O Desconhecido
Algum poeta canta a vida Porque todos choram; Mas eu sinto na pele Um desejo de voar Sobre a madrugada Porque todos dormem E eu não posso gritar Que estou escrevendo. Um poeta sem júbilo Enleva-se com a morte No limiar da loucura Quando todos morrem E eu começo a viver.
Algum poeta se eterniza. Há imortalidade nos versos Quando todos acordam; Mas ainda sinto nas asas Um desejo louco de voar Porque todos se calam E eu não!... Não sei gritar ao poeta Tirando a vida, sem dó, De um arpejo intocável Sob ontem à noite Quando todos vivem E eu começo a morrer.
Formatação Iraci
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