Despertar


Ano de 778
Roncesvalles, Espanha

O ar frio e rarefeito das montanhas misturava-se a uma fina neblina. Rolando permanecia alentado em seu cavalo. Tinha os olhos voltados e perdidos nos Pirineus e sua espada continuava embainhada, mas isso não ocultava a pose de pujante guerreiro e grande comandante que levava consigo. Apesar disso, sua face era serena, e detinha um sorriso agradável enquanto o vento acalentava seu rosto. O bravo guerreiro que havia cavalgado alguns metros e agora se encontrava à frente da tropa é, na verdade, o sobrinho e conselheiro do Rei Carlos Magno¹. Levava consigo a espada de nome Durandarte, companheira de muitas batalhas, e uma trompa que havia sido dada pelo próprio rei. Os Doze Pares, a tropa de Rolando, permaneciam numa ansiedade contida, em meio à grama rasteira do lugar. Cinco destes ainda montavam guarda, mas tudo se mantinha numa absoluta calma. O garboso comandante desceu da montaria e voltou para junto da tropa. Em si, guardava todo o orgulho que sentia pela honra que lhe havia sido dada: o rei seguiu para o Reno e deixara-o encarregado de sua retaguarda. Aquém disso, preocupava-lhe o espírito deixar o monarca a sós com Ganelón. Este caudilho Cristão também era conselheiro de Magno, mas Rolando não confiava nele, principalmente após o pedido de paz do rei Marsilo. Para Rolando, aquela proposta era apenas uma armadilha, mas Ganelón acreditava cegamente nas boas intenções deste rei.

Rolando sente um tremor de terra e um barulho contínuo que vem distante, de trás das colinas, e que se aproxima. Toda a tropa também escuta e agora levanta-se assustada. Daqueles montes descem gritos ferozes, armaduras tremeluzem e as espadas refletem a luz do sol. Uma tropa imensa de Sarracenos, inimigos do rei, esconde toda a relva enquanto vem para o combate. O som dos gritos soma-se com o ranger das espadas e uma enorme batalha começa. Contava-se dez inimigos para cada um dos liderados por Rolando, mas esses não deixaram que a desvantagem os abatesse. Com armas em punho e o coração em chamas, Rolando e os Doze Pares fazem com que as espadas faísquem e que a grama fique manchada com o sangue dos inimigos. Grandes gladiadores, porém, para cada oponente que se derrubava, parecia que outros dois surgiam. Então, a fadiga lhes alcançou e eles começaram a cair. Oliveiros, braço direito de Rolando, com a armadura coberta do sangue inimigo, roga ao seu comandante que toque a trombeta, em pedido de auxílio. Mas Rolando, confiante guerreiro, dispensa ajuda, acreditando somente em sua espada. Eles continuam. Durandarte sobe e desce com um silvo, fazendo cair os adversários que se aproximam. O céu começa a escurecer e vêem-se as setas que atravessavam o ar, cravando a esmo, hora em oponentes, hora em aliados.

A grama já não podia ser vista, coberta de corpos dos Sarracenos. O próprio Rolando já tinha o corpo atravessado por algumas flechas, mas isso não impedia de continuar a lutar vigorosamente, mas não com o mesmo ardor do início. Mesmo com todo o empenho, Rolando viu que sua tropa sucumbia à enorme força inimiga. Oliveiros lhe suplica novamente e é atendido por seu comandante: um som tão forte quanto um trovão é ouvido, a trombeta finalmente mostra sua imponência no campo de batalha. Oliveiros vê a todos que lutavam, parar e enterrar as mãos nos ouvidos, devido ao rugido do instrumento. Vê também animais se esconderem nas florestas, o céu e as nuvens cessarem seus movimentos por alguns segundos, também experimenta em sua espinha um calafrio como nunca sentira antes. Diz-se que pássaros caíram em pleno vôo, e que todas as crianças da região despertaram assustadas.

