Muitas
pessoas odeiam estudar e é fácil entender porque: isso
vêm da infância, quando éramos obrigados a passar horas e
horas
presos a uma mesa e uma cadeira, tendo que nos ocupar com
assuntos sem graça. Tudo o queríamos era brincar, sair
dali o mais
rápido possível. E realmente saíamos correndo, como
loucos, quando batia o sinal da saída.
Com o tempo,
crescemos, mas a criança que fomos não desaparece
totalmente; ela vai para "os bastidores", para o
inconsciente,
diriam alguns. Estudar é sinônimo de chatice para
essa criança interior, é trocar diversão por obrigação.
Mas, somos adultos e não queremos passar por ignorantes,
nem imaturos.
Então, declaramos que: "Não tenho tempo"
(Desculpa nº 1) ou "Não tenho dinheiro"
(Desculpa nº 2).
O pior é que essas
desculpas são automáticas, nem sequer analisamos se
são verdadeiras ou não. E é exatamente isso que
proponho fazermos agora. Vamos ver a questão do
tempo, primeiro. Você não tem mesmo tempo para
estudar?
Para responder
isso, considere que há coisas que você costuma fazer todo
dia, por algumas horas do dia, uma ou mais vezes por
semana. Ou seja, você tem uma certa rotina durante a
semana, não? Pois, coloque essa rotina por escrito,
marque todos os horários, anote tudo o que você
faz, seja trabalho ou lazer.
Agora, faça as
contas, some a quantidade de tempo que você gasta por dia.
Desconte, é claro, o tempo que você gasta para comer,
dormir e divertir-se. O que sobrar serão as horas
por dia em que você não faz nada... e não seria
ótimo aproveitar esse tempo em seu benefício?
É o que você pode
fazer. Já sabemos o seu tempo disponível. Agora você pode
decidir o que quer aprender, onde, como e quando.
De que maneira? Estabelecendo um horário, por escrito.
Lembra-se daqueles horários das matérias que você fazia
ou faz na escola? Então. Faça isso e deixe seu horário
bem à vista: isso vai lembrá-lo do seu compromisso de
aprender.
Mas, talvez você
seja uma pessoa ocupada demais e que só lhe reste uma
hora por dia. Antes de você desisitir, vamos refletir: será
que uma hora é tão pouco como parece?
Suponhamos que
você colocasse em prática um tutorial por dia, por uma
hora, e que só estudasse nos dias úteis. Mas, estamos
falando em aprender, não em decorar; é comum
precisarmos praticar duas ou mais vezes uma coisa para
aprendê-la de verdade.
Feitas todas as contas, vamos admitir, por hipótese,
que você aprendeu cinco técnicas em um mês, no
total.
É pouco pra você?
Mas, suponha que você levasse vinte minutos para
fazer uma determinada tarefa no Photoshop. Agora, usando
uma ou duas técnicas, entre aquelas cinco que você
aprendeu, gasta cinco minutos para fazer a mesma tarefa.
Ainda acha que não
valeu a pena?
Note que somente
tratamos, aqui, do tempo que lhe sobra, não do tempo
que você (talvez) desperdice. A esse respeito, só
posso
lhe dizer que qualquer carreira que você escolha
seguir exigirá tempo e dedicação, no mínimo. Para
aprender qualquer coisa,
compromisso e disciplina são fundamentais. Não se pode
fugir desses fatos.
Isso responde, em
parte, à questão do dinheiro: a maioria dos
profissionais que conheci não fez cursos caros e certas
coisas
aprenderam na prática, não na teoria. Sem contar aqueles
que são totalmente autodidatas.
Não sou contra
escolas, de maneira alguma. Uma boa escola pode ajudar muito,
sem a menor dúvida. O que quero dizer é que você
não deve (nem pode) esperar aprender tudo ali. Há
informações que você achará em outras fontes: na
internet, em livros, jornais e revistas; conversando com
profissionais... e há coisas que apenas a prática
(prática, eu repito) pode te ensinar.
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