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Os trunfos da igreja do bispo Macedo

Publicado no Jornal O DIA de Domingo, 18 de julho de 1999.

Em outras situações em que foi pressionado por partidos políticos a ceder cargos no governo, Anthony Garotinho falou mais alto e quem reclamava calou. O governador comprou briga até com o PMDB, o maior partido da Assembléia, ao se recusar a entregar a Secretaria de Transportes e o Detro. Mas, com o bispo Carlos Rodrigues, Garotinho não ousou fazer o mesmo. "Devemos tomar cuidado com as ambições e não misturar o reino espiritual com a política, porque são valores muito diferentes", foi o máximo que Garotinho se permitiu dizer. O governador nega, mas Rodrigues garante que Garotinho prometeu acomodar a Universal no governo até o próximo dia 30. O atitude de Garotinho se explica por três razões. Primeiro, porque os seis deputados estaduais da Universal são fundamentais para o andamento do governo. Como nenhuma outra bancada, a da Universal segue cegamente a orientação do bispo e vota em bloco. "Se não tiver acordo, meus deputados vão passar a se abster nas votações", avisa o bispo. Segundo, porque

o PDT quer o apoio da Universal para seus candidatos a prefeito no ano 2000, principalmente na Baixada Fluminense - e já há um acordo nesse sentido. A terceira razão é de longo prazo: para tornar realidade seu sonho presidencial, Garotinho espera contar com o apoio do império da igreja do bispo Edir Macedo.

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