O chamado chegou também ao mui poderoso rei, Carlos Magno, que voltou com toda sua comitiva e seu exército em auxílio ao conselheiro e sobrinho, mas ao chegar pôde somente enterrar com mérito sua fiel tropa e destruir as centenas de corpos inimigos que eles levaram consigo, sendo fieis até o fim. Em honra a eles foi construída a capela funerária de Sancti Spiritus, e a pedra em que Rolando tentou quebrar Durandarte para que essa não fosse para a mão dos Sarracenos, mas não conseguiu, sendo ambos enterrados incólumes, até hoje é um marco.

 

O NOVO ALVORECER
Despertar

O estalar de fagulhas de uma fogueira fez Juan acordar do sonho. Levantou-se com as costas um pouco doloridas, não acostumadas ao primeiro dia de acampamento. Ele e Enrique acampavam em uma fazenda. À sua direita um vinhedo magnífico, com vistosas uvas, agora escondidas pelo calar da noite. À esquerda, uma parte de mata nativa que se acabava na terra da pequena clareira em que eles se encontravam. As chamas iluminavam a face de Enrique, que estava sentado olhando para Juan.

O garoto recobrou à mente o que havia se passado. Depois do tiroteio em Madri, eles foram para Pamplona e de lá vieram para Roncesvalles, onde permaneceram até o início da noite para assistir a missa, celebrada segundo antigos ritos medievais. Ainda ecoavam em seus ouvidos as preces ora em Latim, ora em Espanhol. Juan lembrava de parte da oração que acompanhava os peregrinos desde o século XI: "Oh, Senhor, por cuja palavra todas as coisas se santificam, nós vos pedimos que bendigais esta mochila e este cajado, para que este peregrino que os leva possa chegar incólume ao sepulcro do Apóstolo Santiago, para onde se dirige...".

Apesar de Juan não ter uma formação católica, gostara muito do que ouvira. Toda a lenda e os mistérios que cercavam o Caminho eram de certa forma estimulantes e ele ficara empolgado por começar a caminhar. Após a missa, Enrique o viu pacientemente rezando a sós. Rezava por Anne, já que não pudera acompanhar seu funeral. Na saída da cidade, eles pararam para ouvir um contador de histórias que lhes narrou a batalha que ocorrera na cidade em 778. Tudo era por demais excitante que Juan até sonhara com Rolando e seus Doze Pares². Então se puseram a andar com destino à próxima cidade, Larrasoaña, mas pararam em uma das fazendas. Enrique conversara com um simpático casal de velhinhos, que de bom grado deixaram que os dois acampassem em meio à fazenda. Após isso dormira um pouco, mas pela densa escuridão que a noite apresentava, ainda era de madrugada.

Enrique deu ao garoto um cacho de uvas e esperou que ele comesse. Então, de modo um tanto cerimonial, fez que Juan sentasse à beira do fogo e começou a falar:

- Tardamos a começar essa conversa e agora já não podemos esperar. Em poucos dias aconteceram muitas coisas dolorosas e que o deixaram confuso. Irei explicar-lhe conforme o possível. O fundamental você já sabe. Recebeu a maior benção e a pior maldição: agora você é Imortal.

Juan divagou após essas palavras. Relembrou de como inexplicavelmente acordara no necrotério, da batida de carro e como voara pelo pára-brisa, dos tiros no galpão e em Madri. Tudo era incrível e um tanto medonho. Então se animou a perguntar:

- Por quê? Quer dizer, eu fui escolhido ou o quê? Alguém me deu uma poção mágica? Fez algum ritual, sei lá?

