Publicado em 27/07/1999 no Jornal Folha de São Paulo
Ex-assessor de Maeli Vergniano é indiciado LILIAN
CHRISTOFOLETTI da Reportagem Local O pastor da Assembléia
de Deus e ex-assessor de gabinete da vereadora Maeli Vergniano
(sem partido), Rubens de Moura, foi indiciado ontem sob a acusação
de formação de quadrilha e peculato (usar bens públicos
para fins particulares).Moura e o irmão de Maeli, Márcio
Tristão Vergniano _também indiciado_, estão
presos desde sexta-feira no 29º DP, Vila Diva, por não
terem comparecido à delegacia quando foram
intimados.Segundo denúncias de ambulantes, Moura, apesar
de não ser funcionário da regional, recolheu
propina de camelôs da região de Pirituba.O dinheiro
recolhido por Moura, segundo denúncias, foi repassado ao
irmão da vereadora.Maeli, também indiciada, é
suspeita de usar indevidamente um carro da Vega _empresa de
limpeza e varrição de ruas_ e de pagar salários
de funcionários particulares com verba de gabinete e da
regional.As denúncias contra Maeli levaram à
abertura de uma comissão na Câmara Municipal para
analisar a cassação do mandato da vereadora.Defesa
Segundo o advogado do pastor, Marco Polo Del Neri, Moura negou
ontem, em seu primeiro depoimento à polícia, todas
as acusações e afirmou que nunca participou de
nenhum esquema de corrupção na regional."Não
tenho conhecimento de ninguém que esteja acusando o
pastor e acho que a prisão dele foi um lamentável
desencontro", afirmou o advogado referindo-se ao fato de
Moura e de Márcio _também seu cliente_ não
terem comparecido a seis intimações da polícia."Ele
foi indiciado, o que não significa que seja culpado. Ele
ainda será julgado", afirmou Neri.O segundo
depoimento do irmão da vereadora, que começou
ontem à noite, não havia terminado até as
21h30.Márcio, que foi administrador da Regional de
Pirituba, foi indiciado por formação de quadrilha,
concussão e peculato. Ele nega todas as acusações.