SEU EMPREGO ESTÁ SEGURO?

Bem-vindos, senhores executivos, ao império da incerteza

Olhe à sua volta, e o quadro que aparece dá o que pensar. Indústrias onde executivos podiam fazer carreira até a aposentadoria, da Alpargatas à Estrela, do Pão de Açúcar à Mesbla, demitem do chão de fábrica até o andar da diretoria. A indústria automobilística investe como nunca e bate recordes de produção, mas tem cada vez menos funcionários. Hoje 107.700 empregados produzem mais de um milhão e meio de veículos por ano, contra 117.300 trabalhadores que fabricavam menos de um milhão de unidades seis anos atrás. Grandes bancos? O Bradesco tinha 80.572 pessoas em sua folha em 1992. Hoje tem cerca de vinte mil pessoas a menos. O Itaú operava com 50 mil funcionários em 1991 e no fim do ano passado mantinha a mesma eficiência com 36 mil. Empresas tradicionais como Coral, Prosdócimo ou Lacta, para ficar só em exemplos recentíssimos, são vendidas e seus novos donos, naturalmente, chegam sem compromissos com as equipes que ficaram. Concorrentes estrangeiros dos quais pouco se tinha ouvido falar até alguns anos atrás desembarcam no mercado com preços de arrasar.

Sim, a vida está ficando dura e, para complicar, parece certo que as situações descritas acima vão continuar no horizonte por tempo indefinido. Dentro dessa panela de pressão, nada mais natural que o executivo se pergunte: até que ponto o meu emprego está seguro? "Hoje ninguém está seguro no emprego, seja aqui ou em qualquer lugar do mundo", diz Robert Hein, diretor da Egon Zehnder International no Brasil, empresa de headhunting. "A única certeza que podemos ter é que amanhã a situação vai mudar", completa Hein. "Num cenário recheado de fusões, aquisições e vendas de empresas os cargos podem se tornar desnecessários a qualquer momento, independentemente da competência de quem os exerce", afirma o headhunter Simon Franco.

Os números não deixam muita dúvida a esse respeito. No último painel EXAME/Andersen Consulting, quase 60% das empresas ouvidas informaram ter diminuído o número de empregados no primeiro trimestre de 1996. Praticamente a mesma porcentagem estima que continuará diminuindo no segundo trimestre. O tempo é de incertezas para muita gente. Não apenas para brasileiros. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos no ano passado com 100.000 gerentes detectou que 37% deles estão com medo de perder o seu emprego. No Brasil, um estudo realizado pelo grupo Catho (especializado em recrutamento e recolocação de profissionais de nível gerencial) ouviu 643 executivos de São Paulo e revelou que 39,5% têm medo de perder o emprego. Esse é, aliás, o maior medo dos executivos paulistanos hoje em dia de acordo com o estudo do Catho.

Foi-se o tempo, como bem se vê, em que crise profissional, para o executivo, significava insatisfação pessoal com o emprego, ausência de tarefas empolgantes ou a pura e simples vontade de "fazer outra coisa", frequentemente por conta própria. Hoje, a crise vem de fora para dentro do escritório. Feliz ou não com aquilo que está fazendo, o executivo vê que seu emprego, cada vez mais, passa a depender de forças que não estão sob o seu controle, ou mesmo sob o controle dos seus superiores na empresa. "O dinamismo atual no mundo dos negócios faz com que tudo aconteça com maior rapidez e flexibilidade. É enorme hoje o número de eventos, de imprevistos mesmo, aos quais as empresas estão sujeitas. E quem é que pode controlar isso?", diz Claudio Neszlinger, diretor de RH da Microsoft do Brasil.

RADIOGRAFIA -- Está mais do que na hora, portanto, de fazer um balanço, frio e realista, das suas chances de manter seu emprego atual e, se possível, progredir nele. EXAME se propõe a acompanhá-lo neste trabalho. Em primeiro lugar, já neste artigo, é apresentada uma radiografia básica daquilo que é util saber para o executivo se situar no presente panorama de emprego: como pontuar seu verdadeiro valor profissional, quais os sintomas de problemas, o que pode estar a seu favor ou contra você. Na reportagem "A era da empregabilidade" são listados os atributos mais importantes que um executivo deve ter, hoje em dia, para ser valorizado como profissional, garantir seu emprego e crescer nele. E a reportagem "Você tem carisma?" analisa o que é carisma e o quanto esta qualidade, hoje uma das mais valorizadas no mundo dos negócios, pode abrir portas. Mãos à obra, portanto.