- Essa é a parte que eu não posso lhe explicar. Não porque não queira, mas porque não sei. É como se me perguntasse por que o beija-flor é único animal que pode parar em pleno vôo. Um dom? Uma evolução da natureza? Uma brincadeira de Deus? Ele apenas nos fez assim e não nos deu todas as respostas. O que sei é que somos destinados a ser Imortais desde quando nascemos. Se acontecesse algo, como aconteceu com você, a um dos que são destinados a ser Imortais, eles se transformarão. Se você tivesse, por exemplo, morrido de uma doença qualquer, estaria no chão e de lá não sairia.

- Quer dizer que preciso morrer de uma forma, digamos, diferente para me tornar Imortal? E como assim destinado? Como você sabe que sou ou não destinado?

- Lembra-se da sensação que sente quando não estou perto e depois volto? Um zunido no ouvido, uma ânsia por dentro, o corpo formiga e a cabeça lateja? Com isso você pode sentir um Imortal. No caso se a pessoa é destinada a ser Imortal, podemos também sentir uma sensação, mas diferente. Chamamos essas pessoas de pré-Imortais. Alguns costumam chamar essa sensação que você teve de Buzz. Sempre que um Imortal chegar perto de você, irá sentir.

- Espera um pouco! Então quer dizer que existem mais Imortais?

- Mais do que eu desejaria.

- Por quê?

- Existe uma antiga lenda que vem de muitos milênios atrás. Essa que pode ser verdade ou não, guiará sua vida a partir daqui. Dizem que um dia acontecerá o Encontro. Todos os Imortais da Terra sentirão algo que os levará para um certo lugar e lá eles lutarão pelo Prêmio.

- Prêmio? Vamos com calma. Que prêmio?

Enrique respirou profundamente. Aquela seria uma longa noite e com certeza iria ter que relembrar muitas coisas antigas.

- A verdade é que não somos totalmente Imortais. Tem uma e somente uma única forma de nos matar. Separando a cabeça do corpo, ou seja, nos decapitando.

Juan gaguejou algo, estava realmente surpreso com aquilo. Mas ficara mais assustado pela naturalidade que Enrique estava conversando. Depois da revelação naquele hotel, quando Enrique falou a primeira vez sobre Imortalidade, Juan não pensou muito no assunto, tinha o espírito muito denso.

- Por que eu tenho a impressão que você está me contando a história de Chapeuzinho Vermelho Imortal?

Enrique demorou-se a rir, mas depois continuou:

- Sei o quanto é difícil, principalmente no começo. Mas deixe-me continuar: existe outra coisa. Quando um alguém como nós mata outro Imortal, existe algo que chamamos de Iluminação.

- Vocês têm necessidade de dar nome pra tudo?

- Com o tempo você se acostuma. Então, quando isso acontece todo o poder, inteligência e vivencia do outro Imortal vencido passa para aquele que ganhou a luta. E não adianta me perguntar como, apenas acontece.

- Interessante!

- Você não achará tão interessante quando outros Imortais vierem atrás da sua cabeça. Imagine, eras de pensamentos, idéias, vivências, sendo adquiridas assim, em um segundo! Imagine o poder, mas também a ambição que trará para muitas pessoas. Por isso, vivemos em uma eterna luta. A lenda diz que no fim, só pode haver um!

- Que fim? E como assim um? Um de nós?

- Exato! Somente um Imortal vivo na face da Terra. O fim é a hora do Encontro. E dizem que quando somente um Imortal restar, ele terá o poder de um Deus, suficiente para governar o mundo por eras.

- Mas...

- Lendas, garoto! Ando nesse mundo por mais de cinco séculos e até hoje o Prêmio é uma lenda.

- Deixa eu ver se entendi: existem Imortais na Terra. Eles se reconhecem por causa daquele sentido estranho que vocês chamam de ...

- Buzz!

- Sim, Buzz! - Juan continuou - Lutam um contra o outro e se tiram a cabeça, o poder do vencido passa para o vencedor. E quando um dia, sabe-se lá quando...

- Na verdade, dizem que é quando restarem poucos de nós. - disse Enrique, interrompendo-o novamente.

