Reconhecimento


Estalagem do Caminho

Era por volta das 9:30h. Enrique despertara há cerca de meia hora, tomara um banho, arrumara as malas e descera à recepção do hotel. Este, apesar de ser pequeno, tinha um bom restaurante, com algumas mesas na calçada. Ele vestia uma calça jeans preta, sapatos também pretos, sempre sem cadarço, e uma camisa azul escura. Seus cabelos estavam amarrados num "rabo-de-cavalo" e estava sem bandana. Reparou como o céu, de repente, ficara escuro. O dia anterior fora de um calor infernal, mas hoje estava mais frio. O inverno espanhol estava chegando. Sentou-se de costas para o hotel e ficou olhando o movimento de pessoas. Estava sem fome, pedira somente um café doce, e continuara a observar a rua.

Às vezes parecia-lhe brincadeira lembrar de tanto tempo, de como eram os lugares que já havia passado e de como estavam agora. Antigas vilas de cabanas, antes de madeira e barro, agora se erguiam imponentemente sobre cimento e asfalto. Tinha certeza de que muitos teorizavam sobre isso, mas sentir realmente... Como essa sensação era esquisita. E, além disso, pensava como seria o futuro: o futuro será bom se aprendermos com o passado. Não nos deixemos cometer velhos erros e sim aprender com eles. Velhos erros. Lembrou-se do garoto: Juan Gonzáles. Já havia falhado duas vezes. Às vezes ainda se penalizava por Ramon e visitar aquela igreja só fez com que essas lembranças aflorassem, viessem à tona. Mas o que aconteceu com ele não ocorreria novamente. Esperava que ele, Juan, permitisse que o ajudasse. E não erraria novamente, não como errara uma vez com Ramon. Lembranças tristes. Ramon fora seu companheiro e amigo por vários anos até sua morte.

O garçom chegou com a xícara de café. Na mesa a seu lado, um casal de namorados se achegou e começaram uma conversa animada.

Enrique bebericou sofregamente. Mas, de repente, o café ficou entalado em sua garganta. Sentiu em seu âmago uma sensação que o invadiu, um zunido em sua mente. Um Imortal estava por perto.

 

O NOVO ALVORECER
Reconhecimento

Venta Blasón Del Plata

Eduardo despertou com o som de passos pelo quarto. Olhou para a cama ao lado da sua. Édina não estava mais deitada. O lençol e a fronha haviam sido dobrados rapidamente e ainda estavam amarrotados. Ela saía do banheiro, já estava vestida e penteava seus cabelos. Eduardo sentou-se na cama e a cumprimentou:

- Bom dia!

- Estamos atrasados. Vista-se logo.

Eduardo pegou seu relógio de pulso, que repousava na cabeceira da cama. Eram sete horas da manhã. Seu corpo recusava-se a levantar. Ficara, com Édina, a ler os arquivos até de madrugada. Não tinha certeza, mas suspeitava que havia ido dormir cerca de três ou quatro horas da manhã.

- Está acordada há quanto tempo? - Eduardo tentou continuar a conversa.

- Um pouco. Estive na freqüência policial, aconteceu algo ao redor dos armazéns.

Pela cara, Eduardo negava-se a acreditar que ela havia sequer dormido. Talvez deitado na cama, mas dormido não.

- O quê?

- Primeiro um carro atravessa a administração dos armazéns. São encontrados vestígios de sangue e roupas rasgadas. Mas nenhum corpo. Depois, em outro armazém, sinais de tiros e mais sangue. Sem corpos.

- Acha que estamos em uma pista, quer dizer, num rumo correto?

- Sim, eu acho.

- Mas e o sangue no carro?

- Não faça perguntas tolas. Até porque, sabe que não conheço as respostas. Acha que será tão fácil quanto roubar os arquivos daqueles policiais estúpidos?

Eduardo assentiu, amuado e sem palavras.

- Fiquemos à espreita. - continuou ela - Não podemos deixar que esse caso nos escape. Mas redobre o cuidado, o detetive já deve saber de nossa ausência. Logo teremos que partir.