Antes de mais nada, é aconselhável abordar o trabalho de fazer um balanço realista das suas chances com uma atitude mais calma do que sugere o noticiário catastrófico ao seu redor. Em primeiro lugar, a atual crise de emprego não obedece a um movimento linear, onde tudo vai mal, em todos os lugares, durante todo o tempo. Se há empresas cortando fundo, também existem as que estão em franca ofensiva (as do setor de informática, de um modo geral, são o primeiro exemplo que ocorre). "O emprego não acabou, nem vai acabar. Apenas mudou e vai sempre continuar mudando", diz Maurizio Mauro, um dos vice-presidentes da empresa de consultoria Booz-Allen & Hamilton do Brasil. "Para cada posto de trabalho que se fecha há outro se abrindo. Novo, diferente, com outro formato e conteúdo, situado talvez numa outra área e acessível apenas para quem souber caminhar junto com as mudanças."

O comportamento das empresas hoje, isso nem se discute, é bem diferente do que foi no passado. Um estudo feito pela DBM, a maior empresa de recolocação de executivos do mundo, mostra que há 20 anos o profissional trocava de emprego apenas duas vezes, em média, em toda a carreira; há dez anos já trocava quatro vezes; atualmente ele muda de emprego oito vezes no decorrer de sua vida útil, sendo que na metade delas o executivo é demitido. "No passado, perder o emprego era vexatório", diz José Augusto Minarelli, da Lens & Minarelli, outra empresa de recolocação, sediada em São Paulo. "Hoje o mercado sabe que isso não depende mais do desempenho do profissional". Em vez de se preocupar, portanto, é melhor se ocupar em adquirir novos conhecimentos e se manter alinhado com as novas necessidades. Há oportunidades, também, no número cada vez maior de companhias recém-instaladas ou por se instalar no Brasil.

Além disso, aparecem chances em muitas empresas que viveram ou vivem problemas. "A onda de reestruturações e downsizing desses últimos anos foi tão funda, que muitas empresas estão descobrindo, hoje, que dizimaram toda a sua média gerência", diz o headhunter David Ivy, sócio e vice-presidente do escritório de São Paulo da Korn/Ferry International. "Agora elas precisam reconstruir seus quadros, e aí surgem boas oportunidades para bons executivos. É por isso que estamos lotados de trabalho nesse momento." Outro ponto a favor: em fases de turbulência como a atual, um bom número de empresas se vêem obrigadas, queiram ou não, a melhorar a qualidade de seus executivos. Má notícia, é claro, para quem anda com desempenho apenas bonzinho. Boa notícia, inversamente, para quem está melhor qualificado para tomar os lugares das possíveis vítimas.

AUTO-AVALIAÇÃO -- É por aqui, precisamente, que começa a auditoria da sua situação no emprego. "É extremamente importante que o executivo faça, de tempos em tempos, uma auto-avaliação realista do seu desempenho profissional para permanecer na rota certa", diz Neszlinger, da Microsoft. Mas essa auto-avaliação tem que ser realmente honesta, sobretudo para quem desconfia que pode estar deixando a desejar. É provável, bem neste momento, que haja pessoas mais qualificadas que você para desempenhar suas funções atuais. (Para quem acha que não, seguem-se duas hipóteses: parabéns, você é um sujeito formidável; cuidado, você pode se surpreender um dia desses). Mas é provável, ao mesmo tempo, que suas qualidades sejam superiores às de muita gente que ocupa cargos iguais ou até mais altos que o seu. Conclusão: os problemas de emprego do executivo possívelmente andam junto com suas oportunidades, e a questão é saber avaliar corretamente qual o peso relativo de uns e de outros no momento atual de sua carreira.