- Que seja! Quando restarem poucos Imortais, esses se reunirão e lutarão para se tornar um Deus?

- Vejo que aprende rápido.

- É porque é tudo tão simples e óbvio - Juan dizia num sarcasmo contido.

Enrique continuou a fitar o garoto.

- Tudo tão simples...

*************

Dois dias atrás

Eduardo e Édina continuaram em silêncio, quando entraram no aeroporto. Haviam permanecido assim durante o tempo em que estavam no carro, Édina apenas havia feito algumas ligações no celular, mas somente isso. Ambos estavam cansados pela cena que acabaram de armar, mas pelo menos a polícia demoraria um pouco mais antes de descobrir que o detetive havia sido assassinado. O saguão do aeroporto estava pouco movimentado e eles se dirigiram até um posto dos seguranças. Um homem com cerca de quarenta anos, uniforme de segurança, abriu um grande sorriso ao ver a dupla que caminhava em sua direção. Ele saiu da guarita e com seu imenso sorriso, apertou a mão dos dois e os cumprimentou com grande empolgação:

- Fico feliz em poder ajudar, nunca achei que poderia, ficando nesse fim de mundo! Mas é uma grande alegria ver dois agentes de campo, muita alegria!

- Agradeço - respondeu Eduardo - poderia nos mostrar a fita?

- Sim! Acompanhem-me, por favor!

Ele conduziu os dois pelo aeroporto, levando-os para a central de segurança. Quando entraram se deparam com uma pequena sala, com dois computadores e várias televisões que mostravam imagens das câmeras de vigilância que estavam espalhadas por todo o aeroporto. O segurança abaixou-se e pegou uma fita cassete em um pequeno armário, abaixo das televisões. Colocou-a em um dos aparelhos e começou a adiantar a fita com o controle remoto. Depois de alguns minutos ele parou:

- Aqui! Do lado do rapaz de cabelo comprido. Não acreditei quando vocês falaram pelo celular e menos ainda quando vi. É realmente o garoto que foi morto!

- Conhece o outro? - Eduardo interveio.

- Não, mas consegui saber pra onde eles estão indo: Pamplona.

Édina rapidamente pegou o celular e começou a discar alguns números:

- Vou avisar a central de lá!

- Espere - o segurança continuou - se eu rodar mais um pouco a fita, podemos perceber algo na mão deles. Olhem!

- O que é? - Eduardo perguntou.

- Me parece uma credencial do peregrino.

Ela ainda tinha o celular nas mãos e estava visivelmente irritada pela demora dos dois, quis saber logo o que isso significava.

- Este é um documento usado por aqueles que pretendem percorrer o Caminho de Santiago. Serve para poder ficar em algumas estalagens e entrar em alguns lugares gratuitamente.

O rapaz mostrava-se empolgado em ver os dois prestando atenção em si, então continuou sua linha de raciocínio:

- Se eu estiver certo, eles provavelmente irão para Madri e de lá para Roncesvalles ou Saint-Jean-Pied-de-Port. Como eles já devem ter chegado em Pamplona, será difícil localizá-los agora, sendo melhor concentrar a vigilância em Madri. Lá vocês poderão encontrar os dois!

- Que seja - Édina foi novamente ao celular, mas Eduardo interrompeu-a:

- Espere! O responsável por Madri é...

Édina fez uma cara pesarosa e suspirou profundamente enquanto ouvia a chamada do telefone.

- Não gosto de trabalhar com ele, mas vou mandar que coloque uma sombra no garoto González e seu acompanhante.

Eduardo assentiu. Pediu, então, para que aquela gravação fosse colocada no computador e que fotos dos dois fossem impressas e distribuídas. Após isso, a dupla seguiu para Madri.

