de sua missão: na linguagem afro, Pomba também é a mensageira; Gira é apenas a extensão do vôo; entretanto se nós ligarmos um ponto à outro, isto é, o movimento aparentemente casual, poderemos separar o atributo e conhecer a origem e a grandiosidade de seu sentido.

Os cabalistas consideram o número 8, como manifestação perfeita das formas, a Balança Universal das coisas.

A Cabala mostra 8 (CHETH), sinal da existência elementar, rudimentar, protoplásmico; exprime também o equilíbrio, etc.

Deus (Zâmbi) é suscetível de ser conhecido nas suas manifestações. A Cabala é uma só, é ciência de Deus; e fala de 10 Sephiroth, que são atributos do Deus Manifesto, sendo conhecidos no singular como Séfira, palavra hebraica debaixo do nome Hod Eloim Tsebaoth – Glória Eterna das Supremas Potências dos mundos.

Pois bem; se cada Séfira tem seu pólo negativo, então coube o atributo negativo de Hod, nós sabemos, ao nome exotérico de Exu Pomba-gira, que é Klepoth. O nosso culto conhece seu atributo como Kirimbum.

A Entidade Exu Feminino Pomba-gira, simboliza a Pomba que serviu à Noé. Os Kirimbuns, negativos desta Entidade, se manifestam em diversas freqüências com vários nomes de elementos da natureza, até com formas humanizadas de animais, afim de servir de mensageiro ou intermediário, entre a esfera Divina e o Ser encarnado.

Bibliografia:
TECNOLOGIA OCULTISTA DA UMBANDA
Tancredo da Silva Pinto

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