A cavalgada

O luar banha a solitária estrada...
Silêncio! ... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha

Autor: Raimundo Correia
In GONÇALVES, AQUINO & SILVA (orgs). Antologia escolar da literatura brasileira - poesia e prosa. São Paulo, Musa Editora, 1998.

Voltar à página principal

Hosted by www.Geocities.ws

1