*************

Presente

Juan enterrou a cara entre as mãos. Sentiu a doce brisa noturna que trazia o perfume das videiras que se misturava ao cheiro de terra do lugar. A fogueira ainda estalava, enquanto ouvia as folhas das árvores se balançando. Afinal, o que era tudo isso? Não morrer e pensar que logo vários loucos estarão vindo atrás de sua cabeça. Como tudo isso é revoltante.

- Não quero participar disso.

- Infelizmente, não cabe a nós decidirmos.

- Eu quero ficar com Anne. Sinto falta dela!

Não agüentando mais, o garoto começa a chorar. Enrique, que estava longe alguns passos, jogou na fogueira os gravetos que apanhara, bateu as mãos na calça e se agachou do lado de Juan.

- A vida é assim Juan. Já vi muita gente querida indo embora. Quantas vezes não daria tudo por mais um segundo com elas, mas não posso. E tenha certeza que eu o ajudarei no que puder. Lembre-se que por mais que isso seja ruim, tem seu lado bom. Se for esperto, poderá viver por séculos. Ver povos e civilizações indo e sumindo. Poderá assistir a continuação da maioria dos seus filmes prediletos...

Enrique deu um sincero sorriso com a piada. O garoto esforçou-se um pouco para retribuir, mas aos poucos, suas lágrimas pararam. Enrique levantou-se e ficou a observá-lo, depois foi até sua bolsa e a abriu, retirando de dentro dela algo longo embrulhado com um pano. Ele foi até Juan, colocou o embrulho ao lado do garoto e se afastou, ficando de costas para ele.

- É um presente. Abra-o.

Juan tirou o pano e viu o seu conteúdo. Ele envolvia uma espada espanhola, toda prateada e com a guarda ornamentada. Os olhos de Juan se surpreenderam, sua mão se retesou e começou a tremer. Ainda podia ouvir claramente em sua mente, quando esteve prestes a matar aqueles dois desgraçados que haviam sido responsáveis pela morte de Anne:

"- Eu não sei. Ele tinha uma espada, prometeu grana alta, disse pra estarmos aqui hoje, mas ele não apareceu. Eu não sei mais nada, juro!".

Agora Juan se tremia por inteiro, seu sangue fervilhava nas veias. Era esse o segredo que o maldito esteve guardando até agora. Foi ele! Foi ele quem mandou matar Anne. O filho da mãe agora vai pagar!

Juan pegou a espada. Não sentiu o peso dela, não sentiu o peso do seu corpo, não sentiu mais nada, somente ódio. Então, ele atacou. Um grito gutural surgiu sendo acompanhado pelo golpe da espada.

- Desgraçado! Morra!

Continua...

*************

Notas explicativas:

1- Carlos Magno (Carlos, o Grande, também chamado Carolus Magnus em latim e Charle Magne em francês), viveu entre os anos de 742 e 814 e foi rei dos francos de 768 até sua morte. De origem germânica, Carlos era da Dinastia Carolíngea, sendo filho do rei Pepino, o Breve, e neto de Carlos Martel. Foi deles que Carlos herdou o gosto pelas campanhas militares, que o levaram a reunir a maior parte dos territórios ocidentais do antigo Império Romano e acrescentar-lhes outros, sendo por isso também nomeado "Imperador dos Romanos" a partir do ano 800. Sua colaboração com a Igreja Católica Romana garantiu-lhe apoio para legitimar suas guerras contra os lombardos, saxões, bávaros, eslavos, ávaros e outros povos considerados bárbaros e pagãos, passando a governar seus territórios. Também foi um forte combatente da invasão muçulmana no oeste da Europa, e teria sido durante um ataque sarraceno na Espanha que o sobrinho de Carlos, Rolando, pereceu após bravo combate junto com seus Doze Pares, em Roncesvalles.

2- A história narrada acima vem da "Canção de Rolando" (ou "Cantar de Roncesvalles" em espanhol) que é o mais antigo poema épico francês ainda existente, datado de cerca do ano 1.100.

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Agradecimentos:
Aka Draven MacWacko
Thiago Salviatti

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