Religiosa é acusada de torturar crianças

Publicado no Jornal O Estado de São Paulo em 28/06/2001

Em Guarapuava, no Paraná, a freira Anilse Bianchini, de 58 anos, está sendo acusada de intermediar adoções ilegais de crianças. Segundo a denúncia, apresentada ontem, ela também teria torturado crianças da creche onde trabalhava e ameaçado testemunhas. A irmã, presa no domingo, foi transferida na terça-feira para um hospital.

Original em: http://www.estado.com.br/editorias/2001/06/28/ger005.html

"ONU critica proibição de preservativos por parte da Igreja

BERLIM - A proibição da Igreja ao uso de preservativos é uma falha grave que custa vidas humanas. A afirmação foi feita pelo diretor do programa das Nações Unidas contra a AIDS, Peter Piot, numa entrevista ao jornal alemão Frankfurter Rundschau. 'Quando os padres se posicionam contra o uso de preservativos, cometem uma falha grave que custa vidas humanas. Nós não pedimos à Igreja que promova o preservativo, mas apenas que acabe com a proibição', disse Piot."

Original em: http://br.yahoo.com/noticias/mundo/ajb/article.html?s=br/noticias/010629/mundo/ajb/ONU_critica_proibicao_de_preservativos_por_parte_da_Igreja.html

FREIRA ACUSADA DE DOAÇÕES ILEGAIS VAI A JULGAMENTO

Publicado no Jornal O Estado de S. Paulo em 02/07/2001

A irmã Anilse Terezinha Biachini, religiosa da congregação Irmãs Filhas da Caridade, também conhecidas como vicentinas e respeitadas por suas obras caritativas, está presa desde o dia 24, acusada de vários crimes. Os mais graves: teria intermediado adoções irregulares de bebês e maltratado crianças que ficavam sob seus cuidados, na creche que dirigia. Além de bater nas crianças, Anilse teria praticado torturas psicológicas, segundo o texto da denúncia, assinada por sete promotores. Inevitavelmente, vai se discutir a facilidade com que bebês trocam de mãos no Brasil, à revelia das autoridades. Ou a maneira como a Igreja Católica se comporta em situações desse tipo, quando algum de seus membros é acusado. A juíza Carmen Mondin, da 1.ª Vara Criminal de Guarapuava, mandou prender a religiosa sob a acusação de que estaria coagindo testemunhas. A atitude foi criticada pelo bispo local, o italiano Giovanni Zerbini. Num pronunciamento transmitido pela rádio católica local, ele disse que a freira, "que pelo longo transcurso de sua vida dedicou-se a salvar vidas", não era perigosa. Diante do promotor, ela admitiu que intermediou duas adoções, mas com objetivos humanitários.

Fonte: http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/07/02/ger012.html

Funcionárias tinham medo da irmã Anilse
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/07/02/ger010.html

Apesar de ter admitido na fase do inquérito que intermediou adoções à margem do processo legal, por motivos humanitários, a vicentina Anilse Bianchini negou ter maltratado crianças. Essa é a parte mais contraditória do processo. Segundo o texto da denúncia dos promotores, baseado nos depoimentos de funcionários, a irmã era impaciente com as crianças mais irriquietas. Certa vez teria amordaçado um bebê de 1 ano que insistia em morder seus vizinhos. Em outra ocasião, teria passado batom nos lábios de um garoto de 5 anos, obrigando-o a desfilar em prantos diante do grupo, enquanto zombava dele. Também aparece no processo a narrativa do caso de uma menina órfã, que espera ser adotada. Após quebrar a imagem de um santo, ela teria sido humilhada, aos gritos de "endemoninhada". A freira também teria dito que ela nunca seria adotada pelo fato ser muito ruim. A reportagem localizou na periferia de Guarapuava quatro antigas funcionárias da creche, que atualmente abriga 70 crianças. Duas confirmaram as histórias de agressões.

Freira deixa hospital e volta à prisão de Guarapuava
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/07/04/ger005.html

{Sociedade da Terra Redonda}

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