Antes de iniciar, gostaria de dizer que no momento não tenho nenhuma grande obra abordando Os Templários - apesar de já ter lido duas há alguns anos. Por isso, me solidifico em poucas linhas de enciclopédias, e  na minha memória. Depois de já inciada esta, recebi uma outra bela materia, obra
de Carlos Raposo - ao qual já deixo meu agradecimento pela genialidade e pela força -, e que foi fundamental em alguns parágrafos da qual você lê  agora.

Recordo o nome de um dos livros, o qual índico e, é de grande valia! Este é: "Templários, os Cavaleiros de Deus" de  Edward Burman (Ed. Nova Era). O outro não recordo e não era tão 
bom quanto esse. Em muitos assuntos os livros que li divergiam em alguns pontos.

O qual indico, não se limita a pesquisa em outras obras literárias, indo além, buscando 
seu conteúdo em documentos historiocos inclusive.
Tenham uma boa leitura!

Contatos com o autor: Luiz Marques  ([email protected])


 
 
 
 
 
 
 

Ostentando seus mantos com a cruz
um Cavaleiro do Santo Sepulcro,
um Monge-Soldado da Ordem 
de Malta, um Templário, um
combatente da Ordem    da 
Espanha, e um Cavaleiro 
Teutonico.
 
 

Breve Histórico da Cavalaria

Por volta de 1099 toda nobreza e a igreja estavam empregnadas pela idéia da Cavalaria. As fábulas do Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda eram a grande inspiração (ou aspiração) de  todos. Nesse ano, Jerusalém volta às mãos cristãs (conseqüência da Primeira Cruzada, ocorrida no final do século XI e liderada por Godofredo de Bouillon), que desde 1071* estava nas mãos dos turcos seldjúcidas.  Porem, esse domínio era frágil! Além disso, havia o perigo de assaltos e obstáculos naturais durante peregrinação. Com os turcos no caminho, e a extrema instalbilidade de Jerusalém nas mãos cristãs naquele momento, sob o papado de Urbano II, que nutria o sonho da união dos cristãos ocidentais com os orientais -  e claro, comandar todos -, em nome dos valores do cristianismo surgem, então,  as Ordens de Cavalaria, da qual a mais notável e controversa foi sem duvida a dos Templários!
*Desde fins do século VII, Jerusalém não pertencia mais à cristandade. Os   muçumanos detinham o domínio. Curiosamente, os cristão europeus tinham   livre acesso a Jerusalém, quando essa estava sob o comando do Islam.
Cavaleiros Pobres do Templo de Salomão
Em plena enfervecencia das Guerras Santas (cada um defendendo o "ponto" de  vista de seu deus), em Jerusalém, foi fundada uma Ordem em 1118, liderada por Hugues de Payens, um  homen provido da região de Champagne, com mais oito cavalerios, que vieram da Grande Cruzada e eram chamados de: Os Cavaleiros Pobres de Cristo. Adotaram a regra de Santo Agostinho e comprometeram-se a policiar a terra santa. Bauduino II, então rei de Jerusalém,  instalou os cavaleiros nas proximidades, e segundo alguns, no próprio Templo de Salomão*. Seu nome veio a ser então, Cavaleiros Pobres do Templo de Salomão, depois abreviando apenas para Cavaleiros Templários ou Ordem do Templo, o que convenhamos, era o mais sensato devido aos fatos dos anos vindouros.
 