Hoje a maioria das empresas mais estruturadas tem processos formais para incentivar a auto-avaliação do executivo, mesmo que a iniciativa não parta dele. Os processos formais, sempre feitos no papel e checados periodicamente pelos superiores, utilizam ferramentas que vão dos planos de trabalho e metas a serem atingidas até a avaliação de desempenho e remuneração variável atrelada a resultados. Mesmo que a sua empresa não tenha essa estrutura toda, há meios de você se avaliar já que, ao menos as metas, ela tem. "Toda empresa tem idéia do ponto a que quer chegar e qual é a fatia do bolo que cabe a cada um de seus executivos", afirma Neszlinger.

O consultor Robert Hein lembra que aprendeu com um velho professor dos tempos de Harvard uma fórmula eficiente de se auto-avaliar: refazer o próprio currículo uma vez por ano, de preferência até na mesma data. "Comece relacionando seus objetivos para os próximos doze meses. Em seguida, analise que conhecimentos você terá que adquirir para alcançá-los", afirma Hein. "Se seus objetivos forem os mesmos do ano anterior e se você não teve que aprender nada de novo para atingi-los, ainda que tenha conseguido cumprí-los, das duas, uma: ou você está num lugar que não oferece oportunidades para aumentar e enriquecer seu currículo e sua experiência ou você precisa mudar seu modo de agir." Boa idéia, a do velho mestre de Harvard. Mas são muitas as técnicas de auto-avaliação e pouco importa qual se utilize, desde que se chegue a resultados efetivos. O essencial é que o executivo faça, constantemente, o balanço de seu desempenho.

Parte dessa avaliação não apresenta maiores mistérios. Obviamente, está com problemas o executivo que não recebe uma promoção há dois anos. "Se for uma coisa que simplesmente parou de acontecer e, pior ainda, parou de acontecer só para ele, aí o sinal é claro de que está na hora de procurar um amigo headhunter", diz Neszlinger. Mas existe a possibilidade de que a ausência de promoções esteja atrelada a outros fatores. Por exemplo: a empresa pode ter decidido dedicar, por dois ou três anos, uma parcela maior do seu lucro a um reinvestimento ou à uma recapitalização, como parte de um objetivo que visa atingir um resultado maior no futuro. Num caso destes a ausência de promoções não representa um mau indício. Só que o executivo tem que estar a par e de acordo com esta decisão.

OBSOLESCÊNCIA -- Da mesma maneira, é um sintoma perigoso estar realizando basicamente as mesmas tarefas há muito tempo. "A obsolescência do conhecimento é muito rápida hoje em dia", diz Mauro, da Booz-Allen. Ou seja, se a função do executivo o obriga a repetir-se no trabalho, é bom que ele trate de aprender outras coisas, pois a qualquer momento aquilo que faz pode cair em desuso. (Volte ao começo do século e imagine quanto faturava o melhor fabricante de charretes. Agora imagine quanto ele fatura hoje.) Da mesma forma, o cargo exercido pelo executivo pode tornar-se obsoleto. Por isso é tão importante adquirir novos conhecimentos. "Hoje o que o empregado tem para vender é a sua capacidade intelectual", diz Mauro.

Há outros indicadores de perigo facilmente notados. Você não tem sido convidado para reuniões importantes; seus subordinados estão sendo promovidos e você continua na mesma; seus superiores passam, sutilmente, a entregar determinadas tarefas a eles, não a você; você tem investido boa parte do dia resolvendo problemas particulares; você não tem feito muito esforço para aprender coisas novas ou reforçar o que já sabe. "Muita gente passa mais tempo cuidando da manutenção do carro do que aperfeiçoando as suas qualificações", diz Jeffrey Schmidt, diretor da Towers Perrin americana, num recente artigo da revista Fortune. Mesmo que se invista tempo no aperfeiçoamento de qualificações, como um curso intensivo de inglês, por exemplo, o perigo não desaparece. Se o executivo passa horas demais em treinamento fora do seu posto de trabalho, podem acabar descobrindo que ele não é assim tão necessário.

