O Desconhecido


A cidade silencia nos becos.

Algum poeta canta a vida

Porque todos choram;

Mas eu sinto na pele

Um desejo de voar

Sobre a madrugada

Porque todos dormem

E eu não posso gritar

Que estou escrevendo.

Um poeta sem júbilo

Enleva-se com a morte

No limiar da loucura

Quando todos morrem

E eu começo a viver.


A cidade renuncia aos becos.

Algum poeta se eterniza.

Há imortalidade nos versos

Quando todos acordam;

Mas ainda sinto nas asas

Um desejo louco de voar

Porque todos se calam

E eu não!...

Não sei gritar ao poeta

Tirando a vida, sem dó,

De um arpejo intocável

Sob ontem à noite

Quando todos vivem

E eu começo a morrer.


[Achel Tinoco]

Formatação Iraci

 

 

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