* Dizem que é o Templo de El-Aqsâ


Payens retornou a França com a intenção de  consolidar e expadir sua Ordem de Cavalaria. Encontrou no Moge de Clairvaux, um grande entusiasta, um   incentiavador e quem mais entercedia  em relação à igreja. Futuramente   canonizado, Clairvaux se tornaria São Bernado. São Bernardo pode ser   considerado o padrinho da Ordem do Templo. Os Cavaleiros tinham um juramento de nunca  fugir de uma batalha e nem se render ao inimigo. A Ordem Templária expandia-se por toda Europa. Notavelmente - como veremos mais adiante - na península Ibérica teve um de seus maiores méritos como guerreiros e, a eterna gratidão da corte espanhola. Os Templários, geralmente eram dividos em três grandes classes: os Cavaleiros que constituíam o corpo combatente de eleite, os Serventes de Armas, que combatiam a pé ou serviam de enfermeiros, os Clérigos que desempenhavam funções de capelão, e o superior a todos, o Grão Mestre, eleito por toda vida e subordinado somente ao papa. Nem nobres e nem reis podiam dar ordens aos Templários.

O Orgulho Templário e a Desvinculação  do Lado Espiritual

Os Templários rapidamente cresceram, conquistando posses (templos, terras,   palácios, etc...) e solidificando-se politicamente. Se tornaram os banqueiros, onde os peregrinos - incluindo reis -, depositavam seus bens em um templo para resgatar em outros, tamanho era o poderio econômico dos Templários nos ainda  poucos anos de existência da Ordem. Também em pouco tempo, os ideais implantados por Hugues de Payens e São Bernardo se evaporaram. Onde deveria haver "o romantismo da defesa à fé cristã contra os profanos" (leia-se qualquer um não cristão, ou quem iria contra o clérigo e o Estado), à proteção dos peregrinos, pobreza e obediência... foi dando espaço à fortuna, ambição, orgulho e arrogância.

Os Templários na Ilha de Chipre

Fato interessante ocorreu na ilha de Chipre, onde a população  furiosa com a  arrogância Templaria resolveram linchar a pequena quantidade de Templários no palácio da ilha. "Fieis" ao juramento de não se renderem nem abandonar um batalha, saíram bravamente para enfrentar um inimigo muito superior  em números, antes de serem encurralados no próprio palácio. E saíram vitoriosos e triunfantes deixando para trás um mar de sangue de suas vitimas.

O Sultão Saladino

Grande desafazem em todas Ordens de Cavalaria, mas principalmente na dos  Templários foi atribuída aos turcos (em união com os árabes) sobre o comando do genial Sultão Saladino.  Os Templários eram o motivo de orgulho dos turcos, quando esses  eram derrotados e mortos, devido aos prodígios de guerreiros dos Templários.

O Fim da Ordem do Templo

Toda a saga Templaria durou até o ano de 1314. Felipe, o  Belo , rei da França, talvez de olho na fortuna dos Templários  encerrou a Ordem em 1307, e mandou prender quase todos Cavaleiros Templários  no território francês. Os Templários foram interrogados, submetidos à torturas, e assim alguns confessaram diversos "crimes". As posses da Ordem do Templo, foram doadas pare a Ordem do Hospital. O processo se estendeu até 1314. O Papa Clemente V, entregou os Templários ao Rei, uns foram torturados e mortos e outros queimados na fogueira. 

Jacques de Molay, ultimo Grão Mestre da Ordem, foi queimado sob acusações de heresias,  todas familiares às vitimas das fogueiras: adorar o demônio, renegar cristo, homossexualismo, etc..

Voltemos um pouco no tempo... Conta-se que Felipe não foi aceito na Ordem do Templo, e  prometeu a um arcebispo medíocre e ganancioso que o ajudaria  a se tornar papa em troca de favores. E então, o Arcebispo Beltrão de Got, subia ao Trono de São Pedro no ano de 1305, como Papa Clemente V.

Reza a lenda que, com o corpo já em chamas, ouviu-se a forte voz de Jacques de Molay, amaldiçoando o papa, o Rei e sua família: que se os Templários tivessem sido injustamente condenados, que o papa Clemente fosse convocado em quarenta dias, e o Rei Felipe dentro de no máximo um ano, para o julgamento final de Deus.

Se isso é ou não verdade, não se pode afirmar. Contudo, Clemente morreu trinta e três dias depois e o Rei Felipe, o Belo, o seguiu em pouco mais de seis meses.

