Deprimir-se


Deprime-me a colheita de orvalho das manhãs.

O berço de ouro reluz promissor no carrinho

A poeira inválida dos fios desenrolados de lã

Num emaranhado de dúvidas em desalinho.


Deprime-me, pois, o que não tenho de meu;

O medo impróprio de encontrar-me sozinho

Inquieto Ser interior, intensamente ateu...

A tempestade atroz sob torturas do vinho.


Deprimem-me as cartas escassas de amor

E a solidão ferina do velho Pelourinho:

Excêntrico quadro à cidade de Salvador.


Deprime-me Dalí, mais ainda a alquimia;

Os versos feitos com a areia do moinho

Grãos de palavra sem nenhuma poesia!

Achel Tinoco



Formatação Iraci

 

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