Eduardo, que agora apanhava suas roupas, foi até o banheiro e começou a se lavar. Deixou a porta entreaberta para que continuassem a conversa:

- E o caso do cara decapitado?

- Ainda continuo achando que há ligações com o do garoto. Lembra-se dos arquivos antigos que lemos? Pessoas decapitadas em várias cidades em toda a Europa e nos Estados Unidos. Mas ainda existem coisas que não batem.

- E o que é? O que não bate?

Ele não ouviu resposta. Todo o lugar fora invadido por um silêncio enorme. Só ouvia-se o barulho do chuveiro que entornava água quente, espetando levemente a pele de Eduardo. Ele girou vagarosamente a torneira, cessando o cair da água. Enrolou-se em um saiote improvisado com a toalha e foi ocultando seus passos até a porta, preparando-se para pegar sua arma. Virou-se e viu Édina estática. Estava sentada em uma cadeira, ao lado de uma penteadeira. Em sua mão direita, estava o cigarro acesso. Ela soltava calmamente a fumaça. Estava debruçada sobre o jornal. Tinha um acanhado sorriso no canto dos lábios. Mostrou uma pequena notícia, quase no rodapé do jornal: "Raios são ouvidos perto do local onde desconhecido foi decapitado". Ela se virou e deixou o sorriso mais intenso:

- Agora tudo está se ligando. Finalmente estamos pertos de um.

*************

Édina já havia lido o jornal duas vezes e continuava a ler pela terceira. Eduardo arrumava, impecavelmente, a cama de ambos. Antes havia recolhido e arrumado as roupas da noite anterior e também organizara os arquivos que trouxeram. Ele esperava pacientemente a decisão dela enquanto ela tentava esconder sua euforia.

O que se seguiu após essa cena foi que ela, de súbito, desconcentrou-se da leitura e começou a passar instruções para Eduardo. Em poucos minutos estavam os dois, cada qual em seu celular, a fazer ligações e anotações. Ficaram assim por cerca de vinte minutos. Quando Eduardo acabou, saiu do quarto e foi buscar café enquanto Édina terminava sua ligação. Quando ele voltou fizeram uma curta reunião para unir as informações que haviam obtido.

*************

Ele olhava fixamente para Édina, que batia com a caneta nos próprios lábios. O cabelo loiro dela estava inclinado sobre o ombro esquerdo e brilhava bastante, seus olhos faiscavam enquanto pensava. Eduardo tomava um gole de café quando ela finalmente começou a falar:

- Vamos ver o que temos, vamos repassar tudo.

E assim continuou falando sobre tudo que ocorrera desde a noite que acabara de passar. Haviam roubado, com sucesso, os arquivos do caso Juan Gonzáles e Anne Largos e também do incógnito que fora decapitado. Eduardo falara com uma fonte que lhes deu a ótima notícia de que a polícia estava totalmente perdida. Mas mesmo assim desanimara ao saber que não poderiam entrar tão facilmente no galpão, como fora no necrotério, e ela também gostaria de ver o corpo do tal desconhecido.

Ela quase leu os pensamentos pela cara que Eduardo lhe fez. Antes de ele dizer algo, ela continuou:

- Sim, poderíamos ter ficado mais e conseguiríamos ver o corpo e a outra cena do tiroteio. Mas estaríamos em perigo se o tal Júlio nos descobrisse antes. Acho que fiz as escolhas corretas.

- E o que vamos fazer, então? - Eduardo indagou.

- Vamos nos disfarçar. - ele arqueou a sobrancelha num tom de indagação - Você vai para os galpões ver se acha algo. Eu irei até o necrotério. Quero ver se dou um jeito de entrar lá e dar uma olhada no corpo. Quando voltarmos, estarei com a próxima ordem.

Eduardo assentiu e foi remexer em sua mala, à procura de uma pequena bolsa. Odiava ter que se maquiar.