Os Templários ainda foram fundamentais na península Ibérica! Sem  a ajuda deles, os mouros não seriam expulsos da Espanha. 
 
 

Conclusão 

Talvez eles (Clemente V e Felipe, o Belo) estivessem certos! Os Templários podiam estar representando uma ameaça ao Estado ditador e a igreja hipócrita. Jacques de Molay talvez tenha errado em não batalhar, como o juramento pedia. Ou talvez, ainda confiasse na impunidade aplicada aos Templários (que abraçou em suas filas homens louváveis e outros  opostos à isso) em todos esses anos. Talvez, se lutam-se, o mundo teria uma história diferente, não sei se melhor ou pior, depende do ponto de vista e depende de quem venceria.

Várias Ordens e ocultistas em geral reivindicam o conhecimento Templário. Nem vale a pena citar, mas em quase todas as Ordens pós inquisição, seja estas ditas "lojas brancas" ou "seitas negras", usam o  nome Templário e explicam seus posicionamentos atribuindo a herança de Jacques de Molay e seus companheiros  de Cavalaria.

Acentuado por palavras de ocultistas de renome como Eliphas Levi e Anton Szandor LaVey, essa mística fortalece ainda mais. Por outro lado, digamos, mais cético, pura e simplesmente poderíamos dizer que os Templários eram guerreiros dos mais bravos e bem preparados, provindo daí seus méritos e glorias nos combates. Sua riqueza além dos saques aos "profanos", também resultava do não retorno de nobres que seguindo na perigrinação à terra santa, confiavam suas riquezas aos Templários.

Talvez todo homem que busca  a magia e, em toda divergência que há entres uns  e os outros, se identifiquem com o [quase] sucesso da Ordem do Templo, com o   status, com a coragem e  perseverança de seus Cavaleiros. 

A bandeira Templaria ainda trêmula gloriosa, o selo Templário está claramente estampado na história, mas principalmente no coração, mente e sonhos dos   homens de hoje, e ao que parece, assim será por toda eternidade, de uma forma ou de outra.


- Luiz Marques © 2000 -

Palavras Para Reflexão...

"...Queres ver agora algo menos fantástico, mais real e verdadeiramente terrível? Pois te farei assistir ao suplicio de Jacques de Molay e de seus cúmplices, ou de seus irmãos de martírio... Mas não te enganes e não confunda o culpado com inocente. Os Templários adoraram realmente Baphomet ou terão dado humilde abraço à face traseira do Bode de Mendes? O que era, pois, a associação secreta e poderosa que pôs em perigo a Igreja e o Estado e que exterminaram sem ser ouvida? Não julgues nada superficialmente; são culpados de um crime, permitiram que os profanos vissem o santuário da antiga iniciação; recolheram para repartir entre si, e se fazer donos do mundo, os frutos da ciência do bem e do mal. O decreto que os condena remota além do próprio tribunal do papa ou de Felipe, o Belo. "No dia que comerdes deste fruto morrerás", dissera o próprio Deus, conforme vemos o Gênese."

O que ocorreu no mundo e por que os sacerdotes e os reis tremeram? que poder  ameaça as terras e as corroas ?...."

-  Eliphas Lévi Zahed (Dogma e Ritual da Alta Magia) - 

"Sim, nossa convicção profunda é que, os Grãos Mestres da Ordem dos Templários adoravam Baphomet e o faziam adorar por seus iniciados;..."

-  Eliphas Lévi Zahed (Dogma e Ritual da Alta Magia) -

"O símbolo de Baphomet foi usado pelos Cavaleiros Templários para representar Satã. Através das épocas este símbolo tem sido chamado por muitos nomes  diferentes. Entre eles estão: The Goat of Mendes, The Goat of a Thousand Young, The Black Goat, The Judas Goat, e talvez mais apropriadamente, o bode  expiatório."

-  Anton Szandor LaVey (The Satanic Bible) -

 
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