Doutrina Católica

DOUTRINA CATOLICA

DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA

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Algumas reflexões sobre a doutrina social da Igreja

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Os homens são iguais aos olhos de Deus, pela razão fundamental de terem sido criados à imagem e semelhança desse mesmo Deus, conforme o relato bíblico constante do Livro do Gênesis.

A vida humana é, por conseguinte, sagrada. Não matar é uma proibição de procedência divina, uma expressão da vontade de Deus; constante das Tábuas da Lei de Moisés. Possuímos a mesma dignidade e os mesmos direitos, como pessoas humanas.

Há todo um conjunto de direitos humanos que são universais e inalienáveis como decorrência da unidade do gênero humano; por exemplo : o direito à vida, à opinião, à propriedade, o direito de ir e vir, o direito de reunião e expressão, o direito a uma fé religiosa e etc. Outros direitos possuem caráter mais restrito e decorrem dos acidentes que nos diferenciam, são direitos condicionados, como o direito de acumular bens e outros direitos específicos , que pressupõem condições prévias .Nessa categoria de direitos - a categoria dos direitos restritos - é onde a igualdade fica condicionada a pré-requisitos para o seu exercício.

Somos , também , por conta da nossa natureza espiritual comum à de Deus, possuidores de uma alma imortal remida pelo Cristo , e somos livres em nosso arbítrio, porque somos ,efetivamente, senhores de nossos atos, possuímos as faculdades do juízo e da razão , porque nossa alma é racional.

Cumprimos vocações naturais e espirituais diferentes ; formamos o corpo místico do Ressuscitado que é a própria Igreja do Cristo, como dito por São Paulo, Apóstolo.

O Cristo é a cabeça dos homens, Deus é a Cabeça do Cristo. Os homens cumprem vocações, diferentes, "chamados" interiores distintos , em união indissolúvel com o Espírito Santo de Deus. A unidade dos cristãos que cumprem vocações especificas, se faz sempre no interior da Igreja ; e essa diversidade se expressa também na vida civil.A Igreja é a unidade da diversidade.

Não somos, não podemos ser , iguais , ao cumprir essas vocações, porque elas foram estabelecidas por Deus para o enriquecimento recíproco daqueles que formam o Corpo do Cristo. Para o bem de todos, existe a desigualdade . Experimentamos uma diversidade enriquecedora , na própria unidade!

Porém, a graça que toca a um irmão deve atingir necessariamente a todos , porque a Igreja é comunhão no tempo no espaço e principalmente para além do tempo e do espaço, na própria eternidade.

A possibilidade da diferença foi oferecida pelo próprio Espirito Santo aos homens.

A hierarquia espiritual e social existe para o bem dos homens , na organização da Igreja terrena e da sociedade temporal. Foi o próprio Cristo quem decidiu estabelecer distinções entre seus discípulos e apóstolos.

Fazer desaparecer as distinções é um absurdo; um pecado contra a vontade divina que estabeleceu essas distinções.Por outro lado perpetrar desigualdades injustas, fruto do pecado , também é inaceitável para um cristão . A virtude fundamental é seguir o caminho da caridade e da fraternidade, como também , e , principalmente, a virtude da humildade , perseverando nas vocações e nas nossas diferenças enriquecedoras, ajudando os desfavorecidos a saírem do jugo do mal, através do amor de Cristo.

O Cristo se faz presente no próximo, em nossos semelhantes. O serviço de Deus é o serviço do próximo. A caridade é sempre benigna, ela é um antídoto permanente contra o pecado , contra a injustiça e contra o egoísmo.

Por isso, devemos aceitar as determinações naturais , legitimamente, instituídas por Deus , para o bem-comum , e combater as diferenças ilegítimas , sem descanso.

Autor: Prof Everton Jobim

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