Administração dos Armazéns da Cidade de Santa Cecília

O detetive Júlio maldiz-se novamente. Essa cena tornara-se freqüente nos dias anteriores, assim como a sensação de que sua cabeça estava a poucos segundos de explodir.

Já havia acontecido muita coisa. Descobrira que os arquivos que estavam faltando eram justamente seus casos mais recentes: o dos garotos e do homem que havia sido decapitado. Descobrira que os agentes federais não estavam mais no hotel e não conseguia falar com eles de maneira alguma até que uma hora atrás descobrira que eles não eram sequer agentes. Lembrava-se da ligação que tinha recebido:

- Chequei o banco de dados da Polícia Federal. Os nomes deles não constam em nenhuma lista, seus números de identificação não existem e ainda não havia sido atendido a requisição para que agentes federais viessem para Santa Cecília. Desculpe, detetive, mas acho que fomos enganados.

Por pouco Júlio não teve um acesso de raiva durante essa ligação. Agora ele próprio se ironizava, perdido em pensamentos: "Preciso esquecer, espairecer um pouco. Nada como um caso simples de embriaguez ou de suicídio. Mas quem diria que encontraria algumas poças de sangue, rastros de sangue e nenhum maldito corpo?". Continuou a olhar o monte de aço retorcido à sua frente. Aço que há algumas horas era um carro. Um dos guardas se dirigiu a ele:

- Então? Achou algo?

Vários palavrões saíram de seu cérebro e foram barrados a muito custo em sua boca. Fez sinal de que estava pensando.

*************

Realmente Eduardo detestava maquiagens. Mas mesmo assim, fazia com grande habilidade. Primeiro escureceu sua pele e disfarçou marcas de idade. Seu cabelo agora estava grisalho, assim como as sobrancelhas e uma barba à fazer de alguns dias que apareceu do nada. Usava uma calça azul-marinho desbotada na altura dos joelhos, uma camisa branca amassada e, por cima, um casaco, também muito desbotado. Andava mais devagar e um pouco recurvado.

Assim ele chegara à administração dos galpões. Viu alguns rostos conhecidos: policiais que haviam ajudado durante o curto tempo em que se passara por agente federal. Caminhou com um ar de curiosidade e misturou-se aos transeuntes e funcionários dos galpões, que eram afastados para que não chegassem muito perto da cena que ele agora via. Um buraco enorme fora feito na parede direita da administração. Após o carro ter passado, uma boa quantidade de tijolos e cimento despencara, afundando a parte de trás do veículo e detendo sua continuidade. Alguns pedaços do carro estavam do lado de fora do muro semidestruído. Dentro havia muito aço retorcido que somava-se com a madeira destruída de algumas mesas e uma enorme quantidade de papel que havia voado. O pouco que restou do vidro dianteiro do carro estava tingido de vermelho. Via-se uma poça de sangue, alguns metros à frente do carro, e depois um rastro que ia se apagando no lado de fora do prédio.

Vira tudo isso de uma distância de cerca de vinte metros, ao lado dos que se acotovelavam em uma curiosidade mórbida, afoitos por notícias do que poderia ter acontecido naquele acidente. Já se levantavam teorias sobre embriaguez, corridas ou rachas, e outras que Eduardo ignorava, enquanto os policiais tentavam afastar mais a turba.

Ele, então, começou a abrir caminho tentando se afastar lateralmente, procurando um outro ponto de vista mais interessante. Sentiu-se esbarrando com alguém que estava atrás. Instintivamente se voltou e fitou o autor do encontro improvisado. Qual não foi sua surpresa ao ver, dentre todas, a face mais conhecida: Júlio. Encararam-se olhos nos olhos por um segundo. Quando isso aconteceu, a nuca de Júlio se eriçou e ele teve uma estranha sensação. Aqueles olhos verdes jorravam ironia e perspicácia. Conhecia olhos assim. Lembrou-se da noite anterior, durante o jantar. Saíram os três, ele e os dois ditos agentes, e foram jantar. Enquanto esperavam a comida, Júlio foi regado de vinho, e ao mesmo tempo sentira que era interrogado. Era uma técnica conhecida, durante o interrogatório, os dois interrogadores utilizarem estereótipos: um apresenta-se com perguntas firmes e incisivas, enquanto o outro se mostra maleável, uma pessoa em que se poderia confiar. Eduardo fazia o segundo papel. Perguntavam muito sobre o caso e periodicamente seus olhos se encontravam com os do agente. Aquele verde aprofundava nos seus e, mesmo com todo aquele jeito amigável, sentia que estava sob análise de uma máquina que acusaria se estivesse mentindo. Agora Eduardo apressou-se em virar-se e adentrar e tentar se perder em meio àquela multidão, e Júlio teve certeza que era o maldito agente disfarçado.