Indo adiante na lista de sintomas: você faz alguma coisa errada, ou tem um desempenho medíocre, e ninguém lhe chama a atenção. É sinal de que já perderam as esperanças com você. Ou o oposto: você não comete erros, mas também não se aventura a fazer nada de diferente, foge de tudo o que pode ser difícil de resolver e não se preocupa em buscar soluções melhores para os problemas da empresa. Traduzindo, você quer passar longe dos riscos. Abra os olhos aqui: assumir riscos é uma das qualidades mais valorizadas no mercado de trabalho de hoje. O headhunter David Ivy acha que cada executivo deve conduzir sua própria carreira e fazer alguma coisa por si mesmo, ainda que a empresa não faça nada. "Procure um abacaxi para descascar", diz Ivy. "E trate de descascá-lo direito."

Se você se encaixa em muitas das situações descritas acima, procure rever, com urgência, sua maneira de trabalhar, buscando eliminar o máximo de sintomas negativos. "Mude de postura, seja mais participativo, assertivo, engajado, enfim, comece vida nova", afirma Simon Franco. "Mas antes vá para outra empresa porque mudar uma imagem destas sem mudar de ambiente é muito difícil." Mesmo o executivo que passa com folga por essas barreiras mais óbvias tem que estar atento a uma outra série de fatores, mais sutis e menos evidentes, para chegar a uma avaliação realmente precisa de sua segurança no emprego e de seu potencial na carreira.

MEDIDA DO VALOR -- Na verdade, tais fatores talvez sejam, hoje, os mais importantes a considerar num balanço profissional sério. O primeiro e provavelmente mais crucial de todos: quanto valor o executivo está de fato agregando, com as tarefas concretas que desempenha agora, à empresa na qual trabalha? Esse agora é agora mesmo. "Não importa o que você fez no passado, se resolveu problemas, foi fiel, eficaz e presente. O que pesa é o que você faz hoje," diz Hein. Há vários elementos que, somados, ajudam a responder a essa questão-chave. O executivo acrescenta valor à empresa, em primeiro lugar, se os clientes dos seus produtos ou serviços obtêm alguma coisa útil, concretamente, por causa do trabalho que ele está fazendo. Se a função exercida não impacta diretamente o bem-estar ou a satisfação do consumidor, torna-se mais difícil (embora não impossível) medir o verdadeiro valor de seu ocupante para a empresa. Dave Ulrich, professor da Michigan Business School, resumiu recentemente o tema com uma pergunta simples feita na Fortune: "Você consegue ligar o trabalho que faz a alguém que esteja fora da sua empresa?" Ponto para quem pode responder sim, cartão amarelo para quem responde não.

Isso não quer dizer, é claro, que as posições de staff estejam em vias de extinção. De alguma forma elas dão estrutura para que as áreas de contato externo existam eficientemente, e, sem dúvida, continuam necessárias. Mas é certo que os executivos diretamente ligados com os resultados da empresa - receitas, lucro, crescimento, participação de mercado - são os que têm mais segurança nos momentos de turbulência. O melhor método de aferir se você agrega valor é fazer algumas perguntas cruciais a você mesmo. Uma delas: sem a minha participação e a participação do meu departamento o produto vai ser entregue ao cliente no prazo estipulado com a qualidade exigida? Se a resposta for "não", ótimo para você. "A pessoa tem que sentir que sem a sua participação, mesma que esta seja pequena, alguma coisa estará faltando no produto final, que a engrenagem não estará completa", diz Robert Hein. Outra pergunta: o trabalho do meu departamento traz vantagens diretas ou indiretas ao produto e ao cliente externo ou interno da empresa? É fundamental que a resposta seja afirmativa. "Ainda que você trabalhe 16 horas por dia, o que importa são os resultados", afirma David Ivy.

Robert Hein dá uma ilustração interessante de como o executivo poderia concluir se faz efetivamente falta para os bons resultados da empresa. "Pense que você morreu de repente e imagine o seu próprio velório", diz Hein. "Se os seus superiores estão entre os presentes e parecem tranquilos pois na empresa há duas ou três pessoas capazes de fazer o seu trabalho igual ou melhor, você não está somando nada. Mas se eles se mostram preocupados você está de fato agregando valor. Eles vão comentar entre si que não será possível encontrar em menos de um ano alguém que dê conta de realizar as suas tarefas com a mesma qualidade e rapidez. E vão dizer que provavelmente terão que colocar duas pessoas no seu posto."