Júlio começou a segui-lo pelo meio das pessoas. Mas quando se livrou delas, não via nem sinal dele. Correu, como pôde, e se dirigiu até a calçada que se encontrava afastada dos galpões. Viu um carro sair com os pneus cantando. Anotou mentalmente o modelo e a placa, enquanto corria para seu próprio carro e iniciava uma perseguição. Prometeu a si mesmo que iria pegar o desgraçado.

*************

Enrique tentava disfarçar sua ansiedade em olhar para os lados. O casal continuava conversando, e aparentemente sequer olhavam para a figura a seu lado. Se fosse outro Imortal e não o garoto, Enrique apostaria no casal e outras pessoas que passavam na calçada, como proteção. Nenhum Imortal seria tolo o suficiente para atacar de dia, com tanta gente à vista, mas, mesmo assim, sentia falta de sentir o aço frio de sua espada, por segurança. Faltavam alguns minutos para as dez horas. Não agüentando a aflição da espera, levantou-se para, aliviado, encontrar a figura maltrapilha de Juan. Vinha cambaleando, com uma fadiga imensa estampada em sua face. Enrique, discretamente, foi em auxílio do garoto, e sentou-o na cadeira que estava junto a sua mesa.

Juan estava pronto para disparar milhares de perguntas. Queria tirar satisfação de tudo aquilo e via, na figura à sua frente, a única fonte que poderia responder suas indagações. Nem que, para obter todas as respostas, ele fosse obrigado a tirá-las pela força. Deixou-se amparar e depois cair na cadeira. Juan encheu os pulmões para falar, mas Enrique começou antes dele:

- Sei que temos muito a conversar, e conversaremos, tenha certeza. Mas no local e no horário apropriado. Está num estado lastimável. Deve comer algo e se trocar...

Juan interrompeu-o e disse que não tinha mais roupas.

- Arranjaremos. Não se preocupe. Fico realmente feliz que tenha voltado.

Dito isso, Enrique virou-se e chamou o garçom. Deixou o garoto livre para que pedisse o café da manhã à vontade e, quando o garçom se foi, Juan começou novamente:

- Tive um problema com o carro. Quer dizer, com o que sobrou dele...

Juan contou como deixara o carro, mas somente isso. Não explicara o por que nem como. Enrique deixou escapar um monossílabo num tom interrogativo, mas depois abriu o semblante num tom amigável.

- Tudo bem, damos um jeito. Você toma seu café e depois sobe pra tomar um banho, enquanto isso arranjo umas roupas e vou conversar com a locadora de carros.

- Por quê?

Juan lançava-lhe um olhar austero e incisivo, continuava com o semblante fechado. Então continuou:

- Digo, por que me ajudar? Se eu morri, não tenho mais nenhum dinheiro. Nem como lhe pagar.

- Por quê? Porque já estive na mesma situação. Porque já me senti sozinho, com o peso do mundo na cabeça e milhares de interrogações na mente. Porque uma vez alguém também me ajudou como estou lhe ajudando e não pediu nada, como não irei lhe pedir, e essa é a única forma que tenho de retribuir e só assim, lhe ajudando, não me sentirei culpado se algo lhe acontecer.

Enrique dirigiu-lhe um sorriso reconfortante e amigável, e prosseguiu tranqüilamente:

- Como havia falado, conversaremos muito, mas depois. Por hora, deixe-me ajudá-lo, faça o que digo e tente confiar em mim. Apesar de eu saber o quanto é difícil. Coma e depois suba ao apartamento. Não, melhor: coma lá em cima, não se arrisque a ser reconhecido. Eu irei atrás do assunto das roupas e do carro. Voltarei o mais rápido possível.

Juan concordou. Enrique instruiu o garçom e depois se foi à resolver os assuntos pendentes.

Duas horas depois

O café demorara mais que o esperado e quando Enrique abriu a porta, Juan havia saído do banho e terminava de vestir as roupas que foram entregues meia hora antes, a pedido de Enrique.

- Espero que estejam a seu gosto. Priorizei roupas confortáveis, pois vamos andar bastante. Mas antes vamos voar.

Enrique já remexia em uma bolsa e jogava alguns documentos em cima da cama.

- Voar? Pra onde?

- Vamos parar em Madri, de lá iremos a Pamplona e depois para a cidade de Roncesvalles¹.

- Roncesvalles? Não é lá que se inicia...

- Exatamente. Vamos percorrer o Caminho de Santiago².

- O quê?

- Você terá muito a aprender sobre essas, digamos, transformações que está passando. Leve em conta que seu espírito está carregado, denso, pesado. Lá poderá tentar encontrar um pouco de paz. Caminharemos cerca de um mês, depois disso estará livre e pronto para ir aonde quiser.

- Livre? - Juan ainda se sentia acuado.

- Não que esteja preso. Mas até lá, o povo terá esquecido ou minimizado um pouco sua "morte". Daí ficará mais fácil para voltar ou partir pra qualquer lugar, como bem entender.

Juan tinha medo daquelas propostas: sair de sua cidade, percorrer o tal Caminho de Santiago, de que já ouvira falar algumas vezes. Parecia-lhe uma loucura completa, ainda mais quando a pessoa que convidou-o conheceu-o há duas noites e em circunstância tão dúbia. Mas a verdade é que não conseguia imaginar outra saída, outro caminho. Não sabia se estava sendo paranóico, mas realmente tinha receio de ficar na cidade depois de todo aquele estardalhaço, ainda mais que já havia aparecido em jornais e na tv. Não poderia simplesmente voltar e dizer que estava vivo.

E tinha ainda aquela figura que ele sequer sabia o nome. Fora muito gentil com ele, isso era verdade, mas aprendera desde cedo a não confiar cegamente em ninguém. Confiava somente em Fabíola e Anne. Nem em seus pais adotivos colocava a confiança que depositava nas duas. Mas esse rapaz inspirava boas intenções, mesmo para Juan que era extremamente desconfiado. Não via outras saídas e, além disso, nada tinha a perder.

- Tudo bem, eu vou.

- Ótimo! Como já disse, fico muito feliz. Vamos arrumar as malas.

- Só uma pergunta...

Enrique se virou e endireitou a coluna que estava abaixada, já separando algumas peças de roupa.

- Ainda não perguntei seu nome.

Continua...

*************

1- Roncesvalles - Cidadezinha nos Pirineus ao leste da Espanha, próxima a Madri, Pamplona e à fronteira com a França.

2- Caminho de Santiago - É uma peregrinação feita até a cidade de Santiago de Compostela. Não há um lugar correto tido como o início, mas as cidades mais tradicionais para princípio de caminhada são as cidades de Roncesvalles (Espanha), Saint-Jean-Pied-de-Port (França) e Somport (Espanha). Alguns europeus costumam considerar a porta da própria casa como ponto de partida, e outras pessoas fazem só parte do caminho, saindo de pontos mais próximos da cidade de Santiago de Compostela. O ponto final é onde fica localizado o túmulo do santo homônimo, apóstolo de Cristo que dá nome à cidade. Muitas pessoas fazem essa rota desde o século IX, e ainda hoje é uma tradição vívida.

*************

Agradecimentos:
Aka Draven MacWacko
Thiago Salviatti

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