Na mesma linha, é importante que o executivo saia um pouco de si próprio e procure olhar o seu desempenho com a visão dos outros. "Troque seus óculos pelos da empresa ou pelos do seu chefe e responda: se meu trabalho deixar de ser feito, ou se meu departamento desaparecer amanhã, alguém vai notar? Vai fazer mesmo diferença?", afirma Hein. O headhunter Simon Franco vai além neste raciocínio. "Não adianta você ser capaz de vender metade da cota da empresa sozinho se não for um indivíduo agregador, que sabe trabalhar em equipe, que aproveita a própria experiência para ensinar os outros a crescer", diz Simon Franco. "Se você é um sujeito permanentemente baixo-astral, crítico, rabugento e que não se integra, vão aturá-lo só enquanto não puderem abrir mão do bom vendedor que você é". Talvez tudo isso possa ser resumido numa questão simples. Se você fosse o presidente da empresa você se contrataria para o seu cargo?

SINTOMA DE TROCA --Para avaliar quão seguro é seu emprego é indispensável estar realmente bem informado sobre a empresa onde você trabalha, coisa que um número surpreendente de executivos não faz. Informe-se sobre resultados, endividamento, perspectivas mais a longo prazo. Troque idéias junto a concorrentes, fornecedores ou clientes e tente saber deles o que acham efetivamente da sua empresa. Informações valiosas podem ser obtidas aí e, sem dúvida, o ajudarão a concluir se há cortes no horizonte. "Procure saber se sua empresa contratou os serviços de uma consultoria de reorganização", afirma José Augusto Minarelli. "Este é sempre um sintoma de troca de pessoas".

Tão importante quanto isto é examinar rigorosamente o desempenho do seu próprio departamento. Qual a qualidade do produto ou serviço que ele oferece ao cliente e como se compara à dos concorrentes? O seu departamento está investindo, lançando novos produtos, iniciando programas de melhoria? E como funciona o esquema dos seus competidores? Eles estão conseguindo produzir igual ou melhor que o seu dapartamento, com menos gente? Outros pontos da auto-avaliação dizem respeito mais diretamente à situação do executivo em si. Hoje em dia o que uma empresa realmente quer do executivo é saber se ele tem conhecimentos que são críticos para a competitividade da empresa. Em outras palavras, a empresa quer saber se há coisas que só você sabe, se as suas opiniões são originais e se as perspectivas que você oferece vêm só de você ou podem vir de qualquer pessoa.

Outra coisa: o executivo tem que saber exatamente o que os seus superiores querem dele. Um número de profissionais maior do que se imagina tem deficiências neste ponto absolutamente básico, ou seja, não tem uma idéia clara do que se espera dele e do seu trabalho. É também fundamental saber a quantos degraus você está distante das pessoas que tomam decisões. Quanto mais perto você estiver, mais seguro pode se sentir. Muitas vezes, na hora do downsizing, as pessoas que decidem os cortes têm diante de si uma coluna de números e nomes. Se o seu nome é desconhecido e ninguém sabe o que faz ou quem é, você obviamente estará mais vulnerável. "É importante criar um network em qualquer lugar que se trabalhe, dentro e fora da empresa", afirma David Ivy. "Fazer um marketing pessoal na dose certa pode ajudar muito quando menos se espera".

Eis aí os instrumentos principais para o executivo fazer um balanço objetivo da sua situação dentro da empresa e do grau de segurança do seu emprego. Responder positivamente aos fatores principais significa que é praticamente certo que você esteja não apenas seguro no seu emprego, mas também com uma bela carreira pela frente. Mesmo que na empresa que você trabalha agora o quadro não seja dos mais favoráveis, não quer dizer que a sua capacidade de trabalhar esteja ameaçada. Na verdade, mais importante até do que saber se você está bem na sua empresa, é saber se você está bem com o seu trabalho. "A segurança não tem que estar relacionada ao emprego que se tem, mas à capacitação e ao valor do funcionário", afirma Maurizio Mauro, Booz-Allen.

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